Canção do compositor Éder Bergozza será apresentada à comunidade no dia 26, durante evento de Escolha da Rainha e Princesas
Tita Schet e Rafa Gubert apresentarão a canção Mérica no dia 26/08 – Crédito: Cristiano Tedesco.
A música oficial da Festa Nacional da Uva 2024 será apresentada para a comunidade na noite da escolha da Rainha e das Princesas da Festa Nacional da Uva 2024, em 26 de agosto. O tema da Festa, “Caminhos e Lugares”, foi a principal inspiração para a composição da canção “Mérica”, do músico Éder Bergozza. A música foi selecionada após um criterioso processo de análise, por meio de um concurso promovido pela Comissão Organizadora em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de Caxias do Sul, que recebeu um total de nove inscrições, sendo que oito delas foram habilitadas para avaliação.
Para o compositor, a ligação com a história da Festa da Uva é forte, pois seus bisavós vieram da Itália e, até hoje, parte da família pratica o cultivo da uva, como seus antepassados. “Eu tinha uma melodia na cabeça, e então veio uma inspiração exatamente pelo tema Caminhos e Lugares, que é ‘pra quem veio de tão distante’, e essa frase não me saiu da cabeça. Tentei contar de uma forma leve, um pouco poética, sobre o caminho que essas pessoas fizeram até chegar aqui, em busca da prosperidade e de uma vida melhor. A “mérica” era o sonho e a oportunidade de fazer com que tudo isso se tornasse realidade”, aponta Bergozza. Ele pontua que a própria melodia reflete essa façanha, começando de uma forma um pouco mais sutil e com um refrão forte, exatamente para mostrar que essa aventura deu certo.
Bergozza não é novato nas escolhas de música-tema da Festa, tendo participando do concurso em outras edições, mas essa é a sua primeira música vencedora. “E espero que não seja a última”, complementa. Com a conquista, o compositor destaca que, mesmo tendo criado inúmeras peças publicitárias e diversas canções e álbuns, essa é a primeira campanha de abrangência nacional. “É muito importante ter o meu nome vinculado à Festa da Uva, que é gigante. Me sinto muito feliz, honrado e orgulhoso em poder adicionar essa realização ao meu currículo de estúdio e de produtor musical.”
Os intérpretes escolhidos para dar vida à canção foram os cantores caxienses Rafael Gubert e Tita Sachet, que ainda não tinham dado voz à música-tema de alguma edição da Festa da Uva. Bergozza conta que “Mérica” foi criada especialmente para as vozes de Rafa e Tita e que, sem a participação deles, não faria sentido. “Eles colocaram as vozes brilhantemente, tornando a música também um pouco deles. Fiquei muito feliz com isso e, na minha opinião, o resultado está muito bacana”, comemora. No dia da Escolha, Rafa e Tita cantarão a música ao vivo, acompanhados pela trilha instrumental, que foi toda gravada pelo próprio Bergozza em seu estúdio. A intenção é destacar a originalidade da música, mostrando o arranjo da maneira como foi pensado e executado.
A Escolha da Rainha e Princesas da Festa Nacional da Uva 2024 está com ingressos à venda, que podem ser adquiridos online pelo site Minha Entrada ou nos pontos de vendas físicos: Centro de Eventos do Parque da Festa da Uva (3° andar, com acesso pelo Portão 7), Associação RandonCorp Interlagos e Forqueta, Fras-le e RA Homem (lojas no Villaggio Caxias e Centro de Caxias do Sul). O valor individual para as arquibancadas é de R$75 (mais taxas, no caso da compra online) e para mesas, com cinco lugares, é de R$750 (mais taxas, no caso da compra online).
Sobre o compositor
Éder Bergozza iniciou seus estudos de piano aos 12 anos de idade. Em sua trajetória, tocou na banda de baile Os Bergozza, onde permaneceu por sete anos tocando os mais variados estilos musicais, além de grupos como Akashic, com quem gravou dois discos e realizou duas turnês pela Europa, Miss Liz, Violeta Pop, Capitão Ferro, Rafa Shuller, Khajal, Willian Marx, Inside e Bete Balanço. Ainda, tocou com Lô Borges em sua vinda a Caxias do Sul (2005), no Coral Municipal de Caxias do Sul, na Orquestra Municipal de Sopros de Caxias do Sul e na Orquestra Municipal de Sopros de Garibaldi, entre outros. Foi eleito por três vezes, pelas revistas Rock Brigade, Roadie Crew e Valhalla, como um dos cinco melhores tecladistas do Brasil, entre os anos 2001 e 2005. Possui experiência na gravação de mais de 40 discos, de variados estilos, tendo sido produtor musical de seis deles.
O Programa é decisivo para garantir alimentação, saúde e dignidade às crianças.
Um estudo da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com a Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad/MDS), traçando o perfil de crianças de 0 a 6 anos em famílias de baixa renda, revelou que o Bolsa Família foi responsável por uma das maiores reduções da pobreza já registradas no país.
Sem o programa, 81,8% das crianças de 0 a 6 anos estariam em situação de pobreza em 2023. Com ele, esse número cai drasticamente para 1,1%. Os dados reforçam a importância da transferência de renda como política pública estratégica, sobretudo na primeira infância, fase crucial para o desenvolvimento humano.
O peso da pobreza na infância
O levantamento, mostra que, mesmo com avanços, a pobreza ainda se concentra entre famílias com crianças pequenas:
Em 2013, crianças de 0 a 6 anos representavam 12% da população e 16% do CadÚnico.
Dez anos depois, em 2023, a participação caiu para 9% da população total, mas se manteve em 16% entre os mais pobres.
