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CADÊ O EMPREGO?

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De revogação da reforma a privatizações: as propostas dos presidenciáveis para o trabalhador

Brasil de Fato procurou pré-candidatos à Presidência para saber como eles pretendem gerar emprego e renda

O 1º de Maio deste ano acontece num cenário de crise: cerca de 11% dos trabalhadores brasileiros estão desocupados, o ganho de quem trabalha é menor do que o de dez anos atrás e a inflação, a maior em 27 anos.

Pré-candidatos a presidente dizem que têm a solução para esses problemas. Mas, afinal, quais as propostas de cada um deles para gerar emprego e renda?

Lula

O ex-presidente e pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2022, tem dito que pretende rever a reforma trabalhista de 2017. Idealizada pelo governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), a reforma flexibilizou os contratos de trabalho com a promessa de gerar 6 milhões de empregos. Desde que ela entrou em vigor, no entanto, o desemprego não caiu.

:: PT troca “revisão” por “revogação” da reforma trabalhista em proposta para campanha de Lula ::

Segundo a equipe da pré-campanha, Lula também pretende aumentar investimentos públicos para aquecer a economia e gerar emprego. O petista, aliás, já criticou a lei do teto de gastos, que limitou o crescimento dos gastos de governo.

Bolsonaro

O atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que pretende concorrer à reeleição, também já disse ser favorável a uma mudança no teto de gastos. Por outro lado, o governo defende a reforma trabalhista e já propôs inclusive novas flexibilizações de contratos de trabalho, argumentando que a redução de obrigações tende a fazer empresários contratarem mais.

:: Reforma vira tema eleitoral após reduzir salários e empregos ::

Bolsonaro também tem dito que a privatização de empresas públicas e a concessão de aeroportos, portos e estradas à iniciativa privada pode aumentar os investimentos no país, gerando empregos.

Ele aparece atualmente como segundo colocado nas principais pesquisas eleitorais.

Ciro

Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, Ciro Gomes (PDT) já disse que pretende revogar a reforma trabalhista de 2017 e a lei do teto de gastos. Ele também pretende rever desonerações fiscais e taxar fortunas para criar um plano de investimento para que o governo aporte R$ 3 trilhões na economia em dez anos.

Com esse dinheiro, Ciro promete criar uma frente de trabalho e iniciar um conjunto de obras públicas, gerando 2 milhões de empregos em dois anos.

:: Reforma trabalhista reduz arrecadação de sindicatos ::

Doria

João Doria (PSDB) é o quarto pré-candidato em pesquisas eleitorais. Ele declarou ao Brasil de Fato que deve focar seus esforços na qualificação da mão de obra, caso seja eleito, para aumentar a produtividade dos trabalhadores. “A baixa remuneração e a elevada informalidade são também subprodutos desse grave problema de reduzida produtividade do trabalho”, pontuou.

O pré-candidato defende mudanças no Ensino Médio e Ensino Superior para preparar estudantes para o mercado de trabalho. Declarou também que é necessário dar atenção “à proteção dos chamados ‘uberizados’”.

:: Revisão de reforma trabalhista é apoiada por 58% dos brasileiros ::

Tebet

A senadora Simone Tebet é a pré-candidata do MDB à Presidência. Ao Brasil de Fato, ela defendeu o programa de concessões de Temer, seu colega de partido, e disse que ele pode gerar empregos. “Pretendemos aprofundar o programa de concessões lançado no governo Temer e que vem rendendo frutos até hoje”, disse.

Tebet afirmou que a geração de empregos depende de um melhor ambiente econômico no país, que por sua vez viria a partir de uma política “menos beligerante e mais comprometida com os reais interesses do país”. “Será fundamental recuperar o diálogo entre governo, trabalhadores e empresários”, afirmou.

:: Artigo | O fracasso da Reforma Trabalhista ::

Sofia Manzano

A economista e pré-candidata à Presidência Sofia Manzano (PCB) apresentou sete propostas para geração de emprego e melhoria da qualidade de vida do trabalhador ao Brasil de Fato. Entre elas está a revogação da reforma trabalhista, a redução da jornada de trabalho sem redução de salários e o aumento do salário mínimo para mais de R$ 6 mil.

Manzano também defende a ampliação dos serviços públicos e a realização de concursos para contratação de servidores. A pré-candidata prometeu reforma agrária e reestatização de empresas privatizadas nos últimos governos “com objetivo estratégico de estabelecer programa de emprego para jovens”.

