Educação
Equipe da Secretaria Municipal de Educação desafia invisibilidade de questões étnico-raciais a partir da rede pública de ensino em Caxias do Sul
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Núcleo permanente com estrutura ainda pouco difundida no país insere temáticas de identificação e pertencimento no cotidiano das escolas. Abordagem inclui rede estadual
Como todos os 31,5 mil estudantes de Ensino Fundamental da rede pública de Caxias do Sul, Sophya Domingues Marcos deve se apresentar em sua escola – neste caso, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Ruben Bento Alves, no Loteamento Vila Ipê – todos os dias, a partir das 7h30. Como muitos desses estudantes, ela se dá ao trabalho de pedir para o pai acordá-la cerca de uma hora antes do necessário, porque, afinal, não é de qualquer jeito que se vai para a aula quando se tem 13 anos e se está no 7º ano. Como vários desses estudantes, Sophya tem o cabelo escuro e cacheado. Só que ao contrário de tantos colegas de traços físicos semelhantes, sua intenção com o tempo extra de camarim em casa não é de esconder ou disfarçar os fios, mas valorizá-los em tranças preparadas com todo o cuidado. Mais do que uma turbinada na autoestima, o senso estético apurado e a inspiração nas raízes africanas lhe renderam também o prêmio no concurso que escolheu a arte para a logomarca de um novo núcleo implementado pela Secretaria Municipal de Educação (SMED): o QuERER – Qualificar a Educação para as Relações Étnico-Raciais.
“Quando saiu o resultado, ela ficou nervosa, porque não é uma coisa que acontece todo dia. Ela tem um talento para desenho e pintura que tu não imaginas. No quarto, pintou até nas portas e nas paredes. Nessa figura do prêmio ela se baseou em imagens africanas que passaram na escola, porque tem essa descendência por parte de mãe. Nós incentivamos, para ver se os filhos vão para a frente, porque não tivemos tanta sorte”, revela orgulhoso o mecânico de máquinas e eletrodomésticos Jorge João Marcos, pai da estudante.
A efígie feminina negra, de cabeleira espessa adornada por um pente-garfo vermelho, no centro de uma mandala colorida criada por Sophya representa agora o trabalho da equipe pedgógica da SMED que percorre todas as 83 Escolas Municipais de Ensino Fundamental, as 48 Escolas de Educação Infantil de gestão compartilhada e ainda presta suporte para a rede estadual no desafio diário (e a manutenção desta frequência é a primeira lição) de remover o véu de invisibilidade que cobre diferentes formas de preconceito impregnadas na sociedade. O QuERER entrou em operação em 2021, logo na retomada das atividades escolares após a interrupção provocada pela pandemia de Covid-19, com a atribuição específica de promover, orientar, coordenar e monitorar a educação das relações étnico-raciais.
“É um projeto de combate ao racismo e à intolerância às diversidades na sociedade brasileira assumido como política de Estado em 2003. Desde o ano passado e até o momento, realizamos encontros de formação e provocamos as equipes diretivas e coordenações pedagógicas para que estes profissionais, em um primeiro momento, entendam que vivemos em uma sociedade estruturalmente racista, que cada um possa se enxergar nesta sociedade e comece a pensar em mudança de posturas, em observar seu vocabulário, as expressões que usa…”, descreve a assessora pedagógica Joelma Couto Rosa, especializada em Psicopedagogia Clínica e Institucional – ela própria professora da rede municipal desde 2010, ex-coordenadora e vice-diretora de escola.
Rodas de conversa, teatro, produção de revista, documentário e gastronomia indígena
O trabalho do QuERER avança em diversas frentes na rede municipal de Caxias do Sul. Inicialmente, em 2001, fez-se uma abordagem com os gestores das instituições de ensino, para que eles pudessem multiplicar a informação com seus professores, a fim de que prepará-los para trabalhar o tema de forma mais profunda e objetiva com o público escolar. A cada dois meses, aproximadamente, o núcleo pedagógico da SMED oferece às escolas propostas de abordagem em torno da temática étnico-racial, à história e cultura afro-brasileira, africana e indígena. A metodologia utilizada é a da gamificação, por meio de desafios ou gincanas educativas.
