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Sob pressão do agro, extinção de reserva extrativista vira bandeira eleitoral na Amazônia
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Moradores tradicionais da Reserva Extrativista Jaci-Paraná, onde já há mais pasto que floresta, foram expulsos à bala
O piloto conduz o barco rio acima até avistar a casa que está buscando. Ao perceber que há gente na propriedade, baixa o tom de voz e evita se aproximar da margem para não ser visto. Quem olha a cena de longe pode ter a falsa impressão de que ele entrou ilegalmente na Reserva Extrativista (Resex) Jaci-Paraná, uma unidade de conservação em Rondônia criada para proteger de invasores as famílias que vivem da extração da seringa, da castanha, do açaí e de outros frutos da Amazônia.
Mas nesse território que se estende pela área de três municípios, inclusive a capital Porto Velho, essa lógica se inverteu. Dali, do meio do rio, Rodrigo* vê a casa que ajudou os pais a construírem ser utilizada por grileiros como base para a destruição da floresta que antes complementava o sustento familiar. “Eu tô com raiva, tô com ódio”, desabafa, constatando que a roça de macaxeira do pai e os pés de frutas nativas como cupuaçu e abacaxi cultivados pela mãe foram substituídos por bois e tratores.
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Em 2018, o casal de extrativistas decidiu fugir do local depois que a casa foi alvejada com tiros de arma de fogo enquanto eles trabalhavam. Antes disso, em duas ocasiões, os cadeados que trancavam as portas foram trocados durante sua ausência.
Desde então, a situação só piorou: de acordo com dados do governo do Estado, já há 765 fazendas dentro da unidade de conservação. E a proximidade das eleições acirra mais os ânimos: “Politicamente, não interessa ao Estado proteger a reserva, que é a mais visada pelos políticos de Rondônia [para extinção]”, analisa Aidee Torquato, ex-promotora do Ministério Público Estadual, que esteve à frente de muitas ações para impedir o fim da área verde.
Na Resex Jaci-Paraná tudo funciona com o sinal contrário. Quase 30 anos após sua criação, há mais pasto do que floresta por lá — embora a lei proíba a pecuária dentro da unidade de conservação. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 55,3% dos seus 191.234 hectares já foram transformados em capim.
via GIPHY / Infográfico por: Pedro Papini
Apenas dois moradores tradicionais resistem em seus terrenos, mas a população de bovinos cresce exponencialmente sob a proteção dos órgãos oficiais do Estado, que faz, inclusive, o controle de vacinação do rebanho ilegal contra febre aftosa. Enquanto o filho de extrativistas precisa falar baixo e olhar sempre para os lados, evitando ser visto, os invasores criam associações, fazem lobby e erguem faixas pedindo “regularização fundiária“. E o poder público está do lado deles.
“A gente tem que parabenizar essas pessoas que estão trabalhando, ralando, com a mão calejada. Esse é o bandido? Não, eu acho que esse é um herói, deveria ter recebido um prêmio”, defende Evandro Padovani, que até março de 2022 era o secretário de Agricultura de Rondônia — dias depois da declaração dada à reportagem ele deixou o cargo para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PSC (Partido Social Cristão). Em 2018, terminou a disputa como suplente, concorrendo com o slogan “Padovani da Agricultura”, que segue ativo em suas redes sociais e deve ser novamente sua plataforma eleitoral.
Evandro Padovani, que até março de 2022 era o secretário de Agricultura de Rondônia, defende publicamente os agricultores que invadiram ilegalmente a Resex / Otávio Lino
Em 2021, o governador Marcos Rocha (União Brasil), que se elegeu na esteira do bolsonarismo e busca mais quatro anos de mandato, contrariou pareceres da própria Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e da Procuradoria Geral do Estado e enviou para a Assembleia Legislativa um projeto de lei que praticamente acabava com a Resex. O texto, aprovado sem votos contrários pelos parlamentares — dos 24, 17 votaram a favor do projeto e sete se abstiveram — diminuiria em 90% a área da Resex, de 191 mil para 22 mil hectares.