::Desemprego e juros endividam quase metade dos trabalhadores::

Vera Lúcia

A pré-candidata Vera Lúcia (PSTU) também enviou sete propostas ao Brasil de Fato. Ela pretende dobrar o salário mínimo em três anos e reduzir a jornada de trabalho mantendo salários. Também defendeu a revogação da reforma trabalhista e o fim de toda política de precarização do trabalho.

Vera também pretende expropriar 315 bilionários brasileiros e não pagar a dívida pública. Usando os recursos, quer criar “um plano de obras públicas para construir 6 milhões de casas e saneamento básico”.

:: Foco do 1º de Maio, ‘reforma’ trabalhista fez crescer trabalho informal ::

André Janones

O deputado federal André Janones é pré-candidato a presidente pelo Avante. Janones tem dito que seu eventual governo terá como objetivo central a redução da desigualdade.

Para Janones, com uma reforma tributária e redução da taxa de juros, o governo tiraria dinheiro de ricos e o destinaria a pobres. Isso geraria consumo e empregos.

Felipe D’Ávila

O cientista político Felipe d’Avila, pré-candidato pelo Novo, defende a abertura da economia brasileira a investimentos privados e estrangeiros, com o objetivo de reduzir o desemprego. D’Avila é favorável a concessões de bens públicos à iniciativa privada.

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Teatro do Sesc Caxias do Sul recebe show de Geraldo Espíndola e Marcelo Loureiro Apresentação integra o projeto Sonora Brasil

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O projeto Sonora Brasil traz ao Teatro do Sesc Caxias do Sul (Rua Moreira Cesar, 2462) os músicos Geraldo Espíndola e Marcelo Loureiro, do Mato Grosso do Sul, em uma fusão de influências fronteiriças entre Brasil, Paraguai e Bolívia. A apresentação acontece no dia 31 de agosto, domingo, às 18h. Os ingressos estão à venda na Unidade ou no site www.sesc-rs.com.br/espetaculosculturais, por R$ 10 para usuários da Credencial Sesc, R$ 15 para beneficiários da meia-entrada e R$ 30 para público geral.
O show traz o encontro entre Geraldo Espíndola, com canções que traduzem o modo de ser sul-mato-grossense e refletem o caldeirão cultural de um lugar que faz divisa com cinco estados brasileiros e dois países, e Marcelo Loureiro, um dos principais nomes da música instrumental fronteiriça brasileira, que une modernidade e tradição ao desenvolver um estilo influenciado pelos ritmos paraguaios e argentinos, a harmonia do jazz, a escola do violão flamenco e a genuína música brasileira. Mais informações pelo Sesc Caxias do Sul, pelo WhatsApp (54) 98407-0351.
Com o tema “Encontros, tempos e territórios”, o Sonora Brasil 2025 destaca o olhar, a escuta e a valorização das territorialidades, diversidade e memórias por meio da expressão de seus autores e intérpretes. Neste ano, cinco duplas circularão pelos estados das Regiões Norte e Nordeste e as outras cinco pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ao todo serão realizados 34 festivais, com mais de 200 shows em 59 cidades do país. Os encontros mostram a relação entre tempos históricos e territórios nas criações artísticas e trazem em suas músicas, paisagens de territórios a relação com diferentes movimentos musicais da música popular brasileira nas cinco regiões do país.

Sobre o Sonora Brasil – O Sonora Brasil cumpre a missão de difundir o trabalho de artistas que se dedicam à construção de uma obra não comercial. A formação de plateia é o que se busca por meio do contato do público com a qualidade e a diversidade da música, estimulando o olhar crítico sobre a produção e os mecanismos de difusão da música no País. Promovido pelo Sesc nacionalmente, já alcançou 750 mil pessoas, com 6.098 concertos, de 85 grupos, em mais de 150 cidades brasileiras. Ao todo, 431 músicos já se apresentaram no circuito que, a cada biênio, aborda duas temáticas diferentes e promove a circulação dos artistas por todas as regiões brasileiras.

