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Intimidação de garimpeiros mostra que segurança piorou no Javari após mortes de Bruno e Dom

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Sem reforço na segurança, indígenas denunciam que criminosos ambientais atuam com mais liberdade do que nunca na região

Servidores indígenas e não indígenas da Funai no Vale do Javari foram intimidados por dois garimpeiros armados enquanto trabalhavam na Base de Proteção Etnoambiental (Bape) no rio Jandiatuba. A denúncia foi divulgada nesta terça-feira (19) pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). 

Os homens “perguntaram quantos funcionários (entre eles, indígenas do povo Matis) estavam trabalhando naquela Base, com clara intenção de assediar os servidores”, relata em nota a organização indígena. 

O aumento da presença de balsas de garimpo já havia sido denunciado às autoridades de segurança antes das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, mas, 40 dias após o episódio, a região segue sem reforço na segurança

Leia mais: Um mês após desaparecimento de Bruno e Dom, governo federal não reforçou segurança no Javari

O próprio Bruno Pereira, quando atuava pela Univaja, havia relatado a presença dos garimpeiros à Polícia Federal (PF), três meses antes de ser assassinado por pescadores ilegais cujas atividades também eram alvo do monitoramento do indigenista licenciado. 

É o segundo caso registrado de intimidação contra servidores da Funai após o duplo homicídio no Vale do Javari. No dia 1º de julho, dois colombianos foram até a sede do órgão indigenista em Atalaia do Norte. Eles não se identificaram e questionaram os funcionários sobre a “morte do jornalista inglês”, logo após entrarem na sede do órgão indigenista sem autorização.

A reportagem perguntou à Funai quais medidas estão sendo tomadas para proteger os servidores e indígenas, mas não obteve resposta. 

“Jogo de empurra-empurra” com as vidas no Javari

A Univaja afirma que a dupla foi até o local por volta das 17h da última sexta-feira (15). Os únicos presentes eram servidores temporários da Funai, a maioria indígenas da região, que não têm direito a porte de arma, nem tiveram treinamento para atuar em situações de conflito. Mesmo após as mortes de Bruno e Dom, não há presença do Exército, Polícia Militar ou Força Nacional na base Jandiatuba. 

“Uma das principais atribuições dos servidores da FUNAI na Base Jandiatuba é a proteção da terra indígena para assegurar a integridade física e territorial de grupos indígenas isolados que vivem nos rios Jandiatuba e Jutaí”, explicou a Univaja.

:: AM: Servidores denunciam colombianos que entraram na Funai perguntando da morte de Dom Phillips ::

A Univaja aponta que a intimidação direta contra os servidores demonstra um novo grau de liberdade na atuação dos criminosos ambientais. Em nota, a organização se espanta que a situação tenha piorado mesmo após a ampla repercussão nacional e internacional dos assassinatos, que não foram seguidos de nenhuma “ação ativa e preventiva do Estado brasileiro”.

“O que nós, Univaja, vemos até o momento, é um jogo de empurra-empurra entre as instituições em que uma joga a responsabilidade para a outra. Enquanto isso, não há um planejamento sério para o enfrentamento da criminalidade no Vale do Javari”, afirma a organização indígena. 

Funai e PF já sabiam da presença dos garimpeiros, diz Univaja 

A Univaja informa que um relatório elaborado em março deste ano pela Frente de Proteção Etnoambiental da Funai, responsável por indígenas isolados e de recente contato, já apontava a presença de 19 balsas de garimpo em atividade no Jandiatuba. O monitoramento flagrou a retirada ilegal de madeira para construção das balsas, que eram operadas por homens armados. 

No mesmo período, a Univaja afirma ter informado à Polícia Federal (PF) no Amazonas a respeito do “aumento exponencial” da atividade garimpeira no interior da terra indígena. “Nesse ofício, a UNIVAJA registrou coordenadas de GPS sobre a presença de atividades de garimpo ilegal em diferentes rios da terra indígena, dentre eles, o rio Jandiatuba”, informa a organização. 

