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Fundação Caxias apresenta nova casa de passagem para acolher pessoas em situação de rua em Caxias do Sul

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Com uma área de 4150 m², o local tem capacidade para receber cem pessoas, 24 horas por dia

Com a chegada do inverno e das baixas temperaturas, cresce a preocupação com as pessoas em situação de rua em nossa cidade. Pensando nisso, a Fundação Caxias apresentou nesta quinta-feira (29), em um evento simbólico com a presença de autoridades, voluntários e representantes da sociedade civil, a nova casa de passagem, que terá capacidade para acolher até cem pessoas, oferecendo atendimento 24 horas por dia.

Localizado na Rua Garibaldi, nº 248, no bairro Pio X, o espaço funcionará na sede da Fundação Caxias e receberá o nome de  N.Ó.S – Núcleo de Olhar Solidário. Com uma área de 4.150 m², o local vai muito além de um abrigo noturno. A proposta é oferecer acolhimento integral, com estrutura para higiene, dormitórios, alimentação completa, atendimento técnico e oficinas voltadas à capacitação profissional, promovendo dignidade e autonomia às pessoas em situação de vulnerabilidade.

Segundo o presidente da Fundação Caxias, Euclides Sirena, o espaço encontra-se em fase final de preparação e abrirá oficialmente no dia 6 de junho, às 8h30. “Este espaço representa muito mais do que um abrigo. É, acima de tudo, um símbolo de acolhimento, dignidade e esperança. Sabemos que, em momentos de vulnerabilidade, cada pessoa precisa de um olhar humano, de um espaço seguro e de oportunidades para recomeçar”, destacou Sirena.

A iniciativa nasce da parceria entre a Fundação Caxias, o projeto Mão Amiga e a Per Amore, com apoio de diversas entidades locais. A nova estrutura substitui a antiga Casa de Passagem Carlos Miguel dos Santos, que funcionava no bairro Fátima, ampliando significativamente a capacidade de atendimento e os serviços oferecidos.

Frei Jaime Bettega, fundador e diretor do Mão Amiga, ressaltou a relevância da localização e da proposta do espaço: “A rua não é residência para ninguém. Aqui, eles vão encontrar não apenas uma coberta e um lugar para dormir, mas também o calor humano de uma equipe preparada e dedicada”, pontuou.

O prefeito Adiló Didomenico também participou do evento e reforçou a importância do envolvimento da comunidade. “Peço acolhimento da vizinhança e da sociedade em geral. O compromisso com os mais vulneráveis é uma dívida social de todos nós. Que Caxias mantenha sempre esse espírito de fraternidade”, afirmou.

Representando o setor empresarial, Celestino Loro, presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul(CIC), classificou a inauguração como um marco histórico para a cidade. “Queremos transformar vidas pelo trabalho, pela dignidade, pela possibilidade de recomeço. Muitos não têm mais condições de escolher. A cidade precisa dizer: venha, que nós vamos cuidar de você”, concluiu.

Com a nova casa de passagem, Caxias do Sul dá um passo importante na construção de uma cidade mais humana e solidária. Mais do que um espaço físico, o Núcleo de Olhar Solidário representa um compromisso coletivo com a dignidade de todos.     

Crédito das fotos: Victória Zanrosso

Sobre a Fundação Caxias

A Fundação Caxias é uma entidade social sem fins lucrativos, fundada em 1969 pela iniciativa privada de Caxias do Sul, e tem como objetivo buscar a participação dos agentes locais no desenvolvimento de atividades que promovam a cidadania, bem como apoiar e articular programas permanentes de capacitação profissional e geração de renda. A Fundação Caxias realiza atividades em busca da inclusão social, com a promoção de ações sociais e acreditando que a solidariedade é uma das maneiras de promover as conquistas necessárias para o bem da comunidade.

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Combustível: governo prevê queda de preço se petróleo mantiver cotação

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que “há uma real possibilidade” de queda no preço da gasolina e do diesel nas próximas semanas, caso o valor do petróleo no mercado internacional se mantenha. Ele participou, nesta segunda-feira (7), da reunião de cúpula do Brics, no Rio de Janeiro.

