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Escolha dos novos Conselheiros Tutelares mobiliza quase 11 mil eleitores em Caxias do Sul

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Apuração do pleito foi concluída pouco antes das 20h de domingo (1º) com a definição dos 10 candidatos mais votados

Foto: Nelson Júnior – ASCOM/TSE

Mesmo diante da possibilidade de ficar longe das votação sem qualquer penalidade pela ausência, ao contrário do que acontece nos processos eleitorais executivo e legislativo do país, por exemplo, quase 11 mil eleitores habilitados em Caxias do Sul dedilharam os números de seus candidatos nas urnas eletrônicas instaladas em três escolas da área central da cidade, ao longo de todo o domingo (1º). E com isso, participaram ativamente – a começar pela decisão de fazê-lo – da escolha dos 10 novos Conselheiros Tutelares do Município. A apuração (confira abaixo a lista dos eleitos) foi concluída por volta das 20h.

O prefeito Adiló Didomenico e a vice-prefeita Paula Ioris participaram do pleito ainda pela manhã, nos colégios La Salle Carmo e São José, respectivamente. A outra instituição com ponto de votação era o colégio Murialdo. A promotora de justiça da Infância e da Juventude para o município, Simone Spadari, também acompanhou a votação.

Segundo a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA), que organiza a eleição de forma autônoma e independente, a grande surpresa positiva foi o alto engajamento da população – acima de edições anteriores.

“Em termos de participação de votantes, realmente, superou as expectativas. De modo geral, tudo transcorreu com normalidade. Eventualmente, surgem algumas intercorrências, que serão devidamente apuradas, assim que possível. Nem tudo conseguimos apurar na hora. Mas vamos averiguar qualquer indicativo de problema e dar o devido encaminhamento”, explica Ana Maria Pincolini, que também preside a comissão eleitoral do processo.

Os novos eleitos assumem os cargos nos Conselhos Tutelares Norte e Sul do município (a alocação foi definida por sorteio, momentos após a conclusão da apuração) a partir de 10 de janeiro de 2024, para um mandato de quatro anos. A data é unificada em todo o país.

Para saber: o Conselho Tutelar consiste em um órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos pelo ECA. O Conselho Tutelar tem como objetivo a união com todas as forças vivas da comunidade para que os direitos da criança e do adolescente se efetivem, sendo a proteção de fato da criança e do adolescente a principal meta.

ELEIÇÃO PARA O CONSELHO TUTELAR 2023 – NÚMEROS FINAIS

CONSELHEIROS ELEITOS

1º – Rafael Neques Machado (1.441 votos)

2º – Adriano Gomes Morandi (1.431 votos)

3º – Dai Cruz (877 votos)

4º – Rodrigo Barbosa (Digão) (785 votos)

5º – Maurício da Silva Abel (735 votos)

6º – Evandra Pellin (655 votos)

7º – Marjorie Sasset (636 votos)

8º – Profe Daiane Torres (604 votos)

9º – Priscila Vilasboa (565 votos)

10º – Karen Finger (496 votos)

CONSELHEIROS SUPLENTES

11º – Marielle Munari (392 votos)

12º – Rita Elisabete (382 votos)

13º – Wagner Padilha (326 votos)

14º – Jeferson Morais (293 votos)

15º – Karine Gama (288 votos)

16º – Josué Orian (280 votos)

17º – Ana Lúcia Grandi (196 votos)

18º – Josi Meller (109 votos)

19º – Magda Juliana De M. Boff (94 votos)

20º – Medianeira Zaltron (93 votos)

21º – Jeferson R. Menin (64 votos)

22º – Valdnéia Borges (Val) (59 votos)

23º – Janaína dos Ouros (40 votos)

Eleitores participantes: 10.876 (3,14% do total de eleitores aptos em Caxias do Sul)

Votos válidos: 10.841

Votos em branco: 2

Votos nulos: 8

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 Bolsa Família reduz em mais de 80% a pobreza na primeira infância no Brasil

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O Programa é decisivo para garantir alimentação, saúde e dignidade às crianças.

Um estudo da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com a Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad/MDS), traçando o perfil de crianças de 0 a 6 anos em famílias de baixa renda, revelou que o Bolsa Família foi responsável por uma das maiores reduções da pobreza já registradas no país.

Sem o programa, 81,8% das crianças de 0 a 6 anos estariam em situação de pobreza em 2023. Com ele, esse número cai drasticamente para 1,1%. Os dados reforçam a importância da transferência de renda como política pública estratégica, sobretudo na primeira infância, fase crucial para o desenvolvimento humano.

O peso da pobreza na infância

O levantamento, mostra que, mesmo com avanços, a pobreza ainda se concentra entre famílias com crianças pequenas:

  • Em 2013, crianças de 0 a 6 anos representavam 12% da população e 16% do CadÚnico.
  • Dez anos depois, em 2023, a participação caiu para 9% da população total, mas se manteve em 16% entre os mais pobres.

Benefícios voltados às crianças

O Benefício Primeira Infância (BPI) garante R$150 a mais por criança de 0 a 6 anos. Em agosto de 2025, esse adicional chegou a 8,44 milhões de crianças, resultando em R$1,18 bilhões transferidos pelo governo federal. Outros apoios incluem:

  • Benefício Variável Gestante: R$50 para 633,6 mil gestantes;
  • Benefício Variável Nutriz: R$50 para 303 mil famílias com bebês de até seis meses;
  • Benefício Variável Familiar: R$50 para cada integrante de 7 a 18 anos incompletos.

