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Limpeza de fios em desuso inicia em setembro

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Equipes das secretarias de Obras, Trânsito e Urbanismo de Caxias do Sul atuarão de forma conjunta com funcionários da RGE para a limpeza de fios inoperantes em postes de energia elétrica. A ação experimental está marcada para o dia 16 de setembro, a partir de 8h30, na Rua Os 18 do Forte, no trecho compreendido entre as ruas Alfredo Chaves e Visconde de Pelotas. A decisão foi anunciada, na segunda-feira (15/08), no encerramento de audiência pública realizada na Câmara Municipal por iniciativa da Comissão de Legislação Participativa e Comunitária, presidida pelo vereador Gilfredo De Camillis.

Por mais de duas horas, secretários municipais, vereadores, representantes de empresas e de entidades, além de populares, debateram sobre a fiação pública, um problema recorrente e que vem sendo tratado em diversos encontros. De acordo com a secretária de Governo, Grégora Fortuna dos Passos, que tem representado o Município nas discussões, a partir do resultado da ação haverá uma avaliação dos erros e acertos de forma a definir uma agenda permanente para a continuidade da limpeza dos fios soltos ou emaranhados dos postes. “É um problema que precisa de solução, quer por questões estéticas, quer por segurança”, afirmou.

Em paralelo, a secretária citou a necessidade de intensificar o atendimento das denúncias que chegam da comunidade sobre fios soltos. Também defendeu um trabalho em âmbito federal para mudanças na atual legislação que rege o assunto. “A lei federal tem uma série de aspectos que dificultam a atuação do poder público municipal e da própria RGE, que cede de forma onerosa o uso dos postes às operadoras de serviços de telecomunicações”, citou.

Um dos principais problemas debatidos na audiência é a existência de volume expressivo de material antigo, há anos desativado, mas que segue acoplado aos postes. Por não haver identificação de propriedade, algo permitido na legislação anterior, a retirada destes itens é proibida, até porque alguns ainda atendem clientes. Para o promotor de Justiça, Adrio Gelatti, as operadoras de telefonia detentoras deste material devem ser notificadas para saber se a tecnologia incorporada ainda é usada. Caso esteja em desuso, Gelatti entende ser possível a notificação para que as empresas retirem os equipamentos.

O promotor salientou que, além da segurança e estética, a fiação em desuso desperta na sociedade a chamada teoria da janela quebrada, que teve origem em 1982, nos Estados Unidos. De acordo com a teoria, quando não há o reparo de um equipamento a tendência é de ser abandonado, fazendo com que a população quebre outras janelas e ocupe o espaço. “É da natureza humana cuidar daquilo que é cuidado”, registrou. Gelatti reforçou que é preciso reorganizar o sistema de fiação, mas reconheceu que não será tarefa fácil.

O promotor avaliza como correta ação de notificação de todas as operadoras quanto à necessidade de respeito à altura mínima dos fios em relação ao solo, como determinado em norma técnica de 2012 da Associação Brasileira de Normas Técnicas. A norma, de acordo com o secretário Alfonso Willembring Jr, estabelece altura mínima de 5 metros, considerando que a legislação de trânsito autoriza caminhões com até 4 metros de carga. “Temos situações na cidade em que a altura dos fios é de 3,80 metros. É uma situação preocupante”, apontou o titular da pasta do Trânsito de Caxias do Sul.

O representante da RGE, Rafael Dalla Brida, assinalou que a empresa é parceira das iniciativas voltadas à limpeza da fiação nos postes, lembrando que existe um número expressivo de operadoras que faz o uso sem contrato legal. Informou que, em 2021, a RGE trocou 1,8 mil postes e, para este ano, a projeção é de 2,5 mil. Assegurou que o valor cobrado das operadoras tem como objetivo a modicidade da tarifa. O secretário do Urbanismo, João Uez, estima que 10% dos fios existentes sejam clandestinos. Os legais, como regra, são identificados por placas. Mas sustentou que a Prefeitura não tem autonomia para retirada dos fios, cabendo-lhe notificar a situação à RGE.