Em outra frente, muitas escolas têm solicitado rodas de conversa e encontros de formação com os professores, porque muitos ainda manifestam receio em falar sobre racismo. É o caso, por exemplo, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Ítalo João Balen, que atende aproximadamente 600 crianças e adolescentes.
“Solicitamos a assessoria para entender melhor como abordar o tema. É muito delicado e é complexo. O núcleo nos estimula a inserir a questão no dia a dia da escola e não apenas em novembro [mês da Consciência Negra], detectar, debater e mudar as relações com a participação dos alunos”, explica a coordenadora pedagógica Aline Turela.
Conforme a servidora, a aprovação por parte dos professores só não foi total, porque faltou tempo para ampliar ainda mais a conversa.
“As crianças vêm sem preconceito. Nós, adultos, é que muitas vezes corrompemos este vínculo. As pessoas exibem comportamentos de que não se dão conta. Precisamos reconstruir as relações”, afirma Aline.
Outra via de acesso já consagrada com a garotada é o teatro. Na EMEF Machado de Assis, o responsável por facilitar a abordagem da temática étnico-racial entre os estudantes da educação infantil até o 5º ano do Ensino Fundamental foi o Projeto Mudamundo.
“O teatro abriu as portas para trabalharmos outros temas. Os estudantes participam bastante, percebem a problemática e reagem, cada um a sua forma. Aqui estamos atuando no estágio da aceitação da identidade e do senso de pertencimento. As próprias crianças e as famílias nos procuram para abordar a questão”, relata a diretora Tânia Malvina Maineri.
Já na EMEF Engenheiro Mansueto Serafini, pode-se dizer que o trabalho de estudantes e professores, com o apoio do QuERER, ganhou dimensões mais palpáveis. As turmas de 6º e 7º ano produziram uma revista, publicada em formato digital, esmiuçando o impacto de questões étnico-raciais e do bullying no ambiente escolar. Os Chromebooks fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação (SMED) foram a ferramenta de pesquisa e produção fundamental para os jovens editores.
“Foi muito significativo para os alunos negros pela apropriação, a identificação e a possibilidade de compartilhar ideias com colegas de outras etnias. Eles ficaram muito orgulhosos com o resultado. O mais importante é que eles construíram todo o processo”, comenta a diretora Gláucia Honorato.
Segundo a servidora, os estudantes lançaram mão de recursos que já conheciam e dominavam, mas que até então não percebiam que estavam relacionados aos temas de interesse. Os reflexos puderam ser sentidos de imediato no convívio do ambiente escolar.
“Percebemos uma mudança. Mais respeito, maior valorização da cultura, mais consciência do que consideravam brincadeira e seria ou não aceitável. Um olhar mais apurado, uma maior sensibilidade. Eles estão numa idade em que precisam dessa orientação. Entender que há diferenças de cultura, de modo de vida e tipos de corpos”, acrescenta Gláucia.
No entendimento da diretora, é preciso que a instituição de ensino mantenha esta perspectiva constante, em tempo integral.
“Até porque é um privilégio vivenciar a continuidade deste trabalho”, arremata.
As propostas do núcleo de educação étnico-racial da SMED para abordagem da temática são variadas. Em uma primeira missão, por exemplo, as escolas tinham de realizar um diagnóstico do perfil étnico-racial da comunidade escolar como um todo. Já na segunda etapa, houve a distribuição de kits de artesanato indígena M’Bya Guarani para o desenvolvimento de atividade pedagógica com as crianças/estudantes. Na EMEF Marianinha de Queiroz, após a utilização dos materiais em atividades de produção textual, história e matemática, terminou tudo em piquenique para as turmas de 4º e 5º ano, na floresta da escola – sim, a escola tem uma floresta. Entraram em cena o artesanato e a culinária indígenas.
“As crianças adoraram. Elas sempre gostam do que é diferente. Por meio da comida, eles se envolveram com a questão étnico-racial, em particular, dos indígenas, desde os anos iniciais, até os mais avançados. Trabalhamos o respeito, a cultura, os jogos, a influência e as tecnologias”, comenta a coordenadora pedagógica Taís Griffante.
Interessados pela problemática envolvendo racismo, preconceito e a urgência do respeito, os mais velhos produziram um documentário em vídeo, chamado Isso É Macumba (2017).
