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Movimentos populares lançam campanha nacional para frear a crescente violência no campo

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Nos primeiros seis meses de 2022, o número de pessoas assassinadas em conflitos por terra já superou o total de 2020

A violência no campo brasileiro não para de crescer. Só nos últimos dois anos, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), assassinatos cresceram 75% e o trabalho escravo, 113%. Diante deste cenário, 33 organizações e movimentos sociais lançam, nesta terça-feira (2) às 10h, a “Campanha contra a violência no campo: em defesa dos povos do campo, das águas e das florestas”.

O evento, em Brasília (DF) e com transmissão online pelos canais do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), é uma iniciativa das organizações signatárias da campanha. Entre elas, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Teia dos Povos, a Cáritas Brasileira, a Articulação Nacional de Quilombos (ANQ) e o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu.

O levantamento da CPT evidencia que a maioria das 5,5 milhões de pessoas afetadas pelos conflitos em áreas rurais está na região da Amazônia Legal e pertence a comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas e camponesas. “A campanha nasce a partir do grito dessas comunidades”, sintetiza Carlos Lima, historiador e coordenador nacional da CPT.

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A iniciativa tem por objetivo propor ações políticas de proteção das comunidades e das florestas; dialogar e sensibilizar a opinião pública nacional e internacional a respeito da situação; denunciar casos específicos de violações de direitos, assassinatos e ameaças; fortalecer iniciativas já existentes em defesa dos direitos humanos e desenvolver formas de acolher pessoas vítimas de violências.

As 33 organizações também divulgam uma carta compromisso contra a violência no campo, que será disponibilizada para que candidatos que disputem as eleições deste ano possam aderir.

“O Estado brasileiro é protagonista desta violência”

Entre os casos apresentados no lançamento, está o dos Guarani e Kaiowá no Mato Grosso do Sul, no município de Amambai. Desde que um grupo de indígenas ocupou, em junho, uma fazenda localizada em território tradicional – o Tekoha Gwapo’y Mi Tujury – eles já tiveram de enterrar dois dos seus, brutalmente assassinados.

Vitor Fernandes foi morto em uma operação policial, com helicóptero, que feriu outras 15 pessoas, incluindo crianças. O episódio, que aconteceu em 24 de junho, ficou conhecido como o Massacre de Gwapo’y. Três semanas depois, no último dia 14 de julho, Márcio Moura, outro indígena que desempenhava um papel importante na retomada, foi morto em uma emboscada.

Para Carlos Lima, “o Estado brasileiro deixou de ser conivente para ser protagonista desta violência contra os povos e as florestas”.

No ano passado, a CPT contabilizou 35 assassinatos por conflitos no campo, sendo 28 na Amazônia. Já em 2022, até o mês de julho, 22 assassinatos já foram confirmados pelo setor de documentação da CPT. Outros 10 estão sendo checados.

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“A violência existe porque o Estado brasileiro não assumiu a tarefa histórica de resolver a questão agrária do país”, avalia Lima. “E só se resolve realizando uma reforma agrária radical, popular, garantindo aos povos indígenas e às comunidades quilombolas e ribeirinhas os seus territórios”, aponta.

Para o coordenador nacional da CPT, não há outro caminho: “é preciso mudar a estrutura agrária brasileira para que a gente possa, de fato, ter paz no campo”.

Edição: Nicolau Soares

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Comércio varejista pode abrir no feriado de Finados

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Sindilojas Caxias informa sobre jornada, bônus e prazos para emissão de certificado.

Sindilojas Caxias informa que o comércio varejista de Caxias do Sul, Flores da Cunha, Nova Pádua e São Marcos poderá atender os clientes com a presença de funcionários no feriado de Finados, no domingo, dia 2 de novembro. Para atender regularmente, as empresas da categoria, associadas ou não, devem emitir o certificado a partir da quarta-feira, dia 29 de outubro, que pode ser impresso no site da entidade por associados em dia com o setor financeiro.

Pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2025/2027, os funcionários podem cumprir jornada de turno único de, no máximo, seis horas, com prêmio de R$ 161,00 para Caxias do Sul, Flores da Cunha e Nova Pádua e de R$ 147,00 para São Marcos, o valor do bônus pode ser pago ao final da jornada ou na folha de pagamento do respectivo mês. Ficando neste caso, suprimido o direito à folga compensatória. Os comerciários não sindicalizados são beneficiados apenas com folga antecipada, sem pagamento de bônus. 