Proximidade com isolados preocupa 

Segundo a Univaja, as balsas de garimpo no rio Jandiatuba estão a 30 quilômetros de onde foi confirmada a presença dos indígenas isolados e de recente contato. A distância é pequena, levando-se em consideração a extensa área da TI Vale do Javari, quase do tamanho de Portugal. 

Indígenas com esse perfil são mais suscetíveis a doenças infectocontagiosas. Por não conhecerem a dinâmica da sociedade não indígenas, estão mais expostos a serem vítimas de conflitos e aliciados pelos garimpeiros. 

Edição: Rodrigo Durão Coelho

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FSG obtém conceito máximo em avaliação do MEC para recredenciamento

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Comissão Avaliadora atribuiu Conceito 5 à instituição de ensino

Crédito: Comunicação FSG

O Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG), instituição que pertence ao Grupo Cruzeiro do Sul Educacional, conta com mais uma importante conquista acadêmica. Agora, a FSG é Conceito 5 no Relatório de Avaliação de Recredenciamento Institucional do Ministério da Educação (MEC).

Entre os eixos observados pela Comissão Avaliadora do Inep/MEC estão Planejamento e Avaliação Institucional, Políticas Acadêmicas, Desenvolvimento Institucional, Políticas de Gestão e Infraestrutura, considerando-se a qualidade do ensino ofertado. O processo mobilizou e envolveu todas as áreas da FSG, desde o protocolo do processo no sistema de avaliação do MEC até a divulgação do relatório avaliativo.

É a primeira vez que a FSG recebe o conceito máximo nesta avaliação. De acordo com o reitor do Centro Universitário, Prof. Dr. Denis Chidem, o credenciamento inicial foi realizado em 2015, com conceito 4. “Já foi um conceito de excelência, e agora, no novo processo de recredenciamento, conquistamos na avaliação o conceito 5, o que é excelente por ser a maior em uma escala de 1 a 5. Em Caxias do Sul, somos a única IES com esse conceito”, explica.

Para a elaboração desse relatório, os avaliadores do Inep/MEC analisam documentos institucionais e realizam reuniões com os dirigentes, a Comissão Própria de Avaliação (CPA) e os corpos docente, discente e técnico-administrativo, considerando cinco eixos. O eixo de Planejamento e Avaliação Institucional considera o desenvolvimento e a análise dos processos de avaliações externas e de autoavaliação. No eixo de Desenvolvimento Institucional é analisada a coerência entre as Políticas Acadêmicas e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e, no eixo de Políticas Acadêmicas, o alinhamento destas políticas com as ações realizadas pela instituição. No eixo Políticas de Gestão, são analisados os processos de gestão institucional e a relação com as suas políticas. Por fim, no eixo Infraestrutura, verifica-se a adequação das estruturas físicas e tecnológicas da instituição. Essa infraestrutura teve um grande destaque na avaliação da FSG, uma vez que a IES conta com laboratórios de informática, laboratórios específicos, salas de inovação e equipamentos de última geração.

Segundo o Prof. Denis, o mérito é da equipe de trabalho que organizou toda a documentação necessária, demonstrando que a FSG é uma instituição de conceito máximo na avaliação do MEC. Para manter o prestígio do conceito 5, o reitor aponta a necessidade de dar continuidade ao trabalho relevante que vem sendo desenvolvido, reforçando ainda mais as práticas pedagógicas e sempre mantendo os parques de equipamentos atualizados. “A FSG segue comprometida em oferecer uma educação de qualidade ímpar para Caxias do Sul e região. Os nossos alunos podem dizer que estão estudando numa IES de excelência, onde todos os processos estão auditados pelo Ministério de Educação e validados com nota máxima”, afirma.

Sobre a FSG

A FSG é o Centro Universitário da Serra Gaúcha. Reconhecida há mais de 20 anos pelo seu protagonismo no desenvolvimento de propostas educacionais instigadoras, é referência no cenário da educação superior. Oferece centenas de cursos de Graduação, Pós-graduação e Extensão presenciais e a distância. A Instituição integra o grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, que reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados. Visite: www.fsg.edu.br e conheça o Nosso Jeito de Ensinar.

