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Na Argentina, Fórum Feminista reúne mulheres da América Latina para definir agenda comum

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O evento ocorre em Buenos Aires como prévia à 15ª Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe

Milhares de mulheres e organizações de toda a região latino-americana se reuniram em Buenos Aires, na Argentina, nesta segunda-feira (7), para discutir a agenda regional no Fórum Feminista. O tradicional encontro de mulheres e diversidades acontece antes da Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe, cuja 15ª edição também ocorre na cidade de Buenos Aires, entre os dias 8 e 11 de novembro.

A conferência é o principal fórum intergovernamental sobre os direitos das mulheres e sobre a igualdade de gênero e é organizada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e a Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres.

O Fórum Feminista promove um encontro de mulheres e diversidades da região com o objetivo de alinhar pautas em um documento comum para ser presentado às autoridade da Conferência, a fim de que as demandas sociais sejam consideradas pelos tomadores de decisões e responsáveis por elaborar políticas públicas.

A reunião contou com representantes e organizações de mulheres trans, afrodescendentes, indígenas, com deficiência e de países de toda a América Latina e o Caribe, como Guatemala, Trinidade e Tobago, Nicarágua, Honduras, Colômbia, Chile, Brasil, México, Peru e República Dominicana, entre outros.

Com o lema “Com os feminismos, os cuidados e a vida no centro”, esta edição levantou como tema transversal aos debates a problemática dos trabalhos de cuidados. Segundo explicaram na convocatória ao fórum, as tarefas de cuidados foram evidenciadas pela pandemia de covid-19.

“Trata-se das atividades que regeneram de maneira diária e geracional o bem-estar físico e emocional das pessoas. Isso inclui as tarefas cotidianas de gestão e sustento da vida, como a manutenção dos espaços, o cuidado dos corpos, a educação e formação das pessoas, a manutenção das relações sociais e o apoio psicológico aos membros da família.”

“Foi necessário chegar uma pandemia para que o mundo visse que o trabalho de cuidados existe”, pontuou a colombiana Yaneth Vargas Sandoval, doutora em ciências sociais e jurídicas, no painel que abriu a jornada. “Estamos há 50 anos nessa luta. Para incluir o trabalho de cuidado em um sistema previsional, é necessário, primeiro, reconhecer o contexto de gênero desta problemática”, acrescentou.

Oficinas com diferentes temáticas dedicaram espaços para discussões sobre meio ambiente, justiça reprodutiva, trabalho remunerado e não remunerado, justiça econômica e violências de gênero.

A brasileira Andrea Romani, integrante da ONG Cepia, esteve presente no Fórum junto a integrantes de outras organizações, como Anis, Redes da Maré e Católicas pelo Direito de Decidir. Juntas, integram a Fòs Feminista, aliança internacional que luta pelos direitos sexuais e reprodutivos. “Esse encontro tem um potencial e um simbolismo muito grande, inclusive por estar ocorrendo em lugar como este. É ressignificar este espaço”, diz a ativista, referindo-se ao lugar onde ocorreu esta edição do Fórum, no Esma, ex-centro de detenção clandestino da ditadura argentina, atualmente um espaço de cultura e memória.

“É uma forma de fortalecer a democracia que está sendo atacada em tantos países da região. É também uma oportunidade muito grande de escuta de aprendizado, de intercâmbio e de fortalecimento de princípios e valores democráticos na região. De fazer avançar uma agenda feminista na região apesar das especificidades de cada país”, afirma Romani. “Temos muitos elementos de convergência e a gente avança regionalmente se a gente tem essas oportunidades de pontes e redes.”

