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DO LUTO À LUTA

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Um ano após o colapso: como estão as famílias arrasadas no pior momento da pandemia no Brasil

Os meses de março, abril e maio de 2022 marcam o primeiro ano de um luto coletivo sem precedentes na história do Brasil. Ao fim desse mesmo período em 2021, o país havia perdido mais de 200 mil pessoas para a covid-19. 

Se o ano passado foi o mais mortal já registrado pelos cartórios brasileiros, março, abril e maio foram os meses que mais pesaram nessa estatística. O número de mortes por covid-19 no trimestre representa mais de 30% de todos os óbitos causados pelo coronavírus até hoje em solo nacional. 

Um ano depois, famílias, amigos, amigas, parentes, colegas, conhecidos e conhecidas ainda vivem as consequência do pesar. Lidam com a ausência de pessoas queridas, que perderam a vida na maior pandemia do século e também enfrentam entraves burocráticos, econômicos e até judiciais no processo.

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“São milhares e milhares de brasileiros que estão sofrendo, hoje, além dos atravessamentos e consequências da pandemia da covid-19, essa dor profunda, que é perder alguém que ama”, afirma a assistente social e pesquisadora Paola Falceta, presidenta da Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico).

Ela fundou a Avico junto com o advogado Gustavo Bernardes em abril do ano passado. Bernardes havia sido internado com quadro grave de covid-19 no fim de 2020. Já Falceta está nas estatísticas de enlutados e enlutadas no trimestre sombrio: perdeu a mãe em março de 2021 por causa do coronavírus.

“Essa faixa de tempo é real. Março, abril e maio representam o pico do colapso da saúde no Brasil e são três meses muito complicados para nós. O pior de tudo isso é que as pessoas ainda não têm forças, pelo luto, pela falta de apoio em saúde mental, pelas dificuldades financeiras. As pessoas estão tirando força da revolta”, aponta.

“A revolta dentro de mim cresce”

O aposentado Elpidio de Souza, de 62 anos, é cardiopata e, no início da pandemia, decidiu com a família por levar o isolamento de maneira rígida. Ele morava com a esposa e o filho, também portadores de comorbidades, além de dois netos, que hoje têm de 12 e 14 anos.

Assim como para a maior parte das famílias brasileiras, frente à falta de apoio do poder público e à crise econômica, a quarentena por um longo período foi impossibilitada. Com a lentidão deliberada no processo de aquisição das vacinas, no ano passado, muitas pessoas se viram obrigadas a voltar ao trabalho e ao convívio social sem imunização.

Em maio de 2021, Elpidio de Souza Junior, de 38 anos, filho do aposentado, era uma dessas pessoas. Como precisava manter a si e à família, ele voltou ao trabalho na construção civil e viajou para Capão da Canoa (RS)

“Uma das maiores crises do litoral (do RS) foi em Capão, por causa da flutuação de pessoas. Ficamos amedrontados, porque nós mesmos não podíamos nos expor”, afirma o pai. A flutuação em questão é referente à chegada de turistas à cidade no verão.

Ele conta que, nesse período, o filho começou a ter sintomas e procurou um hospital. No local, foi diagnosticado com gripe. “Nem o teste fizeram. Nós insistimos para que ele fizesse o teste. Três dias depois, ele retornou ao hospital e, claro, o quadro se agravou. Em Capão, o hospital estava lotado. Ele foi transferido para Santo Antônio da Patrulha e, não deu sete dias, ele veio a óbito”

Seu Elpidio responsabiliza a falta da vacina pelo agravamento rápido das condições do filho. 

“Tem uma culpa aí. Eu acredito muito no sistema público. Eu acredito no SUS. Mas acredito na gestão do SUS. Quando tem má gestão, dá nisso. Não precisava ter morrido 650 mil pessoas e eu tenho absolta certeza de que meu filho não seria um desses mortos se ele tivesse tido a vacina.”

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Com a morte do filho, ele e a esposa ficaram com a guarda dos netos. De uma hora pra outra, passaram a ser responsáveis pelo suporte emocional e pela formação dos dois adolescentes.

