Conecte-se conosco

Geral

Metalúrgicos de Caxias do Sul aprovam proposta do TRT 4 de 6% de reajuste que garante 2,26% de ganho real

Publicado em

em

Aconteceu neste sábado, dia 05 de agosto, a Assembleia Geral que debateu e votou a proposta apresentada pelo TRT 4 para o dissídio dos metalúrgicos. A sugestão do vice-presidente do TRT 4, Ricardo Martins Costa, apresentada em audiência de conciliação no dia 27 de julho, foi de 6% de reajuste a partir de julho sem retroativo e aumento do piso para R$ 1.900,00 a partir de outubro. Inclui também a compensação das horas de paralisação, metade abonada, metade compensada, ajustada com cada empresa e o compromisso de negociar a extensão do auxílio-creche, em março de 2024, por criança e/ou trabalhadora ou trabalhador além da redução do percentual de transporte.

A categoria lotou o auditório do Sindicato para debater e votar a proposta. O presidente Assis Melo destacou que a sugestão apresentada era do TRT, mas que foi conquistada com muita luta dos trabalhadores e trabalhadoras. “Proposta é do Judiciário, mas representa o fruto da nossa luta, da nossa mobilização. Podemos sair daqui com sentimento de vitória, de conquista.”

O aumento de 6%, com ganho real de 2,26%, representa um dos maiores reajustes conquistados no país incluindo todas as categorias de trabalhadores da iniciativa privada. O aumento do piso que hoje é de R$ 1.739 para R$ 1.900, representa quase 10% de reajuste. Ao final da assembleia, a categoria aprovou por unanimidade a proposta que já havia sido aprovada pelo SIMECS na sexta-feira.

Na segunda-feira, dia 07 de agosto, Sindicato dos Metalúrgicos e SIMECS participam de nova audiência no TRT 4 em Porto Alegre, às 14h, para referendar a decisão.

LINHA DO TEMPO
CAMPANHA SALARIAL 2023

21 de maio
A campanha salarial 2023 da categoria metalúrgica foi lançada em um domingo, dia 21 de maio.

03 de junho
No dia 3 de junho, por unanimidade, foi aprovado pela categora o índice de 10% e a pauta com 93 itens.

05 de junho
A entrega da pauta ao SIMECS aconteceu dia 05 de junho e no mesmo dia uma ação promovida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul realizou compras em um Atacarejo para ver o quanto o preço dos alimentos, de uma compra básica para um mês, impactam no orçamento dos trabalhadores.


12 de junho
O dia 12 marcou o início das assembleias nas empresas metalúrgicas de Caxias do Sul e região.


15 de junho
A primeira rodada de negociação aconteceu no dia 15 de junho. Terminou sem proposta por parte do Sindicato Patronal.


19 de junho
Na manhã de uma segunda-feira, 19 de junho, o Sindicato deu seguimento às assembleias nas fábricas.

24 de junho
A categoria metalúrgica rejeitou proposta patronal de 4,24% de reajuste. Assembleia Geral de Dissídio aconteceu em frente ao Sindicato.


1 de julho
O Sopão Solidário do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul arrecadou na praça Dante donativos para as vítimas do ciclone no Rio Grande do Sul e também chamou a atenção para as reivindicações dos metalúrgicos.


03 e 04 de julho
Iniciam os acampamentos pela dignidade do trabalhador e da trabalhadora em frente a Marcopolo, Fras-le e Randoncorp. Enquanto isso seguiam as assembleias nas fábricas.


05 de julho
Primeira audiência de conciliação na Justiça do Trabalho em Caxias do Sul. Proposta da Justiça do trabalho é de 8,5% de reajuste.


07 de julho
Assembleia em frente ao Sindicato rejeita a proposta da patronal e aprova a sugestão da Justiça do Trabalho.

18 de julho
No TRT 4 em Porto Alegre uma nova proposta sugerida pelo Desembargador. Proposta esta para ser votada pelos sindicatos dos trabalhadores e o patronal. Porém, no dia 20 de julho, recebemos a noticia de que o SIMECS recusou a proposta apresentada na mediação. Desta forma, a assembleia convocada pelo Sindicato dos Metalúrgicos o sábado, 22 de julho, foi cancelada.

25 de julho
Esgotadas as tentativas de negociação com o SIMECS, o Sindicato passou a conversar com a categoria para iniciar as negociações de Dissídio direto com as empresas, sem intermediação da entidade patronal. No dia 25 de julho iniciamos na Marcopolo e, em uma grande mobilização, trabalhadores e trabalhadoras aprovaram por unanimidade a negociação empresa por empresa.


27 de julho
Seguimos com as assembleias em diversas fábricas, como na Randoncorp, que no dia 27 de julho, também aprovou a negociação empresa por empresa. Nesse mesmo dia, fomo mais uma vez ao TRT 4 para tentar resolver o Dissídio na mesa de negociação. Voltamos de Porto Alegre com a proposta do vice-presidente do Tribunal. Sugestão de 6% de reajuste e aumento do piso para R$ 1.900,00. Na proposta também a compensação das horas de paralisação, metade abonada, metade compensada, e o compromisso de negociar a extensão do auxílio-creche, em março de 2024, por criança, além da redução do percentual de transporte. Proposta essa, levada para a categoria debater e votar em assembleia no dia 5 de agosto, um sábado, no Sindicato.