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1º Festival LABmais começa nesta quinta-feira (04/09) em Caxias do Sul

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Evento inédito reúne jovens de 17 estados brasileiros em três dias de programação gratuita voltada à arte, cultura e economia criativa

A partir desta quinta-feira, dia 04 de setembro, Caxias do Sul recebe o 1º Festival LABmais, iniciativa inédita no Brasil realizada pelo Departamento Nacional do Sesc em parceria com o Sistema Fecomércio-RS/Sesc. Até sábado, dia 06, o evento reunirá cerca de 300 jovens de 17 estados brasileiros – participantes do projeto social LABmais Brasil afora – em uma intensa programação gratuita que alia educação, cultura e inserção no mundo do trabalho, que também é aberta ao público em geral. 

Ao longo dos três dias, os presentes poderão participar de 20 oficinas formativas gratuitas, abertas à comunidade e com possibilidade de certificado de participação, além de debates, mostra de audiovisual, feira de empreendedorismo jovem e dezenas de apresentações artísticas em diferentes pontos da cidade. Também estão previstos shows com artistas da nova cena musical brasileira, como a cantora baiana Melly, que se apresenta pela primeira vez no Rio Grande do Sul, e a gaúcha Cristal, considerada uma das principais novas vozes do rap no Brasil.

Entre os destaques do primeiro dia de programação, além da vasta agenda de oficinas culturais, está uma intervenção de graffiti, realizada pelas artistas GOVSNA e Ali, no Tem Gente Teatrando Espaço Cultural (Rua Regente Feijó, 37). As duas criadoras apresentam, a partir das 14h, experimentações visuais que celebram a juventude, a autodescoberta e as múltiplas identidades contemporâneas. Às 20h, o Teatro do Sesc Caxias do Sul (Rua Moreira Cesar, 2462) recebe a Mostra de Curtas LABmais, reunindo produções audiovisuais de jovens de diversas regiões do país. Entre as produções selecionadas estão “Bom dia, Maika!” (RS) – que recentemente venceu dois Troféus Assembleia Legislativa na Mostra Gaúcha de Curtas do 53º Festival de Cinema de Gramado -, “Como você se sente?” (RS), “Deadline” (MG), “IROKO: Caminhos que se (En)cruzam” (MA), “Onde está o tambor?” (RJ), “Sobreviver” (MG) e “Todos os lados da Discol” (RN), obras que apresentam narrativas contemporâneas sobre identidade, ancestralidade, juventude periférica e a relação com novas tecnologias. 

Encerrando a noite, às 22h, no Ponto Coletivo (Rua Andrade Neves, 573), o público poderá assistir à performance “Oderiê Y as Flechas”, da artista não-binária e indígena Oderiê Chayúa, do povo Charrúa, de Salvador. A apresentação mistura música, audiovisual e artesanato em uma proposta contra-colonial que desmistifica estereótipos, reafirma identidades dissidentes e propõe novos horizontes de resistência e potência coletiva.

A sexta-feira será marcada por apresentações e debates que destacam inclusão, saúde mental e artivismo. Às 14h, no Teatro do Sesc Caxias do Sul, a performance “Essas Pessoas”, da companhia Inclusão em Cena!, traz histórias que revelam os desafios enfrentados por pessoas com deficiência em uma sociedade ainda moldada pelo capacitismo, ao mesmo tempo em que celebram sua potência criativa. Com audiodescrição e tradução em Libras, o espetáculo provoca reflexões sobre preconceito, afeto, autonomia e liberdade. Na sequência, às 14h30, o espaço recebe o painel “Conectados e sobrecarregados: a saúde mental das juventudes”, com a participação de jovens artistas e produtores culturais de diferentes estados que discutem estratégias coletivas de cuidado diante da exposição e da pressão constante do mundo digital. No mesmo horário, no Teatro do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) Cidade Nova (Rua Abel Postali, 1767), ocorre o painel “Criar é resistir: artivismo, identidade e sustento”, que reúne experiências de jovens criadores de várias regiões do país, abordando como o fazer artístico pode se tornar prática de resistência, afirmação cultural e geração de renda.