Em meio ao luto, a família enfrenta também os desafios econômicos gerados pelo cenário de crise, preços altos e aumento do custo de vida. Os dois netos não conseguiram acesso a nenhum tipo de pensão. O aposentado cita o descaso da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O cenário foi agravado pela má gestão. Há um descaso. Essa é a minha dor maior. Esse cidadão está cometendo um crime à pátria. Um crime contra pessoas, seres humanos. Tem locais em que a gente sabe quem está morrendo, é a periferia, é o povo preto, o povo pobre”, lamenta.

Para seguir a vida, o aposentado e a família se firmam na fé, mas também na luta, “Eu sou de axé e se não fossem os nossos Orixás, nós teríamos enlouquecido. Nós nos agarramos na fé e eu, como defensor do SUS, já dizia antes e hoje digo mais ainda, é do luto à luta. Não me resta outra alternativa. A pandemia não vai parar e parece que naturalizaram isso. Mas as mudanças são possíveis e eu já vi isso acontecer”.

“Eu não posso viver o tempo todo na tristeza”

A dona de casa Lindinalva Jesus dos Santos, de 47 anos, perdeu a mãe para a covid-19 ainda na primeira onda da covid, em agosto de 2020. Aos 65 anos, Maria Julia Jesus dos Santos tinha diabetes e precisou ser internada por complicações da doença. No hospital, após a amputação de uma das pernas, ela foi infectada pelo coronavírus e morreu.

Ainda em meio ao luto, em maio do ano passado o marido de Lindinalva, Daniel dos Santos, também foi infectado pelo coronavírus. Os sintomas apareceram no início do mês e se agravaram em menos de duas semanas.

“Um amigo dele ligou um dia bem cedo e sentiu que a voz dele estava bem fraca. Durante a madrugada, eu ouvi ele roncar, e ele não roncava normalmente. No dia seguinte, ele tossiu sangue. Nós fomos para o hospital e foi o último dia que eu vi o meu marido com vida”, recorda.

Daniel dos Santos faleceu cinco dias depois da internação, aos 59 anos. Lindinalva perdeu o companheiro de vida, passou por dificuldades financeiras e, um ano depois, ainda busca recuperar a saúde emocional.

“Não está sendo fácil, fiquei dez meses passando por necessidades. Só não passei por mais dificuldades por que tive bons amigos, que me acolheram. Eu estou em tratamento com uma psicóloga, ainda tenho ansiedade. Ainda hoje me peguei pensando: ‘meu marido, como você faz falta’”, afirma emocionada.

Lindinalva conta que mesmo frente à tragédia dupla, ainda tem parentes negacionistas e teme que a covid-19 possa voltar a crescer em ritmo acelerado no Brasil pela falta de conscientização da população e pela inação do poder público.

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“O governo federal piorou tudo. Meu marido poderia estar vivo hoje. Meu marido não está vivo por causa dele, porque ele negou as vacinas. Minha mãe poderia estar viva, mas naquela época os médicos estavam todos sobrecarregados”, aponta.

Menos de um mês após a morte de Daniel dos Santos, a vacina chegou para a faixa etária dele. 

“Eu espero que o povo lembre disso e eu peço a Deus que esse vírus cesse. Eu não tive como me despedir, eu não tive o direito de me despedir dos meus entes queridos. Eu espero que as pessoas tenham consciência. A covid está aí e continua matando”, conclui. 

“Tem dias que é difícil levantar”

A tragédia da covid-19 também afetou duplamente a vida do consultor de Marketing Levi Oliveira Mortosa, de 30 anos, morador de Goiânia (GO). Em agosto de 2020, perto do dia dos pais, o pai dele, morador de Itumbiara, interior de Goiás, foi infectado pelo coronavírus. Edson Mortosa, de 58 anos, não pode cumprir o isolamento recomendado para se proteger do vírus porque teve que trabalhar.

No terceiro dia de internação, ele foi enviado para a UTI. O quadro continuou se agravando e o paciente precisou ser intubado, mas morreu durante o processo. 

“Em Itumbiara, agosto foi um mês em que os hospitais estavam no máximo do máximo da lotação. As equipes de saúde também foram vítimas da não instrução, do negacionismo e da falta de recursos”, afirma Levi.

A família ainda se recuperava do baque quando, em junho de 2021, a tia mais nova de Levi, Edriane Mortosa, também faleceu por covid-19.