Benefícios voltados às crianças
O Benefício Primeira Infância (BPI) garante R$150 a mais por criança de 0 a 6 anos. Em agosto de 2025, esse adicional chegou a 8,44 milhões de crianças, resultando em R$1,18 bilhões transferidos pelo governo federal. Outros apoios incluem:
Benefício Variável Gestante: R$50 para 633,6 mil gestantes;
Benefício Variável Nutriz: R$50 para 303 mil famílias com bebês de até seis meses;
Benefício Variável Familiar: R$50 para cada integrante de 7 a 18 anos incompletos.
Para o ministro Wellington Dias, investir nessa fase é investir no futuro: “Cada real destinado à primeira infância representa retorno imenso para toda a sociedade”, afirmou.
O Bolsa Família vai além do repasse financeiro. O programa estabelece condicionalidades que reforçam a proteção das crianças:
Saúde: vacinação em dia, acompanhamento de peso e altura, pré-natal para gestantes.
Educação: frequência escolar mínima de 60% para crianças de 4 a 6 anos e 75% para estudantes até os 18 anos.
Compra direta sem licitação vai atender produtores afetados pelo tarifaço de Trump.
O governo federal autorizou a compra de alimentos que perderam mercado após o tarifaço imposto pelos Estados Unidos. A medida, publicada em portaria interministerial na sexta-feira (22), abre caminho para que produtos brasileiros, antes destinados à exportação, passem a reforçar a merenda escolar, além de abastecer hospitais públicos e as Forças Armadas.
Quais alimentos entram na lista
A portaria prevê a aquisição de produtos que ficaram encalhados com a sobretaxa americana:
açaí (fruta, purês e preparações);
água de coco;
castanha de caju (inteira ou processada, sucos e extratos vegetais);
castanha-do-Brasil (castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca);
manga (fresca ou seca);
mel;
pescados (como corvina, pargo, tilápia, entre outros);
uva fresca.
Como vai funcionar a compra especial
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o mecanismo de aquisição terá caráter excepcional e emergencial. Ele permite:
dispensa de licitação;
apresentação simplificada de termo de referência;
contratação direta com produtores e exportadores;
dispensa de estudos técnicos preliminares.
A medida está prevista na Medida Provisória nº 1.309/2025, que institui um plano de contingência para setores impactados pelas tarifas adicionais impostas por Washington.
Quem pode vender para o governo
Para participar, os exportadores deverão apresentar declaração de perda na exportação do produto e pelo menos uma declaração única de exportação para os Estados Unidos, registrada a partir de janeiro de 2023.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário deve anunciar nesta segunda-feira (25) os detalhes operacionais do programa. Estados e municípios interessados poderão solicitar adesão para garantir o reforço na merenda escolar. Por: Henrique Barbosa
Análise da economista Marilane Teixeira, professora da Unicamp, mostra que a crise de mão de obra no comércio não se deve à falta de interesse dos trabalhadores, mas às condições precárias oferecidas pelo setor.
Mais de 7 milhões de trabalhadores pediram demissão em 2024, sendo que até 90% atuavam no comércio em jornadas exaustivas de 6×1 e com salários que variavam de R$1.518 a R$2.277. Grande parte estava na informalidade, sem direitos básicos como férias, 13º ou aposentadoria.
Crise de contratação
O cenário já preocupa empresários, em especial no centro comercial do Brás, em São Paulo, que reúne milhares de lojas populares e supermercados. A situação é tão crítica que a prefeitura, em parceria com a Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), promove mutirões para tentar preencher as 10 mil vagas abertas.
Mas, segundo especialistas, o problema não está na falta de interesse dos trabalhadores, e sim nas condições precárias oferecidas pelo setor. Para a economista Marilane Teixeira, professora da Unicamp, o mercado aquecido e a queda do desemprego permitem que os trabalhadores recusem ofertas ruins:
“As pessoas não estão indisponíveis para o trabalho, mas não querem mais aceitar baixos salários e jornadas de seis dias por semana. Hoje existe possibilidade de escolha”, explica.
Ela acrescenta que a defesa do fim da escala 6×1 é uma das pautas que estarão presentes nos atos de 7 de setembro, em todo o país.
Juventude e empreendedorismo
Outro ponto destacado é o desencanto dos jovens com a rotina do comércio. Muitos preferem buscar alternativas autônomas, ainda que arriscadas:
“Entre ficar seis dias da semana preso em uma loja por até dez horas, recebendo pouco mais que o salário mínimo, e buscar alternativas que tragam mais liberdade, os jovens estão escolhendo a segunda opção”, analisa Marilane.
No entanto, ela alerta que o “encantamento com o empreendedorismo” pode ser ilusório: rendas imediatas nem sempre compensam a ausência de garantias como férias, 13º, FGTS e vales.
Programas sociais e o mito da preguiça
Parte do empresariado insiste em apontar o Bolsa Família e outros programas sociais como motivo da escassez de mão de obra. Marilane refuta essa visão.
“O problema não é o Bolsa Família. Em muitos casos, ele garante mais estabilidade que um emprego com salário insuficiente. O que afasta trabalhadores são as condições precárias do comércio e serviços”, afirma.
Menor desemprego da história
O Brasil fechou o 2º trimestre de 2025 com taxa de desemprego de 5,8%, a menor da série histórica iniciada em 2012. Com mais opções, os trabalhadores estão menos dispostos a aceitar subempregos.
Jornada menor, oportunidade maior
O debate sobre a redução da jornada de trabalho também gera resistência entre lojistas e supermercadistas, que alegam aumento de custos e risco de demissões. Marilane enxerga o contrário:
“Com jornadas menores, mais turnos seriam criados, obrigando novas contratações. Isso não penalizaria o setor, ao contrário, poderia ampliar o consumo e as vendas, inclusive dos próprios trabalhadores”, conclui. Por: Henrique Barbosa