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Município de Caxias anuncia medidas para reduzir superpopulação de pombas

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Dentre as ações estão o aumento da multa para quem alimentar as aves e a conscientização sobre doenças transmissíveis
Debatida há mais de uma década, sem uma solução efetiva, a superpopulação de pombos em Caxias do Sul, principalmente na área central e bairros próximos, terá atenção especial por parte do Poder Executivo. A situação é alvo de cobranças de setores empresariais, comunitários, jurídicos e de saúde em razão do acúmulo de fezes nas ruas, praças e prédios; da invasão dos estabelecimentos; dos prejuízos aos monumentos públicos e imóveis privados; e do aumento na incidência de outros animais, como ratos, ratazanas e baratas, dentre outras espécies.
Diante do quadro que se agrava de forma sistemática pela conduta de um grupo reduzido de pessoas que descumpre a lei que proíbe a alimentação dos pombos, a Prefeitura adotará medidas mais severas que visam colocar fim a esta prática. As ações foram apresentadas na manhã desta segunda (29/08) pela vice-prefeita Paula Ioris a representantes de vereadores, a maioria integrantes da Comissão de Saúde, e reforçadas, na sequência, em coletiva à imprensa. Os encontros foram acompanhados por empresários e moradores da área central. “As medidas que vamos adotar visam reduzir a população de pombos a um número adequado. Quem imagina estar beneficiando as pombas com esta alimentação, na verdade, prejudica”, explicou a vice-prefeita.
Uma das medidas propostas já está na Câmara de Vereadores. Por meio de projeto de lei, o Executivo propõe mudança no valor atual das multas a quem descumpre a lei de 2013, que proíbe a alimentação dos pombos. De 100 VRM (Valor de Referência Municipal), o valor sobe para 1000 VRM, ou seja, de pouco mais de R$ 400 para R$ 4 mil. Mas antes de iniciar as punições, a Secretaria do Meio Ambiente iniciará um trabalho de conscientização junto às pessoas que alimentam as aves indevidamente. “Já as temos identificadas. Agora, vamos notificá-las sobre o descumprimento e as penalidades, informando sobre todos os prejuízos que a superpopulação causa à comunidade em geral”, ressalta o titular da pasta, João Osório Martins. A lei que proíbe a alimentação não é exclusividade de Caxias do Sul, pois está regulamentada em centenas de outros municípios de diferentes estados.
Osório também informou que, na sequência, a secretaria intensificará a fiscalização sobre todas as formas de distribuição de alimentos às aves, não apenas aquelas distribuídas em grandes volumes, como sacos de milho. A Prefeitura conta com a colaboração da comunidade para identificar quem alimenta as pombas. O contato por ser feito pelo Alô Caxias, número 156. O anonimato do denunciante é assegurado.
O coordenador do Departamento de Proteção Animal da secretaria, veterinário Paulo Bastiani, explanou sobre os principais problemas causados pelo excesso de aves, com ênfase para a saúde. Relatou como possíveis doenças transmissíveis a criptococose, que provoca falta de ar, espirros constantes, coriza, fraqueza e dor no corpo; histoplasmose, causadora de febre, tosse seca, dor no peito e inchaço nas pernas (ambas originárias de fungo encontrado nas fezes); e toxoplasmose, responsável por coriza, dor no corpo, de cabeça e garganta. Nos últimos anos têm sido crescente a incidência de meningite e leptospirose em Caxias do Sul. De 2011 a 2021, são 105 casos de leptospirose; em 2022, já há seis confirmados. De meningite, são 14 casos no período; em 2022, ainda não há registros.
De acordo com a médica Anelise Kirsch, infectologista do Controle de Infecção Municipal, é comum a ocorrência de doenças a partir do ar-condicionado, com inalação de ar contaminado por excrementos das aves. Relatou que são doenças graves, com longos períodos de recuperação, incluindo em muitos casos cirurgias e internações em unidades de terapia intensiva, além de danos irreversíveis, como cegueira.
Para inibir a concentração de fezes, a Semma já ampliou a limpeza geral da Praça Dante Alighieri, da periodicidade mensal para quinzenal, e passou a limpar os bancos diariamente, bem como reforçou a varrição e a desratização. Atualmente, a secretaria já investe em torno de R$ 400 mil por ano para limpar e fazer manutenção da praça, pois é comum as aves se alimentarem das sementes em germinação das flores plantadas. O próximo passo será estender a limpeza para outras áreas, como na Avenida Júlio de Castilhos, na quadra entre as ruas Borges de Medeiros e Alfredo Chaves.