“Sempre se trabalhou muito em cima das datas – Dia dos Povos Indígenas, Mês da Consciência Negra. Mas o que precisamos agora é explorar estes assuntos ao longo do ano todo”, ressalta a servidora.
A questão é particularmente sensível para a comunidade da Marianinha de Queiroz. Atualmente, dos mais de 600 estudantes, mais de 20 são estrangeiros. Venezuelanos, senegaleses e haitianos são os imigrantes mais numerosos.
“Num primeiro momento foi difícil. Usamos os notebooks para tradução. Hoje já temos o entendimento de que precisamos instrumentalizá-los para que tenham condições de se adaptar à realidade do Brasil. Mas veja que não é uma só etnia. Negros, indígenas, imigrantes, precisamos trabalhar e envolver todos, sempre”, conclui Taís.
Conexão com a UFRGS e apoio para rede pública do Estado
Até o momento, desde 2021, o Núcleo Qualificar a Educação para as Relações Étnico-Raciais (QuERER) já alcançou as equipes diretivas, coordenações pedagógicas e professores lotados nas bibliotecas de todas as 83 escolas municipais de Ensino Fundamental de Caxias do Sul. Também envolveu todas as coordenações pedagógicas das 48 escolas de educação infantil ligadas ao município, além de 98 da iniciativa privada. Mas não considera o suficiente. Assim, buscou multiplicar parcerias. Atualmente, estão conectados à assessoria pedagógica da Secretaria Municipal de Educação (SMED) de Caxias do Sul profissionais da Rede de Promoção da Igualdade Racial, o Projeto Mudamundo, que oferece materiais pedagógicos e livros de literatura infantil em que o protagonista da narrativa é um menino negro, e a Fundação Marcopolo, com projeto coordenado pelo rapper e educador social Chiquinho Divilas.
E há, também, as parcerias que auxiliam com formações. É o caso do Departamento de Educação e Desenvolvimento Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Com o apoio da instituição foram realizados recentemente dois ciclos de lives reunindo temáticas sugeridas pelos próprios professores da rede municipal de ensino, onde viam maior carência de estudo. Na ausência de programa similar, as lives foram abertas aos colegas servidores da rede estadual.
“Os professores estão buscando se apropriar mais. Muitos não tiveram essa formação sobre a educação das relações étnico-raciais em sua Licenciatura. Agora estão buscando, porque ainda têm muito receio de como abordar. E essa é uma tarefa do núcleo também: subsidiar os professores, auxiliá-los com materiais, propostas, metodologias, para que eles possam entender as diversas formas de trabalhar com essa temática – que não é só nas datas específicas [20/11 ou 19/04]. Deve ser ao longo do ano, a qualquer tempo com os estudantes. Deve estar no currículo durante todo ano letivo. Há muita coisa para se trabalhar, desde a história, a cultura, trazer todas as contribuições destes povos para a constituição do Brasil”, explica a assessora pedagógica Joelma Couto Rosa, que já possui a formação UNIAFRO/UFRGS: Política de Promoção da Igualdade Racial na Escola.
Em relação aos estudantes, ela observa, a conversa já é outra:
“Quando fazemos estes momentos de conversa, eles querem falar, muitas vezes, expor situações que já vivenciaram. Há uma abertura para esta temática. Principalmente com os maiores. Com os pequenos é outra abordagem. Sinto que estão sedentos para falar. Eles querem falar sobre isso, se posicionar”.
Uma experiência neste sentido foi proporcionada justamente pela ponte estabelecida entre as redes públicas de ensino de Caxias do Sul e do Estado, por meio da SMED e do Núcleo QuERER. No início de agosto, estudantes do 9º ano de quatro escolas estaduais de ensino médio, com idades entre 13 e 17 anos, tiveram um desejo realizado. Uma sessão de cinema no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) Cidade Nova. Em cartaz, o sucesso oscarizado – e ainda mais com aura de lenda, após o falecimento do ator principal, Chadwick Boseman, vítima de câncer – Pantera Negra. A ansiedade da jovem plateia em seguir debatendo questões de raça, gênero, direitos humanos, conciliação e entendimento quase impediu que a atividade se encerrasse ao subirem os créditos do filme.
