Com a alta da inflação a população tem dificuldade para se alimentar. A expectativa dos economistas é que a alta dos preços continue e saia do controle.
A expectativa dos economistas é de que continue em trajetória ascendente a já extremamente alta inflação do governo Bolsonaro. Após mais de um mês sem ser divulgado por conta da greve dos servidores do BC, o boletim Focus mostrou que os analistas agora esperam que a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, atinja 8,89% em 2022 ante uma previsão anterior inferior em um ponto percentual. “A inflação é preocupante e está saindo do controle”
“Nós só não estamos como nos anos 1980 porque, atualmente, o país não tem dívida em dólar, mas estamos quase tão mal quanto na época do (ministro da Fazenda, Dilson) Funaro, e estamos prestes a reviver esta situação contra a qual lutamos tanto desde o Plano Real”, afirmou. Além do país da hiperinflação, na década de 1980 o Brasil ficou marcado por ter decretado uma moratória da dívida externa.
De acordo com o economista, as sucessivas elevações pela autoridade monetária na taxa de juros básica da economia, a Selic, além de não terem efeito sobre a carestia, elevam o custo da dívida pública para o país. “É o pior dos mundos. É uma medida que não resolve o problema da alta de preços, porque estamos vivendo uma inflação pelo lado da oferta e não da demanda. Nesse sentido, o presidente do Banco Central continuará tendo surpresas. O Banco Central continua subindo os juros com todos os efeitos perversos sobre a economia e elevando a despesa com o serviço da dívida. A alta da Selic, além de não resolver o problema da carestia, aumenta o déficit público”, explicou.