Conecte-se conosco

Geral

CTB RS comemora recriação da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres: conquista de uma década de luta incansável

Publicado em

em

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Rio Grande do Sul (CTB RS) celebra, ao lado dos movimentos de mulheres e das bancadas progressistas da Assembleia Legislativa, a decisão do governador Eduardo Leite de recriar a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM). A confirmação pelo governo do Estado encerra um hiato de dez anos iniciado com o desmonte da pasta em 2015 e coroa uma mobilização permanente da CTB RS e dos movimentos sociais e populares para que o Estado voltasse a ter uma estrutura dedicada à proteção e à promoção dos direitos das mulheres gaúchas.

Desde que a SPM foi extinta pelo governo José Ivo Sartori, a luta pela sua recriação vem sendo feita através de caravanas, audiências públicas, atos de rua, campanhas digitais. A ofensiva se intensificou após o dramático aumento dos feminicídios — apenas no último feriado de Páscoa, 10 mulheres foram assassinadas no Rio Grande do Sul.

“A recriação da secretaria é fruto direto da luta popular. A CTB RS esteve em cada marcha, em cada debate, em cada audiência cobrando respostas concretas. Hoje celebramos, mas já cobramos: é preciso orçamento robusto e articulação efetiva da rede de atendimento”, afirma Guiomar Vidor, presidente da CTB RS.

A moção apresentada pela deputada Bruna Rodrigues (PCdoB) e abraçada pelas 11 parlamentares estaduais impulsionou a retomada da SPM. Na visão da deputada Stela Farias (PT), coordenadora da Força-Tarefa contra o Feminicídio, a recriação corrige “o período mais sombrio para as políticas públicas de enfrentamento à violência de gênero no Estado”. Já Laura Sito (PT) alerta que, sem recursos, a estrutura não se traduzirá em proteção real para as mulheres.

A Central defenderá, na tramitação do novo organograma do governo e na Lei Orçamentária de 2026, recursos específicos para:
•⁠ ⁠Expansão da rede de abrigos e casas de passagem em todo o RS;
•⁠ ⁠Capacitação continuada de servidores das áreas de segurança, saúde e assistência social;
•⁠ ⁠Monitoramento efetivo de agressores por meio do uso integral das tornozeleiras eletrônicas já disponíveis;
•⁠ ⁠Campanhas permanentes de prevenção ao machismo e à violência de gênero em escolas e locais de trabalho.

Continue lendo
Clique para comentar

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Combustível: governo prevê queda de preço se petróleo mantiver cotação

Publicado em

em

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que “há uma real possibilidade” de queda no preço da gasolina e do diesel nas próximas semanas, caso o valor do petróleo no mercado internacional se mantenha. Ele participou, nesta segunda-feira (7), da reunião de cúpula do Brics, no Rio de Janeiro.

“Nós estávamos muito apreensivos, naturalmente, com essa guerra entre Israel e Irã. A tensão diminuiu. Esperamos que termine”, disse o ministro, em entrevista.

Afirmou, ainda, que o governo tem se mobilizado para evitar cobranças abusivas nos preços dos combustíveis.

“O presidente Lula vem cobrando isso de forma reiterada para que, na bomba de combustível, cheguem as reduções feitas pela Petrobras. E nós estamos trabalhando de forma fiscalizatória. Esse é o papel do governo para que a gente tenha realmente o resultado desse esforço que é feito nas políticas públicas para poder construir justiça tarifária no país”, acrescentou.

Silveira afirmou que o Brics discutiu, nesta cúpula, a questão da sustentabilidade, de forma “muito vigorosa”. “[O Brics] é um fórum internacional fundamental, inclusive para poder articular financiamento para a transição energética através do Banco do Brics”, disse.

O ministro citou ainda que a extração de minerais críticos, dos quais o Brasil e outros países do Brics têm reservas importantes, é fundamental para a transição energética.

Mas, segundo ele, é preciso buscar um equilíbrio entre as atividades econômicas e a legislação.

Continue lendo

Geral

Rendimento médio do trabalho subiu, mas apenas metade dos ocupados diz que houve aumento em 2024

Publicado em

em

Após a crise causada pela pandemia, o Brasil passou por um momento de recuperação da atividade econômica, com reflexos positivos no mercado de trabalho. Entre o 4º trimestre de 2020 e o 4º trimestre de 2024, o número de ocupados aumentou em 16,6 milhões de pessoas. Ao mesmo tempo, a quantidade de desocupados caiu pela metade – de 14,4 milhões para 6,8 milhões. A taxa de desemprego está nos mínimos históricos, o número de empregos formais tem aumentado e a inflação está sob controle. Em 2024, pelo menos 85% das negociações coletivas ficaram acima da inflação, o melhor resultado desde 2018, quando o DIEESE iniciou a análise1. Mesmo com números favoráveis, pesquisas revelam insatisfação generalizada por parte dos trabalhadores, o que os economistas encontram dificuldade para explicar. Este boletim aborda a trajetória dos rendimentos dos trabalhadores nos últimos anos, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PnadC-IBGE). O objetivo é ajudar na discussão sobre os motivos dessa insatisfação, mesmo diante da melhora nas condições econômicas, mostrada pelas estatísticas disponíveis. Usando os dados do último trimestre de cada ano, a análise é dividida em quatro períodos, que seguem os ciclos políticos pelos quais o país passou desde 2012.

Entre 2014 e 2022, o rendimento médio se manteve praticamente estável, tirando da análise 2020 e 2021, anos muito impactados pela crise pandêmica. No entanto, de 2022 até 2024, houve aumento de 7,5% no rendimento médio real dos ocupados, que chegou a R$ 3.270 mensais no 4º trimestre de 2024, maior valor já registrado no país.

Entre 2022 e 2024, o rendimento médio do trabalho aumentou de maneira equânime, em torno de 7,5%, em todas as faixas de renda. Nessa análise, os trabalhadores foram divididos em três grupos, de acordo com a posição de rendimento:

•Os 40% com os menores rendimento

•Os 50% nas faixas intermediárias de rendimento R$ 2.900 R$ 3.060

•Os 10% com os maiores rendimentos

Continue lendo

Geral

Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 5,18%

Publicado em

em

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 5,2% para 5,18% este ano. É a sexta redução seguida na estimativa, publicada no Boletim Focus desta segunda-feira (7), em Brasília. A pesquisa é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2026, a projeção da inflação permaneceu em 4,5%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,8%, respectivamente.

A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Em maio, a inflação oficial fechou em 0,26%. O resultado mostra desaceleração após o IPCA ter marcado 0,43% em abril. O índice – divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – acumula taxas de 2,75% no ano e de 5,32% em 12 meses.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Apesar do recuo recente da inflação, as incertezas em relação à economia fizeram o colegiado elevar os juros em 0,25 ponto percentual na última reunião, no mês passado, sendo o sétimo aumento seguido da Selic em um ciclo de contração na política monetária.Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Continue lendo