“O caso do meu pai não me revolta tanto. O que nós íamos fazer? Mas a minha tia estava a uma semana da vacinação”. O jovem não contem as lagrimas ao falar da tragédia que abalou a família duas vezes em menos de um ano, “pensar que ela poderia estar vacinada. Já era junho de 2021! Ela tinha apenas 50 anos!” 

Edriene Mortosa foi internada em 31 de maio de 2021. Ela morava com uma irmã mais velha, que já tinha tomado a primeira dose da vacina e teve apenas sintomas leves. Edriene, no entanto, teve uma queda brusca de oxigenação durante a infecção.

Com o alerta identificado por um oxímetro usado em casa, a família decidiu levá-la para o hospital. Em apenas dois dias de internação, ela foi para a UTI.

A situação vivida pelo pai de Levi meses antes, durante o processo de intubação, foi traumática para toda a família. “Nos momentos em que ela fazia ligações para a família, ela chorava muito pedindo para que a tirassem dali, porque ela não queria ser intubada. Foi um sofrimento muito grande, a gente não podia fazer nada. É uma impotência.”

Ainda enlutado, Levi leva em consideração o privilégio que a família teve de conseguir acesso ao tratamento e a hospitalização, “Eu sei que houve famílias que sofreram muito mais. É difícil pensar que estamos vivendo em meio a tanta injustiça, tantas famílias que foram dilaceradas”, diz.

Na dor da perda, a falta de direito a um velório e a rituais de despedida ainda é um peso. “O que eu mais sinto é não poder velá-los, não estar ali com eles. É uma dor não compartilhada. É muito triste você não poder abraçar, não poder receber conforto”.

“Tudo era eu pela minha mãe e minha mãe por mim”

Mesmo com a falta de conforto até hoje, a jornalista e estudante Marise Catharine de Souza Oliveira encontra forças na memória da mãe para seguir a vida e viver o processo de luto.

Mônica Isabel de Souza Oliveira faleceu em abril do ano passado, aos 55 anos. Ela era diretora de uma escola em São Paulo (SP) e não deixou de trabalhar ao longo da pandemia. Mesmo com as aulas acontecendo remotamente, pelo cargo que ocupava, precisou continuar presencialmente. 

Em março do ano passado, instituições de ensino da cidade começaram a abrir as portas para grupos limitados de estudantes. Nesse período, Marise e a mãe foram infectadas.

Relembre: Famílias criam movimento para pressionar Doria contra aulas presenciais na pandemia

“Nós sempre estávamos juntas, eu só tinha a minha mãe. Minha vida sempre foi eu e minha mãe para tudo. Sou umbandista, me apeguei muito à minha religião. Eu pedi muita força para conseguir passar por aquele momento”, conta.

Com o diagnóstico em mãos, as duas resolveram se isolar em casas separadas. Marise lembra que a mãe disse que o período de separação seriam os piores dias da vida dela. “Eu mal imaginava que seria o começo dos piores dias da minha vida”, relata a filha emocionada.

Mônica piorou e teve que ser internada. Dias depois e sem notícias pelo celular, a família descobriu que ela estava na UTI. “Foi a última vez que eu vi a minha mãe bem. Depois, ela recebeu a visita da secretária dela e pediu para ela cuidar de mim, porque não ia aguentar. No dia seguinte, minha mãe já estava intubada”.

O impacto de se ver sozinha de um dia para o outro ainda não foi amenizado. Marise encontra resistência na memória. Quer dar o nome de Mônica a uma praça no bairro paulistano da Penha, onde a família morava, e dar continuidade ao legado dela na educação

“Minha mãe não está aqui em vida. Mas ela está olhando por mim de outra forma. Isso me motivava e me motiva até hoje para continuar. Se não fosse a força que ela me passa, eu não sei se estaria aqui para contar essa história”.

Mônica faleceu em 7 de abril. No dia 12 seguinte, ela estaria apta a receber a primeira dose da vacina contra o coronavírus. Marise responsabiliza o governo pelo acesso demorado ao imunizante.

“Eu digo que não é só o estado nação representado pelo Bolsonaro, Paulo Guedes e os ministros da saúde que passaram aí que são os culpados. Também tem a responsabilização do João Dória (então governador de São Paulo pelo PSDB). Ele podia ter começado a vacinação antes na saúde, na segurança pública e na educação, setores que continuaram trabalhando sem parar. O estado de São Paulo também é responsável”, afirma.

