Programa do governo do Estado lançado nesta quinta-feira (25/09), tem como principal objetivo reduzir cerca de 70% das filas de pacientes que aguardam por cirurgias e consultas eletivas.

Publicada dia25/09/2025 às 17:19CompartilharTweetar

Caxias do Sul será contemplada com recursos do SUS Gaúcho, destinados aos hospitais com Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de alta complexidade e às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), com foco nos atendimentos de urgência e emergência. O anúncio, feito pelo governador Eduardo Leite e pela secretária de Saúde, Arita Bergmann, nesta quinta-feira (25) durante o lançamento do programa, no Palácio Piratini em Porto Alegre.

“O grande objetivo é reduzir o tempo de espera dos pacientes na rede de urgência e emergência, assim como o programa, ele tem um objetivo de redução de filas nas especialidades, implementando recursos para a oferta de cuidados integrados. O que irá diminuir as filas de espera das especialidades médicas, principalmente naquelas que têm maior espera. Essas serão privilegiadas nesse primeiro momento. Nós temos uma perspectiva de receber recursos para as UPAs, assim como incentivos para a equipe de atenção domiciliar. De uma forma geral, ainda precisamos ter acesso à portaria, onde veremos os critérios conforme o aporte e as características de atendimento dos serviços. Então, nada mais é do que um investimento que acompanha a tabela de remuneração dos serviços prestados ao SUS”, destaca o secretário da Saúde de Caxias do Sul, Geraldo da Rocha Freitas Junior.

O Rio Grande do Sul terá reforço no programa Assistir, que promove incentivos hospitalares, no atendimento de urgência e emergência à população, o transporte de pacientes, os serviços de saúde mental e de reabilitação física, entre outras áreas.

Sobre o programa SUS Gaúcho

O programa foi instituído por meio de um acordo entre governo do Estado e o Ministério Público, para garantir a aplicação de 12% do orçamento gaúcho na saúde. A negociação prevê incrementos anuais progressivos até 2030, quando o Estado vai atingir o percentual mínimo exigido pela Constituição Federal, de 12%.

Ainda entre 2025/2026, o programa prevê o repasse de R$ 1,025 bilhão. Até o final do ano, serão destinados mais R$ 267,7 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul, além dos valores já definidos no orçamento, visando, reduzir em 70% as maiores filas de pacientes que aguardam por cirurgias e consultas eletivas.

Mulheres entre 14 e 44 anos, gestantes e crianças de até sete anos incompletos, fazem parte do público alvo, que deverá comparecer às unidades até 30/12.

Atualizada dia25/09/2025 às 15:00CompartilharTweetar

Os beneficiários do programa Bolsa Família, crianças de zero a sete anos incompletos, gestantes e mulheres de 14 a 44 anos, deverão procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para realizar o acompanhamento de saúde, que precisa ser feito semestralmente. Esse público alvo precisa ser acompanhado pelas equipes de saúde até 30 de dezembro. A etapa é importante para os cuidados com a saúde e essencial para acompanhamento das famílias beneficiadas pelo programa. Os dados coletados são encaminhados ao Ministério da Saúde, e o não cumprimento das condições, pode acarretar em bloqueio, suspensão ou cancelamento do benefício.

Cássia Oliveira, nutricionista responsável técnica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), relata que atualmente, 11.051 famílias são beneficiárias do Bolsa Família, somente em Caxias do Sul. “Fazem parte do acompanhamento obrigatório em saúde crianças menores de sete anos, com a vacinação em dia e a avaliação antropométrica (peso e altura), mulheres dentro da faixa etária estipulada e gestantes, que precisam estar com o pré-natal em dia. O acompanhamento em saúde, além de ser obrigatório para garantir o benefício, é de extrema importância para a promoção da saúde e do bem-estar da família, especialmente de crianças e gestantes”, ressalta.

Cadastros Bolsa Família no Município

Na primeira vigência de 2025, período de 02/01 a 30/06, o Município registrou 24.371 beneficiários que tinham perfil para acompanhamento das condicionalidades de saúde. Dentre estes, 20.071 foram acompanhados, o que corresponde a uma cobertura de 82,4% na saúde. Em nível nacional a adesão aos acompanhamentos foi de 81,4%.

Os beneficiários do programa Bolsa Família que ainda não compareceram à Fundação de Assistência Social (FAS) para atualizar seu cadastro, devem procurar a instituição ou o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), a cada dois anos para a renovação de cadastro ou quando quando houver situação de mudança de endereço.

Onde atualizar

CadÚnico: Rua Os Dezoito do Forte, 1222, bairro Nossa Senhora de Lourdes.

Novo serviço com 20 vagas e abertura de um CREAS marcam resposta à crescente demanda.

A Fundação de Assistência Social (FAS) divulgou nesta segunda-feira (22) um crescimento no número de acolhimentos de crianças e adolescentes em Caxias do Sul em 2025. Os dados foram apresentados pelo presidente Mauro Trojan e pela diretora de Proteção Social Especial de Alta Complexidade, Franciele Roso, a representantes do Juizado da Infância e da Juventude, Ministério Público, Defensoria Pública e Conselhos Tutelares.

A média mensal deste ano chegou a 201 acolhimentos, superando os 172 de 2024. O recorde foi em maio, com 30 novos casos, somando 225 acolhidos.

Segundo a FAS, a principal causa é a negligência familiar, presente em 48% das ocorrências. Em seguida aparecem abandono (26%), uso de drogas pelos pais (14%) e situações de abuso sexual ou outros riscos sociais (10%).

Medidas emergenciais

Para atender à demanda, a FAS já realocou profissionais e nomeou novos educadores sociais e assistentes sociais. Também anunciou a criação de 20 novas vagas em um serviço de acolhimento institucional, previsto para outubro, com investimento superior a R$2 milhões.

Outra medida é a abertura de um novo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), que deve começar a funcionar até o final do ano, com custo anual de R$1,6 milhão. O espaço contará com seis técnicos, quatro deles já em treinamento.

União de esforços

Para Franciele Roso, a construção de alternativas depende da integração com diferentes órgãos de proteção:

“Analisar os indicadores, unindo esforços, é o caminho para fomentar ideias inovadoras e que atendam de fato às necessidades das famílias, evitando o acolhimento institucional, que deve ser sempre a última opção”, afirma.

Trojan reforça que o Plano Municipal de Acolhimento Institucional e Familiar está sendo atualizado para criar protocolos emergenciais e fortalecer o trabalho social com as famílias.

Por: Henrique Barbosa