À noite, a programação segue em diferentes espaços da cidade. No Reffugio (Rua Marechal Floriano, 1083), às 22h, a DJ Kinda apresenta um set com pesquisa musical autoral, seguido, às 23h, pelo “Grime de Fato”, encontro dedicado à cena do grime, com Zero de Fato, Kayteee e Reall Doc, com proposta de “open mic”, utilizando o formato de microfone aberto para que outros artistas participem da performance, com inscrições na hora. Já no Ponto Coletivo, também às 22h, o DJ Gabe Amaral comanda a festa “Brasilidades”, trazendo um repertório de grooves dançantes que transitam entre clássicos e nova MPB.

Evento coloca em evidência o protagonismo das juventudes

“O Festival LABmais é um marco importante”, afirma Luciana Stello, gerente de Cultura do Sesc/RS. “Trata-se de um evento inédito que coloca em evidência a produção artística e o protagonismo das juventudes. Reunir mais de 300 jovens de diferentes estados em Caxias do Sul é uma oportunidade de intercâmbio única, que amplia repertórios, fortalece vínculos e estimula a inserção no mercado da economia criativa. Estamos construindo um espaço de encontro, de visibilidade e de valorização das narrativas que emergem das periferias – público prioritário ao projeto LABmais – reafirmando nosso compromisso em investir na diversidade como motor de transformação social”, completa. 

As demais atividades do Festival ocorrerão em diferentes locais da cidade, como as Unidades do Sesc e Senac, Centro de Cultura Ordovás, Parque Getúlio Vargas (Macaquinhos), praças e centros culturais parceiros. A programação completa está disponível em www.sesc-rs.com.br/festivalsesclabmais. O Festival LABmais integra o projeto nacional LABmais, criado pelo Sesc como uma plataforma educativa, artística e cultural voltada a jovens de 15 a 29 anos, especialmente de territórios periféricos e comunidades tradicionais. A iniciativa promove laboratórios de criação, experimentação digital e produção autoral, estabelecendo espaços de formação, socialização e inserção profissional no setor cultural.

1º Festival LABmais – Sesc/RS

Data: De 04/09 (quinta-feira) a 06/09 (sábado)

Mais informações: Pelo telefone (54) 3209-8250

Programação completa das atividades: www.sesc-rs.com.br/festivalsesclabmais

Locais:

Centro de Artes e Esportes Unificados Cidade Nova (CEU) – R. Abel Postali, 1767 – Bairro Cidade Nova

Centro de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho – R. Luiz Antunes, 312 – Bairro Panazzolo

Espaço Cultural Akácio Camargo – Av. Marcopolo, 101 – Bairro Planalto

Fluência Casa Hip-Hop – R. Francisco Barbosa Velho, 132 – Bairro Santa Fé

Parque Getúlio Vargas (Macaquinhos) – Rua Dr. Montaury, s/n – Bairro Exposição

Ponto Coletivo – R. Andrade Neves, 573 – Bairro Exposição 

Praça da Bandeira (Praça Dante Marcucci) – R. Sinimbu – Bairro São Pelegrino 

Praça Dante Alighieri – R. Sinimbu, s/n – Centro

Reffugio – R. Mal. Floriano, 1083 – Bairro São Pelegrino

Senac Caxias do Sul – Av. Júlio de Castilhos, 3638 – Bairro Cinquentenário 

Sesc Caxias do Sul – Rua Moreira César, 2462 – Bairro Pio X

Tem Gente Teatrando Espaço Cultural – R. Reg. Feijó, 37 – Bairro Rio Branco

Vielas Espaço Cultural – R. Vinte de Setembro, 3459 – Bairro Nossa Sra. de Lourdes

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Reajuste do Estacionamento Rotativo entra em vigor em 1º de setembro

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A tarifa mínima passa para R$1,15 na Área Verde e R$2,30 na Área Azul.

A partir da próxima segunda-feira, 1º de setembro, motoristas que utilizam o Estacionamento Rotativo Regulamentado de Veículos (ERR) em Caxias do Sul vão sentir no bolso o reajuste de 3,75% nas tarifas. O serviço, operado pela concessionária Rek Parking, atende atualmente 4.995 vagas, distribuídas em duas áreas tarifadas: 2.363 na Área Azul e 2.632 na Área Verde.