“Estamos pecando em deixar que essa história seja enterrada”

A psicóloga Tâmara do Amaral Neves, de 29 anos, nasceu em São Paulo, mas passou toda a pandemia em Manaus, onde vive. Na capital do Amazonas, ela observou as consequências do descaso do poder público e da falta de medidas de proteção para a população.

No meio de 2020, o avô do marido de Tâmara foi vítima da doença, e diversas pessoas da família foram infectadas. “Nós tivemos todo o atravessamento da pandemia em Manaus. Uma situação grave em que eu sinto que as pessoas foram expostas quase que para testar a imunidade coletiva. Muita gente contraiu a doença e lá foi devastador”, lamenta.

Ela relata que, em alguns momentos, chegou a ver carros funerários passarem na rua com sirenes ligadas, uma das únicas formas de homenagem a mortos que não puderam ser velados.

Por conta desse cenário, a quarentena de Tâmara foi rígida. Por dois anos, ela viu os pais, que continuaram em São Paulo, em apenas duas ocasiões, uma delas na Páscoa de 2021. 

No mesmo período, o pai da psicóloga decidiu voltar ao  trabalho de feirante. Com um ano de quarentena, as economias não foram mais suficientes para manter a família. Os dois chegaram a receber o Auxílio Emergencial, que também não deu conta das despesas.

Enquanto Tâmara visitava os pais, os três foram infectados e tiveram que ser internados. A mãe, Mariana do Amaral, teve um quadro grave da doença e precisou ser intubada. No 14º dia de internação, um dia depois do próprio aniversário de 57 anos, ela faleceu.

“Minha mãe contraiu covid apenas 21 dias antes de poder ser vacinada. Se um e-mail tivesse sido respondido antes, ela teria sido vacinada e teria muito mais chances de estar aqui comigo hoje do que de não estar”.

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Tâmara ainda estava hospitalizada quando a mãe morreu, e teve alta um dia depois. A partir de então, a vida da família mudou radicalmente. “Eu sou filha única, sou casada, meu marido trabalha em Manaus e, portanto, eu moro lá. Meu pai ficou sozinho para trabalhar e ele tem muita dificuldade com a vida que ficou para ele”.

Um ano após a morte da mãe, Tâmara e o pai ainda lidam com exames e procedimentos para investigar o impacto que a infecção causou nos dois. “Meus pais gastaram boa parte da economia de uma vida inteira para se manter em casa. Aquilo que era para segurança da velhice deles, foi gasto para ficar em casa. Meu pai tomou coragem de trabalhar porque tinha gasto todas as economias. Não tinha mais condição de ficar em casa e topou encarar”, relata.

A psicóloga coloca o colapso sanitário na conta do poder público, “não houve uma gestão inteligente. O que teve foi dizer para a população que ia ter imunidade coletiva e era para estar na rua para todo mundo pegar mesmo. Que era só uma gripezinha”.

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Hoje, a percepção de Tâmara é de que o Brasil nem mesmo sabe quantas mortes realmente a covid-19 realmente causou, e vai ter que conviver com os erros cometidos ao longo da pandemia. Ela percebe um movimento coletivo que evita falar sobre o que aconteceu.

“É fundamental que a gente retome a memória dessas perdas, dessas pessoas individualmente e desse momento coletivo, político e social. Era para termos monumentos com os nomes das pessoas que perdemos, era para termos memoriais. Era para ter um museu sobre isso”, sugere.

A psicóloga percebe na pandemia a repetição de massacres não nomeados, que se repetem na história brasileira. “A gente se adapta. Meu pai se adaptou, aprendeu a fazer um monte de coisas, cresceu em muitas direções e está se fazendo uma pessoa melhor a cada dia. Mas sinto que temos muito trabalho pela frente, para nós, na nossa vida e para toda a sociedade”.

A luta pela reparação

Em abril deste ano, a Avico pediu ingresso na Ação Civil Pública em que o Ministério Público Federal responsabiliza a União pela má gestão ao longo da pandemia. Entre as requisições no processo está o pagamento de indenização aos familiares das vítimas e às vítimas sobreviventes da chamada “covid longa”.