Saiba mais: Parlamento de Rondônia reduz em 90% reserva Jaci-Paraná em prol da pecuária ilegal
A tentativa de redução da Resex foi freada apenas pelo Judiciário, que considerou a lei inconstitucional — mas parte do estrago já estava feito. “Medidas como essas vão fomentando cada vez mais a invasão, porque dão a ilusão de que em algum momento essas pessoas vão ser regularizadas”, diz Paulo Bonavigo, biólogo e presidente da Ecoporé, uma organização sem fins lucrativos que luta pela proteção do meio ambiente em Rondônia.
A Resex Jaci-Paraná é uma das unidades de conservação onde o desmatamento mais cresce no Brasil, conforme números do Inpe. Não por acaso, está localizada no estado amazônico que mais destruiu suas florestas. “Por causa do agronegócio, Rondônia sempre teve um movimento conservador e antiambiental muito forte. A eleição de Bolsonaro legitimou esse discurso e empoderou ainda mais os invasores”, explica Paulo Bonavigo.
O próprio presidente já teceu elogios à atuação dos deputados de Rondônia, estado que virou um balão de ensaio para as políticas de desregulamentação ambiental patrocinadas pelo governo de Jair Bolsonaro. Por isso, o risco é que a extinção de Jaci-Paraná abra um precedente perigoso para as outras áreas protegidas da Amazônia, cuja preservação é essencial para evitar o avanço do aquecimento global.
“O último relatório do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, na sigla em inglês] mostra que a Amazônia está perdendo o poder de fazer o equilíbrio climático, de resgatar o carbono da atmosfera”, destaca Txai Suruí, liderança indígena de Rondônia que em 2021 capturou a atenção de importantes chefes de Estado ao discursar na tribuna principal da COP 26, a Conferência Mundial do Clima.
“A Amazônia está perdendo o poder de fazer o equilíbrio climático”, destaca Txai Suruí / Otávio Lino
“Essa destruição passa também por comunidades que sempre viveram da floresta e agora estão sofrendo [com invasões e expulsões]”, completa Txai, também coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, que trabalha na defesa dos povos indígenas e do meio ambiente há 30 anos.
Peixe grande, peixe pequeno
Dona Cláudia*, mãe de Rodrigo, não teve tempo nem de sentir o gosto dos abacaxis que estavam começando a brotar quando ela e o marido, Roberto*, tiveram que sair fugidos da casa na beira do Rio Jaci-Paraná. A horta com couve, pimenta, cebola e outros temperos também ficou para trás, junto com uma boa parte da saúde de seu Roberto, que nunca se adaptou à vida em Porto Velho, para onde foram após escapar dos invasores.
“Era um monte de homem chegando armado. O trator veio na frente abrindo a estrada, tirando madeira. A casinha ficou lá, tava toda pintadinha”, lembra o idoso.
Assim como eles, a maioria das cerca de quarenta famílias de extrativistas que viviam na Resex Jaci-Paraná quando ela foi criada, em 1996, foi embora por conta das ameaças — realidade que se materializa nas casas abandonadas dentro da reserva. “A gente não vivia em paz, estava sempre assustado. Escutava pau caindo, eles abrindo mato, derrubando para plantar capim para o gado”, conta Isabel*, que também se viu obrigada a largar a floresta às pressas, deixando para trás a máquina de costura e a casa de farinha. “A minha vida foi só em seringal. Eu nunca morei na cidade, assim como tô agora. Eles tiraram meu sossego, minha paz.”
Na Resex Jaci-Paraná, é possível ver algumas das casas abandonadas pelos extrativistas expulsos por fazendeiros / Otávio Lino
Para Gustavo*, a ameaça chegou uma década atrás, pela boca de um homem armado: “O peixe maior é costume engolir um monte de menor”, disse o invasor.
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Sabedor de seu direito àquela terra, garantido por lei, Gustavo foi ao Ministério Público, ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), à delegacia ambiental, ao governo do Estado. Mas enquanto era mandado de um órgão público para o outro, viu as invasões ganharem corpo. Sem apoio, teve que deixar seu lote e passou a viver de favor. “Eles entraram como se fossem um bando de bicho, devorando tudo, vieram com trator, com caminhão. Hoje você só vê capim e boi berrando. Mais nada”, recorda.