“Foi muito importante, muito significativo. O assunto não se esgotou. Todos os professores elogiaram e pediram mais oportunidades como esta. Os alunos querem mais espaço para dialogar sobre o tema. O pessoal da [Escola Estadual de Ensino Médio] Abramo Randon continuou debatendo ao chegar na escola. Eles pediram esse movimento após o filme. O debate pede passagem”, aponta a coordenadora regional da CIPAVE+4ªCRE, ligada à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (CIPAVE) da 4ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Marivane Aparecida Carvalho da Rosa.
Bem longe de Wakanda, no mundo real, ao contrário de ser um dom para realizar grandes façanhas, a invisibilidade ganha contornos de um inimigo amargo e cruel – daqueles difíceis de se derrotar. Exceto com a rara combinação de paciência, inteligência e persistência:
“Costumamos falar muito sobre a presença negra e indígena em Caxias do Sul. A contribuição destas etnias na construção do município. Temos muitas referências neste sentido na cidade e muitas vezes isso não se fala. Caxias é um município plural também. E isso fica invisível muitas vezes. Sempre houve aqui uma presença negra e indígena muito forte. E precisamos enxergar estes invisíveis”, finaliza Joelma.
Fotos: Elisabete Bianchi
Educação
Com quase 45 mil crianças e estudantes atendidos em 132 escolas, rede municipal de ensino volta às aulas nesta sexta-feira (17)
Publicado em
1 mês atrásem
14/02/2023
Programa de Recuperação de Aprendizagem (PRA), em andamento já desde o início do segundo semestre do ano passado, recebendo mais de R$ 1 milhão por mês, e qualificação do atendimento infantil, que terá investimento 35% maior, são prioridades
Além da expectativa pelo retorno e o ingresso de novos rostos de um contingente de quase 45 mil crianças e estudantes, os dias que antecedem a retomada das aulas são de intensos preparativos e atenção aos detalhes nas 132 escolas cobertas pela rede da Secretaria Municipal de Educação (SMED) de Caxias do Sul. Até sexta-feira (17), quando se abrem as portas para o início do ano letivo 2023, ainda haverá tempo para os últimos retoques de limpeza, manutenção, pintura e outros serviços encaminhados pelas equipes diretivas e coordenações, a fim de garantir que alunos, professores e demais servidores sejam recebidos em ambiente acolhedor e confortável.
Durante esta semana, entram em cena as equipes de capina e roçada da CODECA, realizando uma espécie de ritual anual, cuidadosamente programado para a reta final do período de férias. De modo a evitar retrabalho, com o crescimento de vegetações já manejadas, o cronograma de visitas e ajardinamento nas escolas deve ser cumprido à risca, poucos dias antes do recomeço das atividades. Afora isso, cada instituição tem sua autonomia e orçamento para definir como e quais melhorias pretende realizar para esperar por alunos e educadores.
Um dos destaques para a nova temporada de aulas é o investimento no avanço da humanização do serviço. A verba destinada à qualificação da Educação Infantil aumentou 35%, chegando a aproximadamente R$ 54 milhões. Inclusão é a palavra-chave na SMED para 2023. O objetivo da secretaria é ampliar o atendimento aos alunos da chamada Educação Especial e realizar o diagnóstico precoce para condições que exigem maior cuidado e atenção, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em 2023, a rede municipal de ensino atenderá mais de 1,4 mil estudantes com alguma necessidade especial.
“Por isso reformulamos os contratos de gestão e implementamos novos profissionais. Para que, lá na Educação Infantil, quando a criança entra na escola, ela seja estimulada precocemente para que seu desenvolvimento seja o mais pleno possível”, revela a secretária municipal de Educação, Sandra Negrini.
Na esfera didática, a prioridade do município já é conhecida por quem acompanha o cotidiano da educação, desde o início do segundo semestre de 2022 – agora, apenas ganha contornos de consolidação: o Programa de Recuperação de Aprendizagem (PRA). A Prefeitura já vem investindo cerca de R$ 1 milhão por mês na iniciativa, para desfazer os prejuízos provocados pela interferência da pandemia de Covid-19 no desenvolvimento dos alunos.