Ex-presidente da InternetSul (Associação dos Provedores de Serviços e Informações da Internet), Ivonei Lopes, afirmou que a fiação em postes é um desafio para todos os atores participantes, entendendo que se cada um fizer a sua parte a resposta será positiva. Destacou ser necessário organizar o direito de passagem e a justiça de preços, pois os pequenos provedores pagam valores superiores às grandes operadoras do sistema. Também criticou a concorrência na ocupação dos espaços por parte das maiores empresas, que buscam ter exclusividade de uso.

O empresário do ramo, Fabiano Vergani, destacou movimento nacional que visa à criação de uma gestora de postes e de zeladorias para cada 500 mil unidades. Definiu o tema como sensível e caótico, destacando que no Rio Grande do Sul são mais de 500 empresas de pequeno porte em operação, das quais 165 associadas à InternetSul. “É preciso reconhecer que o problema é nacional, mas Caxias do Sul precisa de uma ação emergencial de limpeza”, sustentou.

Acompanhe a entrevista abaixo do presidente da UAB no programa Cotidiano.

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Teatro do Sesc Caxias do Sul recebe show de Geraldo Espíndola e Marcelo Loureiro Apresentação integra o projeto Sonora Brasil

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O projeto Sonora Brasil traz ao Teatro do Sesc Caxias do Sul (Rua Moreira Cesar, 2462) os músicos Geraldo Espíndola e Marcelo Loureiro, do Mato Grosso do Sul, em uma fusão de influências fronteiriças entre Brasil, Paraguai e Bolívia. A apresentação acontece no dia 31 de agosto, domingo, às 18h. Os ingressos estão à venda na Unidade ou no site www.sesc-rs.com.br/espetaculosculturais, por R$ 10 para usuários da Credencial Sesc, R$ 15 para beneficiários da meia-entrada e R$ 30 para público geral.
O show traz o encontro entre Geraldo Espíndola, com canções que traduzem o modo de ser sul-mato-grossense e refletem o caldeirão cultural de um lugar que faz divisa com cinco estados brasileiros e dois países, e Marcelo Loureiro, um dos principais nomes da música instrumental fronteiriça brasileira, que une modernidade e tradição ao desenvolver um estilo influenciado pelos ritmos paraguaios e argentinos, a harmonia do jazz, a escola do violão flamenco e a genuína música brasileira. Mais informações pelo Sesc Caxias do Sul, pelo WhatsApp (54) 98407-0351.
Com o tema “Encontros, tempos e territórios”, o Sonora Brasil 2025 destaca o olhar, a escuta e a valorização das territorialidades, diversidade e memórias por meio da expressão de seus autores e intérpretes. Neste ano, cinco duplas circularão pelos estados das Regiões Norte e Nordeste e as outras cinco pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ao todo serão realizados 34 festivais, com mais de 200 shows em 59 cidades do país. Os encontros mostram a relação entre tempos históricos e territórios nas criações artísticas e trazem em suas músicas, paisagens de territórios a relação com diferentes movimentos musicais da música popular brasileira nas cinco regiões do país.

Sobre o Sonora Brasil – O Sonora Brasil cumpre a missão de difundir o trabalho de artistas que se dedicam à construção de uma obra não comercial. A formação de plateia é o que se busca por meio do contato do público com a qualidade e a diversidade da música, estimulando o olhar crítico sobre a produção e os mecanismos de difusão da música no País. Promovido pelo Sesc nacionalmente, já alcançou 750 mil pessoas, com 6.098 concertos, de 85 grupos, em mais de 150 cidades brasileiras. Ao todo, 431 músicos já se apresentaram no circuito que, a cada biênio, aborda duas temáticas diferentes e promove a circulação dos artistas por todas as regiões brasileiras.

Sonora Brasil com Geraldo Espíndola e Marcelo Loureiro – Sesc Caxias do Sul

Data: 31/08 (domingo)
Horário: 18h
Local: Teatro do Sesc Caxias do Sul (Rua Moreira Cesar, 2462)
Ingressos: À venda na Unidade ou através do site www.sesc-rs.com.br/espetaculosculturais, por R$ 10 para usuários da Credencial Sesc, R$ 15 para beneficiários da meia-entrada e R$ 30 para público geral.
Mais informações: Pelo WhatsApp (54) 98407-0351.

