Diante do mundo, Lula se comprometeu com preservação da Amazônia, cobrou países ricos e pediu modernização da ONU
Em discurso oficial na COP27, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta quarta-feira (16) uma nova governança global pautada pelo multilateralismo e focada no combate à desigualdade social, à fome e às mudanças climáticas.
A fala presenciada por apoiadores e líderes mundiais era um dos eventos mais aguardados da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP27), realizada em Sharm El Sheikh, no Egito, e foi frequentemente interrompida por aplausos.
A frase que mais tenho ouvido dos líderes de diferentes países é que o mundo sente saudade do Brasil. Quero dizer para vocês que o Brasil está de volta – Lula
Lula usou a palavra “esperança” para resumir qual deverá ser a contribuição do Brasil ao mundo a partir de 2023. “Esperança combinada com ações imediatas e decisivas pelo futuro do planeta e da humanidade”, declarou. A frase foi seguida por um coro de “o Brasil voltou”, puxado pela plateia.
O governo de Jair Bolsonaro (PL) foi classificado pelo petista como “desastroso” no combate à desigualdade social e ao desmatamento. “Voltam a vigorar os valores civilizatórios e o compromisso de respeitar os direitos humanos e de enfrentar as mudanças climáticas”.
O discurso devolve ao Brasil o papel de um dos mais importantes articuladores internacionais no combate às inseguranças alimentar e climática. A postura marca uma guinada em relação ao isolamento geopolítico e negacionismo ambiental que marca o mandato de Jair Bolsonaro (PL).
Veja os principais pontos do discurso
Sem anunciar nomes de futuros ministros, Lula prometeu cobrar que os acordos climáticos já estabelecidos saiam do papel e ressaltou que os países ricos detêm a maior responsabilidade pelo agravamento do aquecimento global.
O petista declarou que o Brasil está aberto à cooperação internacional, mas “sem renunciar jamais à nossa soberania”.
Mais uma vez, o ele negou haver contradição entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental. “É possível promover o desenvolvimento e a inclusão social tendo a natureza como aliada estratégica, e não mais como inimiga a ser abatida a golpe de tratores e motosserras”.
Lotada, plateia puxa coro de “o Brasil de voltou” durante discurso de Lula / Divulgação
Outros compromissos para o mandato
Quando assumir, Lula disse que pretende fomentar a integração dos países sulamericanos abrangidos pela Amazônia, para discutir “pela primeira vez” de forma soberana a promoção do desenvolvimento integrado da região, “com inclusão social e muita responsabilidade climática”.
Outro compromisso foi oferecer o Brasil para sediar a COP30 em 2025, que, se depender de Lula, será realizada em um estado amazônico. “É para que as pessoas que defendem tanto a Amazônia tenham a noção da importância dessa parte do mundo”, justificou.
“Em 2024 Brasil vai presidir o G20. Estejam certos de que a agenda climática será uma das prioridades”, afirmou. “Até porque eu preciso discutir com os países ricos algumas decisões tomadas em outras COPs. Essas decisões não saíram do papel e não foram executadas”.
De improviso, Lula pede modernização da ONU
Ao fazer críticas à ONU, que organiza o evento, Lula abandonou a leitura do discurso e lamentou, de improviso, que “só os vencedores da segunda guerra mundial” participem do conselho de segurança das Nações Unidas. “A ONU precisa avançar”, afirmou.
“Não é possível que a ONU seja dirigida pela mesma lógica geopolítica da segunda guerra. O mundo mudou, os países querem participar mais. Os continentes querem estar representados. O mundo tá precisando de uma governança global, sobretudo na questão climática”.
Reforçou compromissos de campanha
Lula reforçou compromissos de campanha, entre eles a retomada do combate “sem trégua” ao desmatamento e a criação do ministério dos Povos Originários. Ele ressaltou que as populações indígenas e tradicionais da Amazônia devem ser protagonistas da estratégia de preservação do bioma.
“Vamos recriar e fortalecer todas as organizações de fiscalização e o sistema de monitoramento que foram desmontados nos últimos 4 anos. Vamos punir com todo o rigor os responsáveis por qualquer atividade ilegal, seja garimpo, mineração, extração de madeira ou ocupação agropecuária indevida”, declarou o ex-metalúrgico.