“A partir do monitoramento e diagnóstico do Avalia Caxias 2022, temos empregado ações e pensado em formações. Todo direcionamento da secretaria para 2023 é em torno de como fazer a recomposição dos estudantes que ainda trazem algum déficit de aprendizado em relação a todo período pandêmico”, afirma a diretora pedagógica da SMED, Paula Martinazzo.
Uniformes com gestão sustentável
Com a abertura de 173 novas turmas de pré-escola no Ensino Fundamental e uma média de 22 estudantes por turma, a estimativa é de que aproximadamente 3,8 mil novos alunos ingressem na rede pública municipal a partir de 2023. Todos terão acesso a peças do uniforme escolar de Caxias do Sul. Levantamento da Secretaria Municipal de Educação (SMED) indica que há cerca de 30 mil itens em estoque. A carga disponível é resultado de uma política de gestão de recursos implementada quando a novidade chegou, de maneira inédita, no ano letivo anterior. E da precavida aquisição de uma margem extra de 10% de produtos, já antecipando o crescimento natural do contingente de alunos na rede.
“Desde o momento em que recebeu o uniforme, cada estudante ou família já tinha conhecimento de que estava tendo acesso a um benefício público, que após o ciclo de utilização deveria retornar para a escola, para ser compartilhado com outros alunos, em igual condição de necessidade. Todos assinaram termo de ciência neste sentido. Já é uma primeira lição de economia circular”, observa a secretária municipal de Educação, Sandra Negrini.
O sistema funciona como uma espécie de banco do uniforme: quem está no 8º ou 9º ano, se encaminhando para sair ou já saindo da escola, devolve o kit à instituição, que faz a destinação do material aos estudantes matriculados nos anos imediatamente anteriores, conforme a demanda de cada caso. Dos alunos maiores para os menores – como acontece normalmente a transmissão de roupa entre irmãos ou primos em muitas famílias.
“Cada escola tem sua autonomia para fazer a própria gestão do uniforme. Desta forma, é possível que os produtos cheguem a quem está ingressando agora na rede. Vários estudantes, inclusive, pela época em que receberam o material no ano passado, estão com as peças muito bem conservadas. Com isso também evitamos um volume importante de desperdício”, assinala a gestora.
Segurança reforçada na chegada – e na saída
A secretária observa que o uniforme também traz consigo uma vantagem relacionada à própria segurança, uma vez que crianças e estudantes passam a circular identificadas pelas escolas e seu entorno.
E é exatamente de segurança que diz respeito outra novidade para a temporada de estudos deste ano. Já a partir de sexta-feira (17), equipes da Guarda Municipal acompanharão, com reforço de servidores e veículos, os períodos de chegada e saída de diversas escolas da rede municipal. Em ambos os turnos.
Os endereços serão definidos ao longo da semana e podem mudar no decorrer do período, conforme entendimento estratégico das secretarias municipais de Educação e Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS). A distribuição e escala das forças obedecerá ao esquema de zoneamento já utilizado pela rede municipal de ensino.
“Com o Início Seguro, queremos propor um começo de ano um pouco mais tranquilo para professores, famílias e toda comunidade escolar. A Guarda Municipal já é nossa parceira de longa data e sempre comparece, conforme é possível conciliar com as outras demandas. E agora, será também participante deste momento significativo de arrancada para mais um ano de trabalho”, conclui Sandra.
NÚMEROS DE UMA REDE EXPRESSIVA
- Estudantes no Ensino Fundamental: 31.876 (diurno e EJA)
- Educação Infantil 4 a 5 anos: 2.949
- Educação Infantil – Gestão Compartilhada: 5.280 (0 a 5 anos)
- Educação Infantil – Credenciamento: 4.181 (0 a 5 anos)
- Educação Infantil – Defensoria: 407 (0 a 5 anos)
- Total de crianças/estudantes em escolas municipais: 34.825
- Total de crianças na Educação Infantil do município: 12.817
- Total geral: 44.693
- Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs): 83
- Escola de Educação Infantil (EEIs) de Gestão Compartilhada: 49
- Estudantes com atendimento especial para 2023: 1.412
- Roteiros de transporte para 2023: 143 (61 áreas rurais e 82 em zona urbana)
- Quilômetros rodados diariamente: 10.314
- Refeições servidas: 51 mil por dia
Fonte: SMED / Dezembro 2022
Fotos: Elisabete Bianchi
Educação
Segunda-feira (30) marca início de nova etapa de matrículas nas escolas públicas de Caxias do Sul
Publicado em
2 meses atrásem
30/01/2023
Divulgação de resultados de inscrições em segundo prazo e começo de matrículas para os contemplados ocorrem na mesma data
O penúltimo dia de janeiro marca o início de uma nova etapa – e uma nova chance – no percurso de quem busca vaga em alguma das escolas públicas das redes municipal e estadual de Caxias do Sul. A partir de segunda-feira (30) ocorrem a divulgação de resultados das inscrições realizadas em segundo prazo para Ensino Fundamental (1º a 9º ano) e Ensino Médio (1º, 2º e 3º anos) e o começo do período de matrículas para os contemplados nesta fase do processo. Os resultados estarão disponíveis no site www.educacao.rs.gov.br. E a confirmação da vaga deve ser feita na escola para onde o estudante foi designado, até dia 9 de fevereiro.