Rebanho ilegal cresce 300% em sete anos
Documentos oficiais do governo do Estado mostram que em janeiro de 2022 havia 174.406 cabeças de gado na área protegida — número quase 300% maior do que o registrado em 2015, quando foi feito o primeiro levantamento do rebanho ilegal na Resex.
Parte desses animais abastece diferentes frigoríficos de Rondônia, inclusive aqueles pertencentes a grandes empresas que se comprometeram publicamente a não comprar animais de áreas desmatadas ilegalmente. No ano passado, o jornal estadunidense The New York Times revelou que bois criados na reserva foram comprados por frigoríficos da JBS, Marfrig e Minerva. No caso da JBS, a mesma prática já havia sido denunciada anteriormente pelo ((o))eco e pela Anistia Internacional.
A JBS afirma que essas publicações tinham erros metodológicos e que demonstrou, em cada um dos casos, a regularidade de suas compras. No caso da Marfrig, flagrada pela reportagem do The New York Times buscando gado dentro da Resex, a empresa disse que o erro foi da transportadora que embarcou os animais.
Já a Minerva argumenta que a falta de transparência sobre a movimentação do gado impede o monitoramento da origem dos animais desde o nascimento. Como o gado costuma passar por duas, três ou mais fazendas antes de chegar ao frigorífico, as empresas ficam sujeitas a manobras dos produtores que “lavam” o gado de Jaci-Paraná em fazendas regulares no entorno da reserva. Confira a íntegra das respostas das empresas aqui.
Impedir que os animais criados ilegalmente dentro da Resex chegassem aos consumidores, garantindo lucros para os pecuaristas irregulares, foi uma das maiores brigas de Aidee Maria Moser Torquato ao longo dos 18 anos em que esteve à frente da Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público de Rondônia (MP-RO). Para isso, ela adotou a estratégia de pressionar a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do estado (Idaron) para que tomasse medidas concretas contra o rebanho ilegal.
Governo de Rondônia fecha os olhos para a ocupação ilegal da reserva para criação de gado / Otávio Lino
O órgão é responsável por garantir que os animais sejam vacinados contra a febre aftosa, por isso sabe quem são os pecuaristas e detém informações preciosas sobre o fluxo comercial entre criadores e frigoríficos. A agência, inclusive, emite os documentos que autorizam o trânsito dos animais de uma fazenda para outra e dessas para os abatedouros.
Caso se abstivesse dessas tarefas, sob a alegação da irregularidade dos bovinos dentro de uma reserva extrativista, o Idaron estrangularia a cadeia que fomenta a grilagem.
Mas as recomendações de Torquato foram solenemente ignoradas pelas autoridades do governo do Estado. “Como o Idaron faz vista grossa e não denuncia quem invadiu a Resex? Como emite a Guia de Trânsito Animal sem questionar a origem do gado? Isso só interessa a quem está lá produzindo gado e enriquecendo”, lamenta a ex-promotora, que se aposentou em 2020.
A reportagem entrou em contato com o Idaron, com a Sedam e o gabinete do governador Marcos Rocha, mas não obteve retorno.
A carne produzida nos municípios que abrangem a Resex Jaci-Paraná é exportada, principalmente para Hong Kong, região autônoma da China, mas também para o Egito, Rússia, Itália, Alemanha, Suiça e Dinamarca e outros 37 países.
Para Ivaneide Bandeira Cardozo, a Neidinha Suruí, coordenadora de projetos da Kanindé, quem compra essa carne também tem sua parcela de culpa na tragédia socioambiental da Amazônia. “Há uma guerra do setor econômico contra a natureza, contra os povos indígenas, contra os extrativistas, e essa guerra destrói o planeta. Nós só vamos parar essa devastação quando o mercado internacional der um basta.”
“Nós só vamos parar essa devastação quando o mercado internacional der um basta”, diz Neidinha Suruí / Otávio Lino
Governo desobedece a Justiça
Desde 2004, já houve pelo menos três decisões judiciais determinando a saída dos invasores da Resex Jaci-Paraná, a restauração da vegetação nativa e o pagamento de multas por parte dos grileiros, mas elas tampouco tiveram efeitos. “O Estado nunca cumpriu”, lembra Torquato.