Diretora da escola Endança Jazz e Cia, Cristina Dall’Agno, relatou a necessidade de limpeza contínua do imóvel localizado na Avenida Júlio de Castilhos, bem como da calçada, fazendo uso de água, já que a varrição provoca elevação das fezes. Também citou que, mensalmente, contrata empresas especializadas para desratizar e descontaminar o ambiente. “O local está inabitável, sinto vergonha do endereço”, afirmou. Recordou que alunos já se propuseram a fazer apresentações na sacada e plantar flores na calçada, que não se efetivaram em razão da sujeira causada pelas aves. Representante da Associação dos Moradores do Bairro Centro, Marco Doncato, acrescentou ser comum as aves sofrerem atropelamentos ou baterem nos prédios, além de invadirem estabelecimentos comerciais. “As aves também estão sofrendo. Além disso, a morte delas está atraindo urubus, que se alimentam das carcaças”, revelou.
De acordo com Bastiani, o objetivo principal das medidas é garantir o convívio harmonioso das aves com a comunidade em geral para evitar medidas mais drásticas. Informou que a Semma contratou estudo da Universidade de Caxias do Sul para calcular o número de aves presentes nas três principais praças centrais e as prováveis doenças. Ainda citou que a farta disponibilidade de alimentos é prejudicial às aves, tornando-as obesas e gerando estresse, como a disputa por comida, ainda que ofertada à vontade, e reprodução acima do normal para a espécie.
A pomba da praça, como é popularmente conhecida, é uma ave exótica e doméstica, de origem europeia e asiática, que vive até 17 anos na natureza. No ambiente urbano, este período é encurtado, podendo cair para seis anos. A reprodução ocorre de cinco a seis vezes no ano, com dois ovos chocados pelas fêmeas. Os filhotes estão prontos para voarem entre 40 e 45 dias.
FECHAMENTO TEMPORÁRIO DE UBS
Em função do acúmulo de fezes de pombos, uma limpeza externa na Unidade Básica de Saúde (UBS) Centro, localizada na Rua Pinheiro Machado, está programada para ocorrer de quarta a sexta-feira (31/08 a 02/09). Em caso de chuva, a data poderá ser alterada.
A diretora da Vigilância Sanitária, Juliana Argenta Calloni, explicou que, em virtude da manipulação de resíduos contaminados durante o processo de lavagem da área externa, a UBS estará fechada nesse período. A empresa contratada fará o isolamento do espaço, a descontaminação e o recolhimento e destino de todos os resíduos. Consultas agendadas foram remanejadas para outras unidades. A população que precisar de atendimento no dia terá como referência a UBS São Vicente.
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Teatro do Sesc Caxias do Sul recebe show de Geraldo Espíndola e Marcelo Loureiro Apresentação integra o projeto Sonora Brasil

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20/08/2025
O projeto Sonora Brasil traz ao Teatro do Sesc Caxias do Sul (Rua Moreira Cesar, 2462) os músicos Geraldo Espíndola e Marcelo Loureiro, do Mato Grosso do Sul, em uma fusão de influências fronteiriças entre Brasil, Paraguai e Bolívia. A apresentação acontece no dia 31 de agosto, domingo, às 18h. Os ingressos estão à venda na Unidade ou no site www.sesc-rs.com.br/espetaculosculturais, por R$ 10 para usuários da Credencial Sesc, R$ 15 para beneficiários da meia-entrada e R$ 30 para público geral.
O show traz o encontro entre Geraldo Espíndola, com canções que traduzem o modo de ser sul-mato-grossense e refletem o caldeirão cultural de um lugar que faz divisa com cinco estados brasileiros e dois países, e Marcelo Loureiro, um dos principais nomes da música instrumental fronteiriça brasileira, que une modernidade e tradição ao desenvolver um estilo influenciado pelos ritmos paraguaios e argentinos, a harmonia do jazz, a escola do violão flamenco e a genuína música brasileira. Mais informações pelo Sesc Caxias do Sul, pelo WhatsApp (54) 98407-0351.
Com o tema “Encontros, tempos e territórios”, o Sonora Brasil 2025 destaca o olhar, a escuta e a valorização das territorialidades, diversidade e memórias por meio da expressão de seus autores e intérpretes. Neste ano, cinco duplas circularão pelos estados das Regiões Norte e Nordeste e as outras cinco pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ao todo serão realizados 34 festivais, com mais de 200 shows em 59 cidades do país. Os encontros mostram a relação entre tempos históricos e territórios nas criações artísticas e trazem em suas músicas, paisagens de territórios a relação com diferentes movimentos musicais da música popular brasileira nas cinco regiões do país.
Sobre o Sonora Brasil – O Sonora Brasil cumpre a missão de difundir o trabalho de artistas que se dedicam à construção de uma obra não comercial. A formação de plateia é o que se busca por meio do contato do público com a qualidade e a diversidade da música, estimulando o olhar crítico sobre a produção e os mecanismos de difusão da música no País. Promovido pelo Sesc nacionalmente, já alcançou 750 mil pessoas, com 6.098 concertos, de 85 grupos, em mais de 150 cidades brasileiras. Ao todo, 431 músicos já se apresentaram no circuito que, a cada biênio, aborda duas temáticas diferentes e promove a circulação dos artistas por todas as regiões brasileiras.