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A associação também ajuizou uma queixa-crime contra o presidente Jair Bolsonaro, com base no que classifica “inércia formal e material” do Procurador-Geral da República, Augusto Aras. Em junho do ano passado, a Avico protocolou uma outra representação criminal que nunca foi respondida por Aras.

“Não iremos fazer de conta que as mortes pela covid-19 foram um acaso. Quando na verdade, sabemos que houve uma desvalorização intencional dessas vidas. E usaremos todas as medidas cabíveis para responsabilizar o Estado brasileiro e Jair Bolsonaro pelas mortes da pandemia de covid-19”, enfatiza a presidenta da Associação, Paola Falceta.

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Fundação Caxias lança a Campanha do Agasalho 2024

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Ao todo, mais de quatrocentas caixas estarão disponíveis nos pontos de coleta entre 11 de maio e 22 de junho

Crédito: Intervene Publicicade

Caxias do Sul recebe a edição de 2024 da Campanha do Agasalho a partir do sábado, dia 11 de maio. O anúncio foi realizado hoje, dia 15, pelo presidente da Fundação Caxias, Euclides Sirena, e coordenação da Campanha deste ano, com presença de apoiadores, realizadores, e imprensa local, e trouxe o tema “Faça do inverno a estação da solidariedade, Caxias quer te ver sorrir”. A campanha é promovida pela Fundação Caxias, com o apoio da CIC, CDL, entre outras entidades, e ocorre até o dia 22 de junho. Durante os quarenta e um dias, cerca de quatrocentas caixas estarão disponíveis em diversos pontos da cidade para coleta de agasalhos. A entrega das roupas para as entidades cadastradas ocorre durante o mesmo período.

A abertura ocorre das 8h às 18h, do dia 11 de maio, na Praça Dante Alighieri, em frente à Catedral. Nos demais dias a população pode levar suas doações até os pontos distribuídos pela cidade. Essa iniciativa, promovida pela Fundação Caxias, tem o apoio de dezenas de voluntários, envolvendo ainda o Poder Público Municipal. São mais de cem entidades cadastradas na Fundação que serão beneficiadas com as doações. A campanha busca arrecadar peças em bom estado de conservação de roupas masculinas, femininas e infantis, além de calçados, cobertores e mantas, entre outros.

Com o sucesso e recorde de doações da edição de 2023, na qual a Fundação distribuiu 253.730 peças entre 69 entidades, a meta para este ano é arrecadar o número que tradicionalmente já vem sendo atingido, buscando agilizar ainda mais a entrega das peças para as entidades cadastradas. Segundo José Theodoro, coordenador da campanha, “a Campanha do Agasalho já ultrapassa 22 anos de realização, sendo uma ação que envolve dezenas de voluntários e entidades. O objetivo é amenizar o sofrimento causado pelo frio àquelas pessoas que necessitam”, destaca.

“Convocamos os caxienses mais uma vez para esse gesto de solidariedade. Sabemos que a população sempre dá uma ótima resposta e aguardam pela Campanha do Agasalho para poder doar. Portanto, devemos valorizar e agradecer muito a população que doa, isso é um grande gesto cristão à luz do evangelho, ou seja, ajudar quem precisa, no momento que precisa e naquilo que necessita”, finaliza José Theodoro.

Os pontos de coleta da Campanha do Agasalho 2024 serão divididos por bairros. Os locais que vão receber as caixas estarão disponíveis em breve nas redes sociais, no @FundacaoCaxias.

Sobre a Fundação Caxias

A Fundação Caxias é uma entidade social sem fins lucrativos, fundada em 1969 pela iniciativa privada de Caxias do Sul, e tem como objetivo buscar a participação dos agentes locais no desenvolvimento de atividades que promovam a cidadania, bem como apoiar e articular programas permanentes de capacitação profissional e geração de renda. A Fundação Caxias realiza atividades em busca da inclusão social, com a promoção de ações sociais e acreditando que a solidariedade é uma das maneiras de promover as conquistas necessárias para o bem da comunidade.

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Prefeitura abre todas UBSs no próximo sábado (13/04) para mais um Dia D contra a gripe

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Também estarão disponíveis as vacinas do calendário de rotina para crianças e adolescentes

A Prefeitura de Caxias do Sul abre todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) no próximo sábado (13/04), para mais um Dia D contra a gripe (Influenza). O horário será ainda mais ampliado do que no final de semana anterior: a população poderá se vacinar das 8h às 17h.