A exceção foi o período entre 2011 e 2013, em que o hoje ambientalista da Ecoporé Paulo Bonavigo esteve à frente do órgão estadual responsável pela proteção das unidades de conservação do estado e tentou forçar a retirada do gado da área por meio de bloqueios nas estradas de acesso à Resex. O objetivo era impedir a entrada de novos animais e de qualquer insumo à atividade agropecuária. A pressão dentro e fora do governo, no entanto, acabou minando a iniciativa e o levou a deixar o cargo. “Às vezes vinha um assessor de deputado me procurar, ou mesmo advogados ligados a políticos, querendo achar uma brecha legal para manter a invasão”, conta.
Em um estado que tem o agronegócio como carro-chefe da economia, a luta contra a Resex Jaci-Paraná virou bandeira eleitoral. A Assembleia Legislativa do Estado já tentou extinguir ou reduzir a unidade de conservação quatro vezes: em 2014, 2018, 2020 e em 2021, cujo ponto de partida foi um projeto de lei do governador do Estado.
“Essa pauta de redução de unidades de conservação é uma bandeira eleitoral em Rondônia há muitos anos”, explica Paulo Bonavigo, da Ecoporé, que acredita que este ano não será diferente. “Se você pensar que há cerca de 1.600 famílias vivendo ilegalmente dentro da Resex Jaci-Paraná, isso já é quase voto o suficiente para eleger um deputado.”
Por isso, não surpreende que, a 12 quilômetros de onde Rodrigo chora a casa que um dia foi sua, mas ainda dentro do perímetro protegido de Jaci-Paraná, João Marcelo da Silva faça planos de se candidatar a vereador mirando no voto dos grileiros. Ele é presidente da Aparar (Associação dos Pequenos Agricultores Rurais do Assentamento Renascer), que representa invasores assumidos: “Quando chegamos aqui sabíamos que era reserva”, admite. “Só que todo mundo precisava dum pedaço de terra para manter o sustento”, justifica.
“Quando chegamos aqui sabíamos que era reserva”, admite João Marcelo da Silva, presidente da Aparar / Otávio Lino
Silva exibe uma faixa com os dizeres “Nós queremos o zoneamento e a regularização fundiária da área da Resex Jaci-Paraná” e acredita que a regularização dos grileiros será o trampolim para sua candidatura. “Antes de deitar tem que fazer a cama”, brinca. Trânsito na política oficial Silva já tem — segundo ele, foi a seu pedido que a prefeitura de Porto Velho mandou a retroescavadeira que consertava a estrada dentro da área invadida.
Embora os defensores do fim da Resex argumentem que quem está lá são pequenos produtores rurais, os dados do Idaron mostram que entre os invasores da unidade de conservação há pelo menos 21 fazendeiros com mais de mil cabeças de gado — em alguns casos, os rebanhos somam quase três mil animais, enquanto a média em propriedades familiares obtida pelo último censo agropecuário do IBGE é de 80 cabeças por propriedade em Rondônia.
“Nas investigações do Ministério Público detectamos empresários de outros ramos que exploram pecuária dentro da Resex, mas também laranjas. Pessoas que possuem o gado em seu nome, mas que não têm condição financeira para isso”, conta Aidee Torquato. “Já aconteceu de identificarmos uma cabeleireira com 500 cabeças de gado, por exemplo.”
“A gente vê desmatamentos de quase 1.000 hectares de uma hora pra outra, e isso exige muito dinheiro, então não são pessoas com pouca renda que foram invadindo essas áreas”, salienta Paulo Bonavigo, da Ecoporé.
Vitória do atrevimento
José Maria, um dos fundadores da Organização dos Seringueiros de Rondônia e principal liderança extrativista do Estado, ainda guarda as fotos tiradas em 9 de março de 1996, quando foi realizada a assembleia de criação da associação de extrativistas de Jaci-Paraná. Na imagem, cerca de trinta pessoas, a maioria homens, olham sorridentes para a câmera. Em outro retrato, Zé Maria e um companheiro tomam banho em um rio ainda cercado pela floresta densa, imagem rara atualmente dentro da área.
A extensão do estrago é o principal argumento de quem quer o fim da reserva. “A floresta a gente tem que cuidar enquanto ela não foi derrubada. Depois que derrubou, não adianta”, argumenta Padovani.