Prefeito agradece à articulação de deputada Denise, à SAC e aos técnicos da Seplan pela conquista.
“Caxias hoje pode comemorar uma grande conquista”, com essa frase o Prefeito Adiló Didomenico resume a satisfação ao receber, perto do meio-dia desta terça-feira (06/05), a informação repassada pela deputada federal Denise Pessôa, da oficialização da inclusão do Aeroporto da Serra Gaúcha no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal.
Segundo Adiló, a deputada, que tem sido grande parceira e articuladora de todo esse processo em Brasília, mandou a cópia da publicação do Diário Oficial. “Para aqueles que eventualmente tinham alguma dúvida, esse sonho dos caxienses e da Serra Gaúcha passa a se tornar realidade, tendo o recurso garantido por parte do Governo Federal. O projeto está pronto e em breve estaremos encaminhando para licitação, visto que todo processo vinha desde o início sendo acompanhado pela Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) a quem também agradecemos a parceria muito estreita. Agradeço também neste momento a todos os nossos técnicos aqui da Secretaria do Planejamento e Parcerias Estratégicas (Seplan). Com o passar dos anos vamos ver a importância dessa obra para Caxias e o Rio Grande do Sul”, destacou.
Próximas etapas:
Paralelo à busca pelos recursos (são R$ 270 milhões – R$ 100 milhões para a construção do terminal de passageiros e R$ 170 milhões para a pista e parte externa), a Prefeitura trabalha na versão final dos projetos de engenharia, que está sendo encaminhada pela Seplan para validação da SAC. “Já iniciamos os uploads no sistema desses arquivos que são muito pesados e complexos, mas acreditamos que até o final desta semana a SAC já pode se apropriar e iniciar a análise. Outra questão são os programas ambientais, precisamos refazer todo conjunto de projetos e na próxima semana já faremos os uploads para que também sejam avaliados pela SAC. Depois disso, a ideia é marcarmos uma agenda na SAC fazer uma discussão, avaliação conjunta, na linha que trabalhamos. É um projeto básico que, após homologado, nos permite fazer licitações que englobarão o projeto executivo, a implentação e gestão dos programas ambientais e de todo ciclo de execução do aeroporto. E ainda outra etapa é sobre a contratação do estudo de arqueologia, cujo contrato deve ser publicado nos próximos dias”, informa Marcus Vinicius Caberlon, titular da Seplan.
A Comissão de Negociação do Executivo esteve reunida nesta quarta (23/4) com representantes do Sindiserv para apresentar uma nova proposta referente à reivindicação salarial dos servidores.
Já havia sido proposto e aprovado pelos servidores a equiparação do vale-refeição (VR) ao dos servidores da Câmara, que tem o valor de R$ 949,52 e valor líquido de R$ 854,57. O reajuste no VR atinge todos os servidores ativos. Hoje, o VR dos servidores da Prefeitura é R$ 854,70 bruto e R$ 769,23 líquido. Ou seja, com a equiparação, haverá o ganho bruto de R$ 94,82 e líquido de R$ 85,34.
Além disso, o Executivo ofereceu a antecipação de 1% da reposição da inflação a partir de junho.
O Sindiserv levará a proposta para avaliação. No final da tarde desta quarta-feira, a categoria esteve reunida no Largo da Prefeitura. Entre outras solicitações da categoria, estão o reajuste salarial de 5,5% e o encaminhamento do projeto e aprovação de uma nova lei municipal que acabe com as distorções salariais criadas pela Lei 409. Os trabalhadores também pedem o fim das terceirizações e das gestões compartilhadas no serviço público.
A exoneração do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta quarta-feira (23). A portaria é assinada pela ministra substituta da Casa Civil, Miriam Belchior.
Stefanutto é um dos investigados na operação que a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram na manhã de hoje para apurar suspeitas de um esquema de descontos não autorizados nos benefícios de aposentados e pensionistas. A demissão foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Procurador federal, Stefanutto ficou à frente da Procuradoria-Federal Especializada junto ao INSS de 2011 a 2017. Em 11 de julho de 2023, assumiu a presidência da autarquia por indicação do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que defendeu hoje o direito de todos os investigados à presunção de inocência.
A Operação Sem Desconto investiga um suposto esquema nacional de descontos de mensalidades associativas não autorizadas. Estima-se que cerca de R$ 6,3 bilhões foram descontados de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.