Programação ocorrerá na última semana de outubro e integrará calendário de eventos da cidade
Caxias do Sul se une ao conjunto de mais de 120 cidades do Brasil que, anualmente, promovem a Semana Lixo Zero com o propósito de discutir e conscientizar a população sobre produção e destino dos resíduos sólidos. Para dar forma à ação, o prefeito Adiló Didomenico sancionou, nesta terça (17/05), a lei instituindo a realização do evento na última semana de outubro por meio de programação incluindo palestras, fóruns, seminários, audiências públicas e ações coletivas de práticas de limpeza em espaços públicos.
O projeto, agora transformado em lei, é de autoria do vereador Rafael Bueno, que acompanhou a sanção, assim como Victória Mello e Joana Pescador, embaixadoras na cidade do Instituto Lixo Zero Brasil, idealizador do movimento nacional. A ação envolve empresas, entidades, organizações públicas e a população em geral para propor soluções de redução, reutilização, reciclagem, compostagem e não geração de resíduos sólidos, além de incentivar o consumo consciente.
A atividade já foi realizada na cidade em 2020, reunindo 15 voluntários em 97 ações com impacto em mais de 60 mil pessoas. “A iniciativa nos ajudará muito na sensibilização da comunidade sobre a necessidade da destinação correta do lixo. Estamos passando por momento delicado, em que um grupo minoritário de cidadãos está agindo de forma preocupante, misturando lixo, retirando dos contêineres e jogando no chão, além de depositar materiais de construção e mobiliário no entorno e no interior dos equipamentos”, assinalou o prefeito.
No entendimento do chefe do Executivo, torna-se necessário um trabalho de conscientização para que a população denuncie quem está agindo desta forma. Citou ações da Companhia de Desenvolvimento de Caxias (Codeca) para amenizar os impactos deste comportamento, como a adoção de equipe trabalhando de zero às 6h, e o monitoramento dos locais mais críticos. Adiló também reconheceu dificuldades da Codeca em atender todas as demandas, elencando os problemas de frota antiga, a não ampliação da estrutura de contêineres e a falta de caminhões para a coleta seletiva, que será superada com um contrato emergencial de locação.
Outro movimento é o de reestruturação da área de Educação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente (Semma), que durante três anos, de 2017 a 2019, não atuou, contribuindo para uma regressão na separação do lixo por parte da população. O objetivo é aumentar o atual número de monitores, de apenas dois, para algo próximo ao que se tinha em 2016, de quase duas dezenas.
A vice-prefeita Paula Ioris lembrou que a Semma está encaminhando a contratação do Senai para auxiliar na elaboração do Plano Municipal de Resíduos Sólidos e a pesquisa em andamento junto à Universidade de Caxias do Sul para apontar o destino adequado para o lixo. Também participaram do ato de assinatura o secretário João Osório e o diretor Henrique Koch, da Semma; a secretária de Governo, Grégora Fortuna dos Passos; e a diretora-presidente da Codeca, Maria de Lourdes Fagherazzi.