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RS tem terceiro maior crescimento do turismo no país no primeiro semestre de 2025

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O turismo do Rio Grande do Sul cresceu 9,4% no primeiro semestre de 2025, em comparação ao ano passado. O índice é o terceiro maior do país e confirma a retomada do setor após a enchente de 2024.

O turismo do Rio Grande do Sul dá sinais claros de recuperação depois do impacto devastador da enchente de maio de 2024, que paralisou estradas, afetou hotéis e manteve fechado o Aeroporto Salgado Filho por meses. No primeiro semestre de 2025, os números voltaram a sorrir para o setor: alta de 9,4%, segundo dados do Observatório Estadual do Turismo baseados na Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE.

Destaque no cenário nacional

O resultado coloca o Estado no 3º lugar entre os maiores crescimentos do país, atrás apenas de Rio de Janeiro (14,2%) e Amazonas (11,8%), e garante a liderança no Sul. A métrica é medida pelo Índice de Atividades Turísticas, que avalia fatores como fluxo de visitantes, gastos e ocupação hoteleira.

Para o secretário estadual de Turismo, Ronaldo Santini, a reação não é obra do acaso:
“Esse desempenho é fruto da promoção dos nossos destinos, da qualificação dos serviços e do fortalecimento da infraestrutura. O turismo é um motor fundamental para a economia gaúcha” — afirma.

Recomeço em movimento

A melhora também reflete a retomada da demanda por viagens e eventos, impulsionada por campanhas nacionais e pela ação conjunta entre governo, municípios e empresários do setor. Ainda há muito por reconstruir, mas os primeiros passos mostram que o turismo gaúcho voltou a ocupar lugar de destaque no mapa brasileiro.

Por: Henrique Barbosa

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Refis do Samae renegocia R$ 3,6 milhões em dívida

Prazo segue até 31 de outubro, com descontos que podem chegar a 100% em juros e multas.

O Programa de Recuperação Fiscal – Refis 2025 do Samae mostrou força já nos primeiros meses de funcionamento. Em apenas três meses, foram renegociados R$3,6 milhões em débitos de moradores e empresas de Caxias do Sul. Ao todo, 1.099 acordos foram fechados entre abril e julho, segundo levantamento da Superintendência Comercial da autarquia.

Desse valor, mais de R$280 mil já entraram nos cofres do Samae, sendo R$131 mil pagos à vista.

Dívida ativa segue alta

O programa ainda tem muito chão pela frente. Quando o Refis foi lançado, em maio, havia mais de 6,6 mil consumidores na dívida ativa, somando quase R$19 milhões em dívidas. Com juros e multas, o valor passava de R$36 milhões. Além disso, outros 144 devedores respondiam por dívidas de processos administrativos, que chegavam a R$2,5 milhões atualizados.

Condições de negociação

O Refis 2025 oferece descontos generosos em juros e multas, além da possibilidade de parcelamento longo, de até 120 vezes. Entre as condições estão:

  • À vista: desconto de 100% em juros e multas.
  • Até 12 parcelas: desconto de 85%.
  • De 13 a 24 parcelas: desconto de 70%.
  • De 25 a 48 parcelas: desconto de 50%.
  • De 49 a 60 parcelas: desconto de 20%.
  • De 61 a 120 parcelas: desconto de 10%.

O diretor-presidente do Samae, João Uez, lembra que a negociação só vale para dívidas de anos anteriores, e que os débitos de 2025 ficam de fora. “O programa foi pensado para dar chance de regularizar pendências antigas, com condições acessíveis”, destacou. 

Como participar

Quem quiser aderir ao Refis tem até 31 de outubro para procurar o Samae. A negociação pode ser feita de forma presencial, na Loja Comercial da Rua Pinheiro Machado, 1.631, das 9h às 16h, ou pelo WhatsApp, no número (54) 3220-8600.

Para emergências, o Samae mantém atendimento 24h pelos telefones 115 ou 0800-772-8600. 

Por: Henrique Barbosa

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