:: PL que flexibiliza regularização fundiária premia invasores, avaliam especialistas ::
Mas a Justiça brasileira não aceita a teoria do fato consumado – de que a retirada dos invasores é inútil porque o desmatamento já aconteceu – como justificativa para a perpetuação de crimes ambientais. O desembargador Miguel Monico Neto, do Tribunal de Justiça de Rondônia, reforça esse entendimento: “Seria uma vitória do atrevimento. Vamos premiar a ilegalidade?”, questiona o magistrado, que votou contra o projeto de redução da Resex na sessão que declarou a iniciativa inconstitucional.
“Juridicamente, não existe fato consumado quando o assunto é a proteção do meio ambiente. O que é ilegal é ilegal e tem que ser recuperado”, frisa Torquato, que desenvolveu, junto com técnicos do MP, um cálculo para cobrar indenizações pela perda de biodiversidade — dinheiro que poderia ser aplicado em programas de recuperação ambiental.
A justificativa de quem quer entregar a Resex aos invasores tampouco encontra respaldo na ciência e na experiência prática, já que a floresta já provou que é capaz de se recuperar pelo simples abandono da área. Apenas na Amazônia, pesquisadores identificaram 7,2 milhões de hectares passíveis de recuperação, o equivalente a 60% da meta assumida pelo Brasil no Acordo de Paris, de recuperar 12 milhões de hectares de florestas até 2030. É quando se encerra o período que a ONU (Organização das Nações Unidas) designou como a “Década da Restauração” para inspirar e apoiar governos, empresas e sociedade civil a promoverem iniciativas de recuperação florestal em todo o mundo.
“Ao contrário do discurso do governo, a gente acredita que dá para recuperar a Resex, reflorestar, devolver aos seringueiros que foram expulsos e desenvolver com eles projetos de reflorestamento”, defende Neidinha. “A gente tem que devolver para a floresta aquilo que tiramos dela e só assim que a gente vai conseguir reverter essa crise pela qual estamos passando”, acrescenta Txai Suruí.
*Por questão de segurança, os nomes dos entrevistados foram modificados.
**Essa reportagem foi financiada pela WWF Brasil.
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Prefeito e Vice participam da inauguração do Parque Temático Villa Dei Troni
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20 horas atrásem
13/10/2025
Cerimônia na sexta-feira, em Ana Rech, contou ainda com a presença do Governador Eduardo Leite.
O Prefeito Adiló Didomenico e a primeira-dama Jussara Canali e o Vice-prefeito Edson Néspolo, a esposa Pâmela e o filho João Pedro participaram na sexta-feira (10) da inauguração do Parque Temático Villa Dei Troni, em Ana Rech. A cerimônia contou ainda com a presença do Governador Eduardo Leite, secretários de Estado, deputados, secretários municipais, vereadores entre outros convidados especiais de Edson Tomiello, o Trovão e a esposa Tânia, proprietários do local.
Adiló ressaltou a coragem de Trovão em inovar e construir importante espaço turístico e cultural que resgata a história da imigração italiana, destacando a qualidade e o bom gosto do projeto. Destacou que o local será um marco do turístico da Serra Gaúcha, que além de atrair visitantes, gera emprego e renda e movimenta diversos setores da economia. Finalizou seu discurso desejando mais sucesso ao empreendimento.
O Villa dei Troni retrata o cotidiano comunitário do final do século XIX, construído com base na fé, no trabalho e na culinária. O parque preserva a colônia em sua forma original, resgatando a memória viva da colonização italiana e do tropeirismo. Mais do que uma simples reconstrução, reprodução ou restauro histórico, trata-se de reviver uma jornada – sentir, viver e compartilhar as raízes de um legado que atravessa gerações.
Os ingressos para conhecer o Parque Temático Villa Dei Troni podem ser adquiridos pelo site https://www.villadeitroni.com/.
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41ª Feira do Livro de vende 32.276 livros e recebe 134.804 pessoas
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20 horas atrásem
13/10/2025
Programação de 17 dias reuniu público com mais de 370 atividades entre bate-papos, show e sessões de autógrafos e outras ações.