Apenas nos casos em que o estudante estiver sem vaga, se houver necessidade de transferência de local, troca de zoneamento ou algum outro tipo de ajuste o responsável deverá comparecer à Central de Matrículas (Rua Ernesto Alves, 1535 – Centro), de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h. O atendimento é organizado por meio de distribuição limitada de senhas.
“As pessoas que não se sentiram contempladas pelas vagas obtidas, estiverem sem escola ou necessitarem trocar de zoneamento, podem comparecer à Central de Matrículas para buscar ajustes. Importante lembrar que as transferências dependem da abertura de vagas na escola pretendida, e isso nem sempre acontece. Designaremos mais pessoas para o atendimento na Central para que todos sejam ouvidos e, na medida do possível, atendidos”, afirma a diretora administrativa da Secretaria Municipal de Educação (SMED) e titular em exercício da pasta, Sandra Teresinha Kuhn.
Caso não tenha conseguido a vaga na escola pretendida, o estudante fica na escola onde já está matriculado. Se quiser ainda concorrer a uma vaga em outra escola, deve ir até a Central de Matrículas para colocar o nome na lista de espera. Os ajustes devem ser buscados posteriormente.
“Quem já teve a inscrição contemplada, pode ir direto na escola confirmar a vaga, não há necessidade de ir na Central, a escola receberá o nome dos estudantes que foram designados para cada unidade de ensino”, alerta a gerente técnica de Legislação e Escrituração Escolar da SMED, Madelon Lopes Taunous.
Uma nova etapa do acesso à rede começará com a primeira semana de fevereiro: será a vez das matrículas dos contemplados no 1º prazo de inscrições para Educação Infantil na faixa de 4 e 5 anos. Nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental, até 10 de fevereiro; e nas Escolas de Educação Infantil de Gestão Compartilhada, de 6 a 10 de fevereiro.
Veja abaixo quais são as próximas fases no caminho para a vaga nas escolas públicas de Caxias do Sul.
Ensino Fundamental – 1º a 9º ano
Divulgação dos resultados das inscrições do 2º prazo: 30/1/2023, no site www.educacao.rs.gov.br
Matrículas dos contemplados no 2º prazo: de 30/1/2023 a 9/2/2023, na escola para onde o estudante foi designado, mesmo que depois queira trocar de local
3º prazo de inscrição (para quem perdeu o 2º prazo): a partir de 6/2/2023 (aberto o ano todo, diretamente na Central de Matrículas)
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Ensino Médio – 1º, 2º e 3º anos
Divulgação dos resultados das inscrições do 2º prazo: 30/1/2023, no site www.educacao.rs.gov.br
Matrículas dos contemplados no 2º prazo: de 30/1/2023 a 9/2/2023, na escola para onde o estudante foi designado, mesmo que depois queira trocar de local
3º prazo de inscrição (para quem perdeu o 2º prazo): a partir de 6/2/2023 (aberto o ano todo, diretamente na Central de Matrículas)
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1º ano do Curso Normal e aproveitamento de estudos do Magistério
Quem perdeu o prazo: buscar informações diretamente no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, a partir de 14/01/2023
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Educação Infantil – 4 e 5 anos
Matrículas dos contemplados no 1º prazo de inscrições:
nas EMEFs: até 10 de fevereiro
nas EEIs de Gestão Compartilhada: de 6/2/2023 a 10/2/2023
2º prazo de inscrição (para quem perdeu o 1º prazo): a partir de 13/2/2023 (aberto o ano todo, diretamente na Central de Matrículas)
***
2º e 3º anos do Curso Normal
Inscrições e informações diretamente no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza
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1º ano da Educação Profissional Subsequente – Cursos Técnicos
Quem perdeu o prazo: aguardar novo período de inscrição no segundo semestre de 2023
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2º e 3º anos do Cursos Técnicos
Inscrições e informações diretamente na Escola Estadual Técnica de Caxias do Sul – EETECS
COMO ACOMPANHAR O ANDAMENTO DO PROCESSO
Consulta do andamento do processo: pela plataforma www.educacao.rs.gov.br.