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Prefeitura de Caxias firma convênio com a UCS para realizar 8 mil castrações

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Termo assinado nesta segunda-feira (11.09) prevê ainda, durante um ano, a prestação de serviços médicos veterinários, exames e internação de animais resgatados

Uma demanda da causa animal em Caxias do Sul será atendida por meio da iniciativa inédita da Prefeitura de Caxias do Sul a partir desta semana. Nesta segunda-feira (11.09) foi assinado o convênio entre a Administração Municipal, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA), e a Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS), para a prestação de serviços médicos veterinários e castrações de cães e gatos. O ato foi realizado junto ao Instituto Hospitalar Veterinário (IHVET) da UCS, no bairro Petrópolis.

Em abril deste ano o prefeito Adiló Didomenico sancionou a lei que permitiu a oficialização do convênio. O objetivo, argumentou o chefe do Executivo, é ampliar o número de castrações de cães e gatos de tutores de baixa renda ou que não tenham tutor, bem como o transporte de pequenos animais para esterilização. Por meio do termo será possível também ampliar a realização de exames e da internação de animais resgatados.

Segundo o titular da SEMMA, secretário João Uez, o convênio tem aporte de R$ 2,5 milhões por parte da Prefeitura, o que visa contemplar a realização de até 8 mil castrações no período de um ano, uma média superior a 660 procedimentos mensais. “Este será o primeiro de muitos convênios com a UCS, em breve teremos outro envolvendo o curso de Direito. Esta ação aqui hoje comprova a preocupação do governo com a causa animal”, frisou o secretário.

O reitor da Universidade de Caxias do Sul, professor Gelson Leonardo Rech, destacou a relevância do IHVET, inaugurado em julho do ano passado no campus sede da UCS, ambiente que está preparado para a formação integral de profissionais de Medicina Veterinária e que possui estrutura modelo em saúde animal no Brasil. “Teremos plantão 24 horas. Além disso, nosso ônibus irá aos bairros realizar procedimentos e conscientizar a comunidade, trabalho educativo que será ampliado jundo aos universitários”, comentou o reitor.

O prefeito Adiló Didomenico pontuou que serão priorizadas inicialmente as demandas protocoladas junto à SEMMA, bem como os cadastros efetivados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), contemplando famílias consideradas em vulnerabilidade social. “O convênio possibilitará aos acadêmicos uma formação diferenciada, com prestação de serviços nos bairros. Trata-se de um serviço de excelência, prestado numa estrutura que é referência no Estado e no País”, disse o prefeito Adiló.

Além do convênio com a UCS, a prefeitura contratou em maio deste ano a empresa Animali Centro Médico Veterinário para a castração de 1,2 mil felinas e cachorras no município. A medida foi possibilitada por meio do repasse do Governo do Estado de R$ 274,4 mil pelo programa “Melhores Amigos – Bicho sente como gente”.

Acompanharam o ato nesta segunda-feira secretários municipais, vereadores, o coordenador do Departamento de Proteção Animal (DPA) da SEMMA, Paulo Vinícius Bastiani, órgão responsável pelas castrações; o diretor do IHVET, professor Leandro do Monte Ribas, além de pró-reitores e servidores da SEMMA.

Fotos: Daniela Xu

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A Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca)

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A Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), sensibilizada com a situação dos municípios gaúchos atingidos pela chuva dos últimos dias, disponibiliza o seu Ecoponto para a população caxiense fazer suas doações para as vítimas das enchentes. É um ponto de coleta na zona norte da cidade – RSC 453 (Rota do Sol), nº 31.382, bairro Centenário, facilitando o acesso da comunidade desta região que pode doar água mineral, produtos de higiene e limpeza e alimentos não perecíveis.

A empresa está mobilizando também seus funcionários, sempre muito solidários, para participarem da campanha. Os donativos arrecadados serão encaminhados aos Bombeiros de Caxias para que cheguem às famílias necessitadas o mais breve possível.

O Ecoponto da Codeca recebe e dá o destino ambientalmente correto aos objetos pós-consumo. Ele funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h e aos sábados das 7h às 13h.

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