Neste momento da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza, o imunizante é destinado aos públicos prioritários, ou seja, aquelas pessoas que têm mais chance de desenvolver quadros graves da doença. Por esse motivo, a recomendação da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) é para que todos que fazem parte do público-alvo tomem a vacina. Até o momento, 21% do público prioritário, estimado em 179,4 mil pessoas, já se imunizou.

“No próximo sábado todas as nossas UBSs estarão abertas para a aplicação da vacina contra a gripe nos públicos prioritários elencados e divulgados. Neste dia também aplicaremos as vacinas do calendário vacinal das crianças, então se você faz parte dos públicos prioritários que podem receber a vacina da gripe, ou se tem alguma criança que tem alguma vacina em atraso, não deixe de procurar alguma das nossas Unidades. A prevenção é sempre o melhor remédio. Por isso não perca essa oportunidade, compareça a uma de nossas Unidades e faça sua vacina”, convoca a secretária municipal da Saúde, Daniele Meneguzzi.

No último sábado (06/04), o primeiro Dia D, realizado por iniciativa única da Prefeitura de Caxias, contabilizou 4 mil pessoas imunizadas contra a gripe e mais 409 doses do calendário de rotina.

Para aqueles que não puderem comparecer no sábado, a vacina contra a gripe segue disponível normalmente, de segunda a sexta-feira, em todas as UBSs. A campanha do Ministério da Saúde é prevista para seguir até 31 de maio.

Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza: de 25 de março a 31 de maio

– Inicialmente para públicos prioritários:

Crianças de 6 meses a menores de 6 anos (até 5 anos, 11 meses e 29 dias);

Povos indígenas a partir dos 6 meses de idade;

Trabalhadores da Saúde;

Gestantes;

Puérperas;

Professores de todos os níveis;

Pessoas de 60 anos de idade ou mais;

Pessoas em situação de rua;

Profissionais das forças de segurança e de salvamento;

Profissionais das Forças Armadas;

Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);

Pessoas com deficiência permanente;

Caminhoneiros;

Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);

Trabalhadores portuários;

Funcionários do sistema de privação de liberdade;

População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

Dia D da Vacinação Contra a Influenza: em todas as UBSs

13 de abril (sábado) das 8h às 17h

– Horários para vacinação de segunda a sexta em todas UBSs:

– UBSs de horário tradicional: 8h às 15h.

– UBSs de horário estendido (Cinquentenário, Cruzeiro, Desvio Rizzo, Eldorado, Esplanada, Reolon, Vila Ipê): 8h às 18h.

– É necessário levar documento com foto e CPF.

Crianças: CPF, caderneta de vacinas e Cartão SUS.

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Prefeitura de Caxias abre inscrições para o curso Superando o Medo de Dirigir

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Workshop ocorrerá no dia 18 de abril, no prédio da SMTTM

A Prefeitura de Caxias do Sul informa que estão abertas as inscrições para o workshop Superando o Medo de Dirigir, que é ministrado por servidores da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM). A atividade, que é gratuita e engloba palestras e debates com agentes de trânsito e com o psicólogo William Fiuza, acontece no dia 18 de abril (quinta-feira), às 19h, no auditório da pasta. Nesta primeira turma de 2024 estão sendo oferecidas 50 vagas.

O objetivo do workshop é incentivar os munícipes a discursarem sobre medos e anseios em relação à trafegabilidade e na condução de veículos dentro da cidade. Também são passadas orientações dos mais variados temas, como cuidados na prevenção a sinistros de trânsito e observância aos itens que compõem a segurança do veículo. A atividade possui carga horária de 3 horas-aula e os participantes que comparecerem ganharão certificados, além de participarem de um coffee-break.

A Escola Pública de Trânsito, responsável pela atividade, ressalta que não é necessário ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou mesmo ter mais de 18 anos, sendo uma oportunidade destinada a toda a comunidade. As inscrições ocorrem apenas pelo e-mail escolatransito@caxias.rs.gov.br, com o envio do nome completo, telefone para contato e número do RG ou do CPF.

A SMTTM está localizada na rua Moreira César, nº 1.666, bairro Pio X. O auditório é no 3º andar e a entrada deve ser realizada através da portaria (portão de saída das viaturas).

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