Por e-mail: quem houver informado endereço de e-mail no momento da inscrição receberá a notificação da vaga contemplada diretamente na caixa de mensagem. É importante manter atenção também às mensagens na caixa de Spam.
Matrícula: presencialmente na escola designada, no período indicado.
CONTATOS DA CENTRAL DE MATRÍCULAS
Endereço: Rua Ernesto Alves, 1535 – Centro
Atendimento ao público: de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h
Telefones:
SMED: 3901.2327 / 3901.2322 / 3901.2324 / 3901.2325 / 3901.2326
WhatsApp: 54 9997.68.858 (município); 54 9995.52.911 (estado)
E-mail: matricula@edu.caxias.rs.gov.br; central-caxiasdosul@seduc.rs.gov.br
Fotos: Elisabete Bianchi
Educação
Inscrições para bolsas de estudo em ensino profissionalizante na área agrícola abrem dia 30/1
Publicado em
2 meses atrásem
27/01/2023
Prazo vai até 13 de fevereiro
A Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SMAPA) informa que abre na segunda-feira (30/01) o período de inscrições para o processo seletivo de concessão de bolsas de estudo para alunos de instituições de Ensino Médio Técnico-profissionalizante da Área Agrícola para o ano letivo de 2023. São 34 bolsas de estudos com o valor mensal de R$ 150,00.
cada, para o período de março a dezembro de 2023. As inscrições são gratuitas e se encerram no dia 13 de fevereiro.
As inscrições podem ser através do e-mail bolsaagricola@caxias.rs.gov.br ou de forma presencial na SMAPA. Sendo a inscrição realizada por e-mail, deve constar no campo assunto; Inscrição Bolsas de Estudo e o nome completo do
candidato e no corpo do e-mail; nome completo do candidato, RG e CPF, devendo também, serem anexados os documentos exigidos:
a) comprovante de endereço residencial;
b) comprovante de matrícula em instituição de ensino médio técnico profissionalizante da área agrícola;
c) declaração de rendimentos do núcleo familiar, ou seja, das pessoas que vivem na mesma residência, provenientes da agricultura, expedida pelo Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Caxias do Sul e/ou
d) declaração de rendimentos do núcleo familiar com vínculo empregatício, mediante apresentação da última folha de pagamento; e/ou
e) declaração comprobatória de rendimentos do núcleo familiar para o caso de rendimentos autônomos ou pró-labore, expedida por profissional contábil devidamente habilitado;
f) formulário de inscrição preenchido, conforme modelo disponibilizado no site:
www.caxias.rs.gov.br/servicos/agricultura
g) cópia dos documentos do candidato: RG e CPF
h) cópia dos documentos dos pais ou responsáveis: RG e CPF
No dia 15 de fevereiro será divulgado edital com a lista preliminar das inscrições. O candidato que não tiver a sua inscrição homologada poderá interpor recurso até o dia 23 de fevereiro. A lista com a homologação final das inscrições será divulgada no dia 24/02/2023. Confira critérios, formulário e mais informações no link https://caxias.rs.gov.br/servicos/agricultura/bolsas-de-estudo.
Para o titular da SMAPA, Rudimar Menegotto, a oportunidade é muito boa. “Toda ajuda é importante para as famílias do meio rural. Este apoio para os estudantes é também um incentivo para que eles permaneçam na atividade agrícola, especialmente aqueles oriundos da agricultura familiar”, avalia.

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