Sonora Brasil com Geraldo Espíndola e Marcelo Loureiro – Sesc Caxias do Sul

Data: 31/08 (domingo)
Horário: 18h
Local: Teatro do Sesc Caxias do Sul (Rua Moreira Cesar, 2462)
Ingressos: À venda na Unidade ou através do site www.sesc-rs.com.br/espetaculosculturais, por R$ 10 para usuários da Credencial Sesc, R$ 15 para beneficiários da meia-entrada e R$ 30 para público geral.
Mais informações: Pelo WhatsApp (54) 98407-0351.

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RS tem terceiro maior crescimento do turismo no país no primeiro semestre de 2025

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O turismo do Rio Grande do Sul cresceu 9,4% no primeiro semestre de 2025, em comparação ao ano passado. O índice é o terceiro maior do país e confirma a retomada do setor após a enchente de 2024.

O turismo do Rio Grande do Sul dá sinais claros de recuperação depois do impacto devastador da enchente de maio de 2024, que paralisou estradas, afetou hotéis e manteve fechado o Aeroporto Salgado Filho por meses. No primeiro semestre de 2025, os números voltaram a sorrir para o setor: alta de 9,4%, segundo dados do Observatório Estadual do Turismo baseados na Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE.

Destaque no cenário nacional

O resultado coloca o Estado no 3º lugar entre os maiores crescimentos do país, atrás apenas de Rio de Janeiro (14,2%) e Amazonas (11,8%), e garante a liderança no Sul. A métrica é medida pelo Índice de Atividades Turísticas, que avalia fatores como fluxo de visitantes, gastos e ocupação hoteleira.

Para o secretário estadual de Turismo, Ronaldo Santini, a reação não é obra do acaso:
“Esse desempenho é fruto da promoção dos nossos destinos, da qualificação dos serviços e do fortalecimento da infraestrutura. O turismo é um motor fundamental para a economia gaúcha” — afirma.

Recomeço em movimento

A melhora também reflete a retomada da demanda por viagens e eventos, impulsionada por campanhas nacionais e pela ação conjunta entre governo, municípios e empresários do setor. Ainda há muito por reconstruir, mas os primeiros passos mostram que o turismo gaúcho voltou a ocupar lugar de destaque no mapa brasileiro.

Por: Henrique Barbosa

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Refis do Samae renegocia R$ 3,6 milhões em dívida

Prazo segue até 31 de outubro, com descontos que podem chegar a 100% em juros e multas.

O Programa de Recuperação Fiscal – Refis 2025 do Samae mostrou força já nos primeiros meses de funcionamento. Em apenas três meses, foram renegociados R$3,6 milhões em débitos de moradores e empresas de Caxias do Sul. Ao todo, 1.099 acordos foram fechados entre abril e julho, segundo levantamento da Superintendência Comercial da autarquia.

Desse valor, mais de R$280 mil já entraram nos cofres do Samae, sendo R$131 mil pagos à vista.

Dívida ativa segue alta

O programa ainda tem muito chão pela frente. Quando o Refis foi lançado, em maio, havia mais de 6,6 mil consumidores na dívida ativa, somando quase R$19 milhões em dívidas. Com juros e multas, o valor passava de R$36 milhões. Além disso, outros 144 devedores respondiam por dívidas de processos administrativos, que chegavam a R$2,5 milhões atualizados.

Condições de negociação

O Refis 2025 oferece descontos generosos em juros e multas, além da possibilidade de parcelamento longo, de até 120 vezes. Entre as condições estão:

  • À vista: desconto de 100% em juros e multas.
  • Até 12 parcelas: desconto de 85%.
  • De 13 a 24 parcelas: desconto de 70%.
  • De 25 a 48 parcelas: desconto de 50%.
  • De 49 a 60 parcelas: desconto de 20%.
  • De 61 a 120 parcelas: desconto de 10%.

O diretor-presidente do Samae, João Uez, lembra que a negociação só vale para dívidas de anos anteriores, e que os débitos de 2025 ficam de fora. “O programa foi pensado para dar chance de regularizar pendências antigas, com condições acessíveis”, destacou. 

Como participar

Quem quiser aderir ao Refis tem até 31 de outubro para procurar o Samae. A negociação pode ser feita de forma presencial, na Loja Comercial da Rua Pinheiro Machado, 1.631, das 9h às 16h, ou pelo WhatsApp, no número (54) 3220-8600.

Para emergências, o Samae mantém atendimento 24h pelos telefones 115 ou 0800-772-8600. 

Por: Henrique Barbosa

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