A 41ª Feira do Livro de Caxias do Sul terminou neste domingo com uma solenidade de encerramento que reuniu o Patrono Pedro Guerra, o Amigo do Livro Ernani Carraro, autoridades, livreiros e público na Praça Dante Alighieri. A domingo teve também como atração o show que festeja os 25 anos de carreira da dupla Claus e Vanessa. O Dia das Crianças motivou pais e filhos a circular e escolher títulos na sessão infanto-juvenil e mesmo adulta. Segundo a organização, esta edição fecha com um público estimado de 134.804 pessoas e uma venda de 32.276 livros. Depois tocar a sineta de encerramento, Patrono, Amigo do Livro, autoridades e equipe de organização circula ram pela Feira distribuindo rosas aos livreiros.
Na solenidade de encerramento, a representante da Associação dos Livreiros Caxienses, Maria Helena Lacava, fez menção ao slogan desta edição “No Trilho das Palavras, Voa a Imaginação”:
“Cito as palavras saudade e esperança já pensando na próxima feira, vamos ler mais e mais”, conclamou a livreira.
O Amigo do Livro Ernani Carraro saudou todos os que fizeram Feira acontecer e disse ter vivido 17 dias especiais:
“Me sinto maior e melhor. Tenho certeza de que vou acordar amanhã com saudades”, falou, emocionado.
Em sua declaração, o Patrono Pedro Guerra também destacou a importância dos muitos esforços para a realização desta que o fez “o mais jovem Patrono da história da Feira do Livro”:
“Estou muito contente. Do jeito que foi, foi lindo. O sentimento é de gratidão. Foi uma viagem gratuita e inesquecível.”
A Secretária de Cultura Tatiane Frizzo destacou o esforço dos diversos segmentos que garantiram a realização de mais uma edição do evento, destacando que aquilo que se fez em 17 dias agora prossegue no cotidiano:
“A gente espera que as pessoas continuem cultivando o hábito da leitura. É papel da Secretaria de Cultura valorizar os novos escritores. Queremos agradecer a cada uma das pessoas que passaram pela Feira.”
Com média de 21 atividades por dia, chegando a mais de 370 ao todo, neste ano a Feira do Livro de Caxias do Sul contou com 24 bancas – 18 no Setor Geral e seis para o público infantojuvenil. Ao todo, foram mais de 60 sessões de autógrafos; apresentações de 12 bandas escolares; realização de 26 bate-papos literários; seis espetáculos de dança, exposições; saraus; seis maratonas de contação de histórias; 34 atividades musicais; 31 oficinas; cinco palestras, mais as atividades do Passaporte da Leitura, dentre outras ações de cultura e lazer que tiveram o livro e a literatura como foco.
A tarde de domingo contou com a apresentação do show da dupla Claus e Vanessa que, além de seu repertório autoral, que inclui o hit “Medo de Amar”, também cantou músicas de Raul Seixas, Nenhum de Nós, Paralamas do Sucesso e Jota Quest, dentre outros.
No sábado, uma concorrida sessão de autógrafos com o Patrono Pedro Guerra o fez encontrar antigos e novos leitores: “Alguns apareceram com bebê de colo”, disse ele, em seu pronunciamento da solenidade de encerramento.
Contação de histórias, show de mágica, o divertido show do Grupo Aquarela, peças teatrais e outras atrações também garantiram a programação especial feita em alusão ao Dia das Crianças.
O Coordenador da Feira, Cássio Felipe Immig, fez uma breve avalição desta 41ª edição:
“Encerramos mais uma Feira do Livro bastante satisfeitos. Em relação à 2024, fizemos alguns ajustes na distribuição espacial, principalmente na área próxima à Rua Dr. Montaury. A avaliação é de que funcionaram bem esses ajustes. Acreditamos que se criou um circuito entre a Casa da Cultura, as bancas infantojuvenis, o espaço do SESC e o espaço do leitor, e que houve uma boa integração desse circuito mais voltado à infância com a área em torno do chafariz, com opções de alimentação no trajeto. O plano era justamente esse e vamos trabalhar para consolidar essa dinâmica para 2026. Outro aspecto positivo que eu gostaria de destacar é a adesão do público. Tivemos a sorte dos três fins de semana com tempo bom, pelo menos na maior parte de cada fim de semana, e o público correspondeu comparecendo.”