Para o ministro Wellington Dias, investir nessa fase é investir no futuro:
“Cada real destinado à primeira infância representa retorno imenso para toda a sociedade”, afirmou.

O Bolsa Família vai além do repasse financeiro. O programa estabelece condicionalidades que reforçam a proteção das crianças:

  • Saúde: vacinação em dia, acompanhamento de peso e altura, pré-natal para gestantes.
  • Educação: frequência escolar mínima de 60% para crianças de 4 a 6 anos e 75% para estudantes até os 18 anos.

Por: Henrique Barbosa

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 Governo Lula destina alimentos barrados pelos EUA para escolas, hospitais e Forças Armadas

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Compra direta sem licitação vai atender produtores afetados pelo tarifaço de Trump.

O governo federal autorizou a compra de alimentos que perderam mercado após o tarifaço imposto pelos Estados Unidos. A medida, publicada em portaria interministerial na sexta-feira (22), abre caminho para que produtos brasileiros, antes destinados à exportação, passem a reforçar a merenda escolar, além de abastecer hospitais públicos e as Forças Armadas.

Quais alimentos entram na lista

A portaria prevê a aquisição de produtos que ficaram encalhados com a sobretaxa americana:

  • açaí (fruta, purês e preparações);
  • água de coco;
  • castanha de caju (inteira ou processada, sucos e extratos vegetais);
  • castanha-do-Brasil (castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca);
  • manga (fresca ou seca);
  • mel;
  • pescados (como corvina, pargo, tilápia, entre outros);
  • uva fresca.

Como vai funcionar a compra especial

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o mecanismo de aquisição terá caráter excepcional e emergencial. Ele permite:

  • dispensa de licitação;
  • apresentação simplificada de termo de referência;
  • contratação direta com produtores e exportadores;
  • dispensa de estudos técnicos preliminares.

A medida está prevista na Medida Provisória nº 1.309/2025, que institui um plano de contingência para setores impactados pelas tarifas adicionais impostas por Washington.

Quem pode vender para o governo

Para participar, os exportadores deverão apresentar declaração de perda na exportação do produto e pelo menos uma declaração única de exportação para os Estados Unidos, registrada a partir de janeiro de 2023.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário deve anunciar nesta segunda-feira (25) os detalhes operacionais do programa. Estados e municípios interessados poderão solicitar adesão para garantir o reforço na merenda escolar.
Por: Henrique Barbosa

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 Fim da escala 6×1 e salários mais dignos são saída para falta de mão de obra no comércio

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Análise da economista Marilane Teixeira, professora da Unicamp, mostra que a crise de mão de obra no comércio não se deve à falta de interesse dos trabalhadores, mas às condições precárias oferecidas pelo setor. 

Mais de 7 milhões de trabalhadores pediram demissão em 2024, sendo que até 90% atuavam no comércio em jornadas exaustivas de 6×1 e com salários que variavam de R$1.518 a R$2.277. Grande parte estava na informalidade, sem direitos básicos como férias, 13º ou aposentadoria.

Crise de contratação

O cenário já preocupa empresários, em especial no centro comercial do Brás, em São Paulo, que reúne milhares de lojas populares e supermercados. A situação é tão crítica que a prefeitura, em parceria com a Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), promove mutirões para tentar preencher as 10 mil vagas abertas.

Mas, segundo especialistas, o problema não está na falta de interesse dos trabalhadores, e sim nas condições precárias oferecidas pelo setor. Para a economista Marilane Teixeira, professora da Unicamp, o mercado aquecido e a queda do desemprego permitem que os trabalhadores recusem ofertas ruins:

“As pessoas não estão indisponíveis para o trabalho, mas não querem mais aceitar baixos salários e jornadas de seis dias por semana. Hoje existe possibilidade de escolha”, explica.

Ela acrescenta que a defesa do fim da escala 6×1 é uma das pautas que estarão presentes nos atos de 7 de setembro, em todo o país.

Juventude e empreendedorismo

Outro ponto destacado é o desencanto dos jovens com a rotina do comércio. Muitos preferem buscar alternativas autônomas, ainda que arriscadas:

“Entre ficar seis dias da semana preso em uma loja por até dez horas, recebendo pouco mais que o salário mínimo, e buscar alternativas que tragam mais liberdade, os jovens estão escolhendo a segunda opção”, analisa Marilane.

No entanto, ela alerta que o “encantamento com o empreendedorismo” pode ser ilusório: rendas imediatas nem sempre compensam a ausência de garantias como férias, 13º, FGTS e vales.

Programas sociais e o mito da preguiça

Parte do empresariado insiste em apontar o Bolsa Família e outros programas sociais como motivo da escassez de mão de obra. Marilane refuta essa visão.

“O problema não é o Bolsa Família. Em muitos casos, ele garante mais estabilidade que um emprego com salário insuficiente. O que afasta trabalhadores são as condições precárias do comércio e serviços”, afirma.

Menor desemprego da história

O Brasil fechou o 2º trimestre de 2025 com taxa de desemprego de 5,8%, a menor da série histórica iniciada em 2012. Com mais opções, os trabalhadores estão menos dispostos a aceitar subempregos.

Jornada menor, oportunidade maior

O debate sobre a redução da jornada de trabalho também gera resistência entre lojistas e supermercadistas, que alegam aumento de custos e risco de demissões. Marilane enxerga o contrário:

“Com jornadas menores, mais turnos seriam criados, obrigando novas contratações. Isso não penalizaria o setor, ao contrário, poderia ampliar o consumo e as vendas, inclusive dos próprios trabalhadores”, conclui.
Por: Henrique Barbosa

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