A emissão do certificado é uma garantia aos estabelecimentos comerciais que evita uma multa de R$ 1 mil a R$ 20 mil, variando de acordo com a gravidade da infração. A empresa autuada tem o prazo de 48 horas para fazer uma defesa escrita.

O Sindilojas Caxias reforça a importância do planejamento para o funcionamento do comércio nos feriados, garantindo o atendimento aos consumidores e o cumprimento das normas trabalhistas. A assessoria jurídica do sindicato está disponível para esclarecimentos pelos telefones (54) 4009.5517 ou (54) 99700.2555 e pelo e-mail juridico@sindilojascaxias.com.br.

Certificado estará disponível a partir de 29 de outubro

Para os associados categoria Comércio Varejista em dia com o setor financeiro, a emissão do certificado é gratuita e pode ser feita pela Central do Associado. Não associados devem fazer a solicitação pelo e-mail contasareceber@sindilojascaxias.com.br, até o dia 31/10 às 12h, com o pagamento do valor de R$ 99,00 por CNPJ. O certificado será enviado por e-mail após o pagamento, sendo necessário estar regularizado em relação à contribuição negocial/assistencial.

Informações podem ser obtidas pelo telefone (54) 4009.5519 com Thais (associado Sindilojas Caxias) e pelo e-mail contasareceber@sindilojascaxias.com.br (categoria).

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Energia com sustentabilidade: Samae inaugura terceira usina fotovoltaica

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Unidade localizada junto ao Centro de Reservação Jardim das Hortênsias foi entregue neste sábado.

O Samae dá mais um passo rumo à economia e à sustentabilidade. A terceira usina fotovoltaica instalada pela autarquia foi inaugurada na manhã deste sábado (25/10), junto ao Centro de Reservação Jardim das Hortênsias.

Composta por 810 placas solares de 550W (watts) cada, a unidade tem capacidade para gerar 570 MWh (megawatt-hora) por ano. O investimento foi de R$ 1.646.582,32. A previsão é economizar R$ 385 mil por ano, o que projeta a recuperação do investimento em menos de cinco anos.

Da energia gerada, 0,5% serão consumidas no próprio Centro de Reservação, que armazena e distribui água do Sistema Marrecas. Os 99,5% excedentes gerarão créditos para abater nas faturas de baixa tensão, como Estações de Bombeamento de Água Tratada e Poços, cujo valor do kWh é maior. A localização privilegiada em termos de exposição solar foi determinante para a escolha do local.

O Prefeito Adiló Didomenico elogiou o Samae pela implementação de uma iniciativa focada no futuro. “Não somos nós que iremos colher os benefícios. Caxias é um dos primeiros municípios a implantar a lei da governança, para que projetos iniciados tenham continuidade além das administrações”, destacou.

O diretor-presidente do Samae, João Uez, lembrou que a autarquia é a maior consumidora de energia elétrica da Serra Gaúcha (como CNPJ único), com despesa de cerca de R$ 2 milhões por mês. “Vamos reduzir esse valor e investir em melhorias para a cidade. Daqui a seis anos, nossa economia com energia será superior a R$ 1 milhão por ano”, enfatizou.

O CEO da Magnani & Cia Ltda, Derli Silveira, agradeceu a oportunidade de atender ao Samae nesse projeto que utilizou 100% de tecnologia nacional. “Como munícipe, fico feliz em ver o dinheiro ser aplicado com inteligência”, afirmou.

A empresa foi responsável pela implantação das três usinas fotovoltaicas do Samae. A primeira entrou em operação em maio na ETA Monte Alegre, em Vila Seca, atendendo ao Sistema Marrecas. A segunda foi inaugurada em outubro na ETA Parque da Imprensa, em Lourdes, onde é tratada a água do Faxinal. O investimento total nas três usinas é de R$ 4,6 milhões.