“Nós estávamos muito apreensivos, naturalmente, com essa guerra entre Israel e Irã. A tensão diminuiu. Esperamos que termine”, disse o ministro, em entrevista.

Afirmou, ainda, que o governo tem se mobilizado para evitar cobranças abusivas nos preços dos combustíveis.

“O presidente Lula vem cobrando isso de forma reiterada para que, na bomba de combustível, cheguem as reduções feitas pela Petrobras. E nós estamos trabalhando de forma fiscalizatória. Esse é o papel do governo para que a gente tenha realmente o resultado desse esforço que é feito nas políticas públicas para poder construir justiça tarifária no país”, acrescentou.

Silveira afirmou que o Brics discutiu, nesta cúpula, a questão da sustentabilidade, de forma “muito vigorosa”. “[O Brics] é um fórum internacional fundamental, inclusive para poder articular financiamento para a transição energética através do Banco do Brics”, disse.

O ministro citou ainda que a extração de minerais críticos, dos quais o Brasil e outros países do Brics têm reservas importantes, é fundamental para a transição energética.

Mas, segundo ele, é preciso buscar um equilíbrio entre as atividades econômicas e a legislação.

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Rendimento médio do trabalho subiu, mas apenas metade dos ocupados diz que houve aumento em 2024

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Após a crise causada pela pandemia, o Brasil passou por um momento de recuperação da atividade econômica, com reflexos positivos no mercado de trabalho. Entre o 4º trimestre de 2020 e o 4º trimestre de 2024, o número de ocupados aumentou em 16,6 milhões de pessoas. Ao mesmo tempo, a quantidade de desocupados caiu pela metade – de 14,4 milhões para 6,8 milhões. A taxa de desemprego está nos mínimos históricos, o número de empregos formais tem aumentado e a inflação está sob controle. Em 2024, pelo menos 85% das negociações coletivas ficaram acima da inflação, o melhor resultado desde 2018, quando o DIEESE iniciou a análise1. Mesmo com números favoráveis, pesquisas revelam insatisfação generalizada por parte dos trabalhadores, o que os economistas encontram dificuldade para explicar. Este boletim aborda a trajetória dos rendimentos dos trabalhadores nos últimos anos, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PnadC-IBGE). O objetivo é ajudar na discussão sobre os motivos dessa insatisfação, mesmo diante da melhora nas condições econômicas, mostrada pelas estatísticas disponíveis. Usando os dados do último trimestre de cada ano, a análise é dividida em quatro períodos, que seguem os ciclos políticos pelos quais o país passou desde 2012.

Entre 2014 e 2022, o rendimento médio se manteve praticamente estável, tirando da análise 2020 e 2021, anos muito impactados pela crise pandêmica. No entanto, de 2022 até 2024, houve aumento de 7,5% no rendimento médio real dos ocupados, que chegou a R$ 3.270 mensais no 4º trimestre de 2024, maior valor já registrado no país.

Entre 2022 e 2024, o rendimento médio do trabalho aumentou de maneira equânime, em torno de 7,5%, em todas as faixas de renda. Nessa análise, os trabalhadores foram divididos em três grupos, de acordo com a posição de rendimento:

•Os 40% com os menores rendimento

•Os 50% nas faixas intermediárias de rendimento R$ 2.900 R$ 3.060

•Os 10% com os maiores rendimentos

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Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 5,18%

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A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 5,2% para 5,18% este ano. É a sexta redução seguida na estimativa, publicada no Boletim Focus desta segunda-feira (7), em Brasília. A pesquisa é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2026, a projeção da inflação permaneceu em 4,5%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,8%, respectivamente.

A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Em maio, a inflação oficial fechou em 0,26%. O resultado mostra desaceleração após o IPCA ter marcado 0,43% em abril. O índice – divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – acumula taxas de 2,75% no ano e de 5,32% em 12 meses.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Apesar do recuo recente da inflação, as incertezas em relação à economia fizeram o colegiado elevar os juros em 0,25 ponto percentual na última reunião, no mês passado, sendo o sétimo aumento seguido da Selic em um ciclo de contração na política monetária.Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

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