A realização da 41ª Feira do Livro de Caxias do Sul é da Secretaria Municipal de Cultura de Caxias do Sul e da Associação dos Livreiros Caxienses – ALCA, com financiamento do PRO-CULTURA – Sedac – RS, e patrocínio de Supermercados Andreazza e Sorvetes Urca. O Patrocínio Institucional é da Fundação Marcopolo, Unimed Serra Gaúcha, Sicredi Pioneira, Randoncorp e Racon Consórcios. O Apoio Cultural é da Infront, Visate, Villagio Caxias e Instituto Elisabetha Randon. A rádio oficial é a UCS FM e conta com a parceria de Desalinha Design UCS e SESC Caxias do Sul.
A partir de levantamento feito junto às 24 bancas da 41ª Feira do Livro de Caxias do Sul, a organização da Feira comunica a lista dos dez livros mais vendidos nas categorias Adulto e Infantojuvenil.
Adulto
- O Segredo Final, de Dan Brown
- Enquanto, de Lisana Bertussi
- Há sol ainda, de Regyna Queiroz Gazzola
- Pais e filhos, de Augusto Cury
- A sabedoria da transformação, de Monja Coen
- Café com Deus Pai, de Júnior Rostirola
- E tudo valeu a pena, de Francisco Michielin e Júlio Hochberg
- Drácula, de Bram Stoker
- Antônia, de Pedro Guerra
- Espelho Reverso, de Felipe Zobaran
Infantojuvenil
- Minecraft (série), vários autores
- Terapia Infantil (série), de Michaelene Mundy
- O pequeno príncipe, de Antoine de Saint Exupéry
- Bobbie Goods, Abbie Goveia
- Pense rápido (série), de Paloma Blanca Alves Barbieri
- Diário de Pilar, de Flávia Lins e Silva
- Gaúcho Goods, de Hanna Hann
- Olhinhos curiosos (série), vários autores
- As aventuras de Mike (série), de Gabriel Dearo e Manu Digilio
- Demon Slayer (Mangá), de Koyoharu Gotouge
*Com informações da assessoria de imprensa da Feira do Livro 2025.
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Obras do Samae devem alterar o trânsito em cinco bairros de Caxias do Sul na próxima semana
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23 horas atrásem
13/10/2025
Intervenções ocorrem entre segunda e sexta-feira em regiões como Madureira, Universitário e Desvio Rizzo. Além das redes de esgoto, o Samae também realiza melhorias em sistemas de água em outras sete localidades.
O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Caxias do Sul segue com o cronograma de obras de implantação das redes de esgotamento sanitário. A partir de segunda-feira (13), as frentes de trabalho devem impactar o trânsito em cinco bairros: Ana Rech, Colina Sorriso, Madureira, Universitário e Desvio Rizzo.
As intervenções fazem parte do plano de ampliação da cobertura de saneamento básico no município, com o objetivo de atender novas áreas e melhorar o sistema existente. Segundo o Samae, os trabalhos devem se estender até sexta-feira (17), exigindo atenção redobrada dos motoristas e pedestres que circulam por essas regiões.
Madureira e Universitário exigem mais atenção no trânsito
Nos bairros Madureira e Universitário, onde as obras já estão em andamento desde a última semana, os bloqueios continuam. A autarquia informou que há interdições totais em trechos das ruas Giácomo Capeletti, Américo Cadorin, Botafogo e Monsenhor Compagnoni.
Outras vias, como a Professora Viero, têm bloqueios apenas parciais, liberando o trânsito em meia pista. A execução da rede deve avançar em direção ao loteamento Primeiro de Maio pela Giácomo Capeletti durante a primeira metade da semana. A partir de quinta-feira (16), os trabalhos chegarão à Rua Doutor Rômulo Carbone, entre as ruas Ângelo Bissigo e Manoel Almeida.
Samae também realiza obras em outras sete localidades
Paralelamente às redes de esgoto, o Samae atua em extensões, substituições e setorização de redes de água em outras sete localidades do município. O objetivo é garantir maior eficiência no abastecimento e reduzir perdas na distribuição.