Para operar todas as unidades do Samae, mensalmente é consumida uma média de R$ 2 milhões em energia elétrica. O custo anual ultrapassa os 7% de toda a receita obtida pela autarquia, representando um dos maiores encargos nos sistemas de abastecimento de água e tratamento do esgoto. Além de econômica, a energia fotovoltaica é limpa e renovável, sinônimo também de menor emissão de poluentes.

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Manutenção no Sistema Faxinal pode afetar abastecimento em mais da metade de Caxias do Sul nesta terça (28)

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O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) vai realizar uma parada programada no Sistema Faxinal nesta terça-feira, dia 28 de outubro, para manutenção.

O abastecimento será interrompido a partir das 4h da manhã, com previsão de retomada até o meio-dia.


Durante esse período, serão desligadas ao mesmo tempo a Estação de Bombeamento de Água Bruta (EBAB), localizada em Ana Rech, e a Estação de Tratamento de Água (ETA) Parque da Imprensa, no bairro Nossa Senhora de Lourdes.


A parada é necessária para a troca da quarta válvula dos conjuntos motobombas (as outras três já foram substituídas) e para instalação de comportas na ETA, garantindo o pleno funcionamento e segurança do sistema.

Impacto e abrangência do sistema
O Sistema Faxinal é responsável por abastecer 54% da cidade, atendendo cerca de 260 mil pessoas. A paralisação temporária pode causar intermitência no fornecimento de água, caso os reservatórios se esvaziem durante o serviço.


Por isso, o Samae orienta que a população consuma água de forma racional até a normalização completa do abastecimento.

Medidas operacionais
Para reduzir os impactos, o Samae adotará diversas manobras de abastecimento. O Hospital Pompéia, por exemplo, será atendido pela ETA Borges de Medeiros (Sistema Dal Bó) durante a manutenção.


Na madrugada de terça-feira, a autarquia fará o reabastecimento total dos principais reservatórios da cidade, entre eles os das zonas Leste, Oeste, Sul, Sudeste, Planalto, Vila Lobos e Galópolis, para garantir o fornecimento mínimo enquanto o sistema estiver desligado.

Atenção especial a Forqueta
Outra medida será o uso de caminhões-pipa, especialmente para atender a região de Forqueta, que fica a cerca de 15 quilômetros da ETA. Outros veículos também poderão ser acionados conforme a necessidade.


Os bairros que poderão ter intermitência no fornecimento de água durante a manutenção são:

Aeroporto, Altos do Santiago, Alvorada, Arcobaleno, Bela Vista, Bom Pastor, Centro (parte), Charqueadas, Cidade Nova, Cinquentenário, Conceição da Linha Feijó, Conquista, Consolação, Cristo Redentor, Cruzeiro, Dambroz, De Zorzi, Desvio Rizzo, Distrito Industrial, Dom Pedro II, Esplanada, Exposição, Floresta, Forqueta, Galópolis, Giuseppe Formolo, Glória, Jardim Alpino, Jardim do Aeroporto, Oriental, Jardim Teresópolis, Kayser, La Paloma, Dambroz, Jardim do Aeroporto, Jardim Planalto, Jardim Oriental, Juventude, Kayser, La Paloma, Madrid, Marechal Floriano, Medianeira, Michelin, Monte Carmelo, Monte Reale, Montes Claros, Morumbi, Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora do Caravaggio, Novo Amanhã, Paiquerê, Panazzolo, Parque das Rosas, Petrópolis, Planalto, Planalto/Rio Branco, Presidente Vargas, Recanto dos Pássaros, Residencial Colina do Lago, Residencial Santa Mônica, Rio Branco, Rubiano, Salgado Filho, Santa Clara, Santa Corona, Santos Dumont, Sanvitto, São Caetano, São Francisco, São Gabriel, São Leopoldo, São Lucas, São Luiz, São Luiz da 6ª Légua, São Pedro, São Pelegrino, São Salvador, São Vicente, São Victor Cohab, Sol Nascente, Tirol, Tisatto, Treviso, União, Vera Cruz, Verona, Vila Assunção, Vila Bortolini, Vila Rosário, Vila Gaúcha, Vila Hípica, Vila Ipiranga, Vila Leon, Vila Lola, Vila Mari, Vila Modena, Vila Pezzi, Vila Pontalti, Vila Romani, Vila Rugeri, Vila Sindical e Vila Verde.

Por: Henrique Barbosa

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