Novos valores para 30 minutos e 2 horas

Na Área Verde, a tarifa mínima de 30 minutos sobe de R$1,10 para R$1,15, enquanto o tempo máximo de duas horas custará R$4,60. Já na Área Azul, a permanência de meia hora passa de R$2,20 para R$2,30, e o limite de duas horas chegará a R$9,20.

Penalidades e pós-utilização

Os valores de tarifa pós-utilização, aplicados em casos de irregularidade no pagamento, também serão reajustados. A cobrança será de R$23 na Área Verde e R$46 na Área Azul, com prazo de até cinco dias úteis para quitar a pendência. Após esse período, o condutor estará sujeito a infração de trânsito, multa de R$195 e perda de cinco pontos na CNH.

Área Branca: 15 minutos gratuitos

Dentro dos espaços tarifados existem ainda as chamadas Áreas Brancas, que oferecem até 15 minutos de estacionamento gratuito. Para utilizá-las, é necessário manter o pisca-alerta ligado durante a permanência.

Destinação dos recursos

Em 2024, o Estacionamento Rotativo já arrecadou mais de R$12,4 milhões. Desse montante, 33% são repassados para a Fundação de Assistência Social (FAS) e para o Fundo Municipal de Transportes (Funtran), contribuindo para investimentos sociais e de mobilidade urbana.

O Fundo Municipal de Transportes (FUNTRAN), instituído pelas Leis nº 5.534/2000 e nº 8.842/2022, tem como finalidade financiar ações, obras e serviços voltados à manutenção e melhoria do transporte coletivo em Caxias do Sul. Entre seus objetivos estão a fiscalização, operação, gerenciamento, engenharia de tráfego, sinalização, orientação aos usuários, além da garantia da modicidade tarifária e outras atividades relacionadas ao transporte público de passageiros no município.

Os relatórios sobre a aplicação dos recursos do FUNTRAN estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência.

O último aumento nas tarifas havia ocorrido em abril de 2023, o que significa que os valores permaneceram inalterados há mais de um ano.

Por: Henrique Barbosa

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Conta de água terá reajuste de 34 centavos por metro cúbico a partir de setembro

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Alteração calculada pela agência reguladora passa a ser sentida pelos consumidores nas faturas de outubro.

A partir de segunda-feira, 1º de setembro, entra em vigor a revisão das tarifas de água e esgoto em Caxias do Sul. O índice de 4,83% foi definido pela Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento do Rio Grande do Sul (Agesan/RS) e corresponde a uma correção de 34 centavos por metro cúbico. Na prática, a mudança será percebida pelos consumidores nas contas pagas em outubro.

Como ficam os valores

Com a atualização, o metro cúbico da água passará de R$7,01 para R$7,35. Já a tarifa mínima, que era de R$35,05, sobe para R$36,75. A última alteração havia sido feita em abril do ano passado, há 16 meses. O cálculo considera a inflação acumulada do período e os custos de insumos utilizados no tratamento e na distribuição da água.

Impacto no saneamento

Segundo o Samae, a revisão evita defasagens e garante a continuidade de investimentos na ampliação da rede de abastecimento e na coleta e tratamento de esgoto. Esses projetos são fundamentais para que o município atinja as metas do Marco Legal do Saneamento antes de 2033: universalizar o abastecimento de água e chegar a 90% de cobertura em esgotamento sanitário.

Caxias do Sul se destaca nacionalmente pela qualidade da água oferecida à população. O Instituto Trata Brasil atribuiu nota máxima, 10, ao município no último ranking. Atualmente, 99% dos moradores recebem água tratada. Já a coleta de esgoto atende a 92,72% do território, com índice de 96,29% dentro da cidade.
Por: Henrique Barbosa

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