Sonora Brasil com Geraldo Espíndola e Marcelo Loureiro – Sesc Caxias do Sul
Data: 31/08 (domingo)
Horário: 18h
Local: Teatro do Sesc Caxias do Sul (Rua Moreira Cesar, 2462)
Ingressos: À venda na Unidade ou através do site www.sesc-rs.com.br/espetaculosculturais, por R$ 10 para usuários da Credencial Sesc, R$ 15 para beneficiários da meia-entrada e R$ 30 para público geral.
Mais informações: Pelo WhatsApp (54) 98407-0351.
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RS tem terceiro maior crescimento do turismo no país no primeiro semestre de 2025

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20/08/2025
O turismo do Rio Grande do Sul cresceu 9,4% no primeiro semestre de 2025, em comparação ao ano passado. O índice é o terceiro maior do país e confirma a retomada do setor após a enchente de 2024.
O turismo do Rio Grande do Sul dá sinais claros de recuperação depois do impacto devastador da enchente de maio de 2024, que paralisou estradas, afetou hotéis e manteve fechado o Aeroporto Salgado Filho por meses. No primeiro semestre de 2025, os números voltaram a sorrir para o setor: alta de 9,4%, segundo dados do Observatório Estadual do Turismo baseados na Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE.
Destaque no cenário nacional
O resultado coloca o Estado no 3º lugar entre os maiores crescimentos do país, atrás apenas de Rio de Janeiro (14,2%) e Amazonas (11,8%), e garante a liderança no Sul. A métrica é medida pelo Índice de Atividades Turísticas, que avalia fatores como fluxo de visitantes, gastos e ocupação hoteleira.
Para o secretário estadual de Turismo, Ronaldo Santini, a reação não é obra do acaso:
“Esse desempenho é fruto da promoção dos nossos destinos, da qualificação dos serviços e do fortalecimento da infraestrutura. O turismo é um motor fundamental para a economia gaúcha” — afirma.
Recomeço em movimento
A melhora também reflete a retomada da demanda por viagens e eventos, impulsionada por campanhas nacionais e pela ação conjunta entre governo, municípios e empresários do setor. Ainda há muito por reconstruir, mas os primeiros passos mostram que o turismo gaúcho voltou a ocupar lugar de destaque no mapa brasileiro.
Por: Henrique Barbosa
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20/08/2025Refis do Samae renegocia R$ 3,6 milhões em dívida
Prazo segue até 31 de outubro, com descontos que podem chegar a 100% em juros e multas.
O Programa de Recuperação Fiscal – Refis 2025 do Samae mostrou força já nos primeiros meses de funcionamento. Em apenas três meses, foram renegociados R$3,6 milhões em débitos de moradores e empresas de Caxias do Sul. Ao todo, 1.099 acordos foram fechados entre abril e julho, segundo levantamento da Superintendência Comercial da autarquia.
Desse valor, mais de R$280 mil já entraram nos cofres do Samae, sendo R$131 mil pagos à vista.
Dívida ativa segue alta
O programa ainda tem muito chão pela frente. Quando o Refis foi lançado, em maio, havia mais de 6,6 mil consumidores na dívida ativa, somando quase R$19 milhões em dívidas. Com juros e multas, o valor passava de R$36 milhões. Além disso, outros 144 devedores respondiam por dívidas de processos administrativos, que chegavam a R$2,5 milhões atualizados.
Condições de negociação
O Refis 2025 oferece descontos generosos em juros e multas, além da possibilidade de parcelamento longo, de até 120 vezes. Entre as condições estão:
- À vista: desconto de 100% em juros e multas.
- Até 12 parcelas: desconto de 85%.
- De 13 a 24 parcelas: desconto de 70%.
- De 25 a 48 parcelas: desconto de 50%.
- De 49 a 60 parcelas: desconto de 20%.
- De 61 a 120 parcelas: desconto de 10%.
O diretor-presidente do Samae, João Uez, lembra que a negociação só vale para dívidas de anos anteriores, e que os débitos de 2025 ficam de fora. “O programa foi pensado para dar chance de regularizar pendências antigas, com condições acessíveis”, destacou.
Como participar
Quem quiser aderir ao Refis tem até 31 de outubro para procurar o Samae. A negociação pode ser feita de forma presencial, na Loja Comercial da Rua Pinheiro Machado, 1.631, das 9h às 16h, ou pelo WhatsApp, no número (54) 3220-8600.
Para emergências, o Samae mantém atendimento 24h pelos telefones 115 ou 0800-772-8600.
Por: Henrique Barbosa

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