A autarquia reforça a importância de a população respeitar a sinalização e as orientações dos agentes de trânsito nos locais em obras. A recomendação é que motoristas busquem rotas alternativas sempre que possível.
Confira o cronograma completo das Implantações de redes de esgotamento sanitário:
Ana Rech
- Rua Euclides Triches, entre Leonardo Murialdo e Mario Antonio Buffon (próximo à Rota do Sol): bloqueio parcial para implantação de rede (início em 03 de outubro, término previsto para 24 de outubro);
Colina Sorriso
- Trecho em área verde, sem bloqueios (início em 15 de outubro, término previsto para 18 de outubro);
Madureira
- Rua Giácomo Capeletti, entre Carlos Colussi e Pasqual Smaniotto: bloqueio total para implantação de rede de esgoto (início em 10 de outubro, término previsto para 16 de outubro);
- Rua Professora Viero, entre Giácomo Capelletti e Carlos Colussi: bloqueio parcial para repavimentação após implantação de rede (início 25 de setembro, término previsto para 18 de outubro);
- Rua Doutor Rômulo Carbone (loteamento 1º de Maio), entre Ângelo Bissigo e Manoel Almeida: bloqueio parcial para implantação de rede de esgoto (início em 16 de outubro, término previsto para 21 de outubro);
Universitário
- Rua Américo Cadorin, entre Virgílio Ramos e Botafogo: bloqueio total para implantação de rede (início em 15 de outubro, término previsto para 18 de outubro);
- Rua Botafogo, entre Giácomo Capeletti e João Bertotti: bloqueio total para implantação de rede (início em 6 de outubro, término previsto para 14 de outubro);
- Rua Monsenhor Compagnoni, entre Caetano Mattana e Américo Cadorin: bloqueio total para repavimentação após implantação de rede (início em 9 de outubro, término previsto para 15 de outubro);
Desvio Rizzo
- Rua Sol Nascente, entre Alexandre Rizzo e Cristiano Ramos de Oliveira: bloqueio total para abertura de vala para execução de drenagem;
- Rua Pedro Poloni: bloqueio parcial para repavimentação;
- Rua Guerino Casara, entre Vereador Otto Scheifler e Alexandre Rizzo: bloqueio parcial para repavimentação;
- Av. Alexandre Rizzo, entre Guerino Casara e Júlio Ungaretti: abertura de vala para assentamento de rede de esgoto sem bloqueio;
- Av. Alexandre Rizzo, entre Guerino Casara e RS-122: bloqueio parcial para abertura de vala para assentamento de drenagem;
- Rua João Paim da Silva, entre Ernesta Coleone e o final da rua: bloqueio parcial para repavimentação;
- Rua Zeferino Scussiato, entre João Paim da Silva e Alvício Oliveira: bloqueio parcial para repavimentação;
- Rua Clemente Fruett, entre Alvício Oliveira e o final da rua: abertura de vala para assentamento de rede de esgoto, sem bloqueio;
- Rua Alvício Oliveira, entre Clemente Fruett e Zeferino Scussiatto: abertura de vala para assentamento de rede de esgoto, sem bloqueio.
Extensões, substituições e setorizações de rede de água:
Altos de Galópolis
- Rua R.G: bloqueios pontuais e parciais para extensão de rede;
Forqueta
- Estrada Josephina Bianchini Segat: bloqueios pontuais e parciais para extensão de rede;
Portinari
- Bloqueios pontuais e parciais em diversas ruas para pequenas extensões e interligações.;
São João da 4ª Légua
- Estrada Giovani Batista Echer: construção de caixas de válvula reguladora de pressão, sem bloqueios;
São Marquinhos
- Estrada Marcelino Rossato: bloqueios pontuais e parciais para extensão de rede;
São Virgílio
- Estrada Antônio Bridi: bloqueios pontuais e parciais para extensão de rede;
- Estrada Armindo Zanotti: construção de caixas de válvula reguladora de pressão, sem bloqueios;
Terceira Légua
- Estrada do Vinho, em Nossa Senhora do Caravaggio da 3º Légua: bloqueios pontuais e parciais para extensão de rede.
Por: Henrique Barbosa

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