5 de agosto
Categoria metalúrgica aprova por unanimidade proposta do TRT 4.
Caminhamos juntos, debatemos, votamos, acampamos, fizemos assembleias no Sindicato e na porta das fábricas. Unidos nesta luta até o fim. O Sindicato é o esforço e a união de todos os trabalhadores e trabalhadoras da categoria.

FONTE: SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE CAXIAS DO SUL

Continue lendo
Clique para comentar

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

 Bolsa Família reduz em mais de 80% a pobreza na primeira infância no Brasil

Publicado em

em

O Programa é decisivo para garantir alimentação, saúde e dignidade às crianças.

Um estudo da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com a Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad/MDS), traçando o perfil de crianças de 0 a 6 anos em famílias de baixa renda, revelou que o Bolsa Família foi responsável por uma das maiores reduções da pobreza já registradas no país.

Sem o programa, 81,8% das crianças de 0 a 6 anos estariam em situação de pobreza em 2023. Com ele, esse número cai drasticamente para 1,1%. Os dados reforçam a importância da transferência de renda como política pública estratégica, sobretudo na primeira infância, fase crucial para o desenvolvimento humano.

O peso da pobreza na infância

O levantamento, mostra que, mesmo com avanços, a pobreza ainda se concentra entre famílias com crianças pequenas:

  • Em 2013, crianças de 0 a 6 anos representavam 12% da população e 16% do CadÚnico.
  • Dez anos depois, em 2023, a participação caiu para 9% da população total, mas se manteve em 16% entre os mais pobres.

Benefícios voltados às crianças

O Benefício Primeira Infância (BPI) garante R$150 a mais por criança de 0 a 6 anos. Em agosto de 2025, esse adicional chegou a 8,44 milhões de crianças, resultando em R$1,18 bilhões transferidos pelo governo federal. Outros apoios incluem:

  • Benefício Variável Gestante: R$50 para 633,6 mil gestantes;
  • Benefício Variável Nutriz: R$50 para 303 mil famílias com bebês de até seis meses;
  • Benefício Variável Familiar: R$50 para cada integrante de 7 a 18 anos incompletos.

Para o ministro Wellington Dias, investir nessa fase é investir no futuro:
“Cada real destinado à primeira infância representa retorno imenso para toda a sociedade”, afirmou.

O Bolsa Família vai além do repasse financeiro. O programa estabelece condicionalidades que reforçam a proteção das crianças:

  • Saúde: vacinação em dia, acompanhamento de peso e altura, pré-natal para gestantes.
  • Educação: frequência escolar mínima de 60% para crianças de 4 a 6 anos e 75% para estudantes até os 18 anos.

Por: Henrique Barbosa

Continue lendo

Geral

 Governo Lula destina alimentos barrados pelos EUA para escolas, hospitais e Forças Armadas

Publicado em

em

Compra direta sem licitação vai atender produtores afetados pelo tarifaço de Trump.

O governo federal autorizou a compra de alimentos que perderam mercado após o tarifaço imposto pelos Estados Unidos. A medida, publicada em portaria interministerial na sexta-feira (22), abre caminho para que produtos brasileiros, antes destinados à exportação, passem a reforçar a merenda escolar, além de abastecer hospitais públicos e as Forças Armadas.

Quais alimentos entram na lista

A portaria prevê a aquisição de produtos que ficaram encalhados com a sobretaxa americana:

  • açaí (fruta, purês e preparações);
  • água de coco;
  • castanha de caju (inteira ou processada, sucos e extratos vegetais);
  • castanha-do-Brasil (castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca);
  • manga (fresca ou seca);
  • mel;
  • pescados (como corvina, pargo, tilápia, entre outros);
  • uva fresca.

Como vai funcionar a compra especial

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o mecanismo de aquisição terá caráter excepcional e emergencial. Ele permite:

  • dispensa de licitação;
  • apresentação simplificada de termo de referência;
  • contratação direta com produtores e exportadores;
  • dispensa de estudos técnicos preliminares.

A medida está prevista na Medida Provisória nº 1.309/2025, que institui um plano de contingência para setores impactados pelas tarifas adicionais impostas por Washington.

Quem pode vender para o governo

Para participar, os exportadores deverão apresentar declaração de perda na exportação do produto e pelo menos uma declaração única de exportação para os Estados Unidos, registrada a partir de janeiro de 2023.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário deve anunciar nesta segunda-feira (25) os detalhes operacionais do programa. Estados e municípios interessados poderão solicitar adesão para garantir o reforço na merenda escolar.
Por: Henrique Barbosa

Continue lendo

Geral

 Fim da escala 6×1 e salários mais dignos são saída para falta de mão de obra no comércio

Publicado em

em

Análise da economista Marilane Teixeira, professora da Unicamp, mostra que a crise de mão de obra no comércio não se deve à falta de interesse dos trabalhadores, mas às condições precárias oferecidas pelo setor. 

Mais de 7 milhões de trabalhadores pediram demissão em 2024, sendo que até 90% atuavam no comércio em jornadas exaustivas de 6×1 e com salários que variavam de R$1.518 a R$2.277. Grande parte estava na informalidade, sem direitos básicos como férias, 13º ou aposentadoria.

Crise de contratação

O cenário já preocupa empresários, em especial no centro comercial do Brás, em São Paulo, que reúne milhares de lojas populares e supermercados. A situação é tão crítica que a prefeitura, em parceria com a Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), promove mutirões para tentar preencher as 10 mil vagas abertas.

Mas, segundo especialistas, o problema não está na falta de interesse dos trabalhadores, e sim nas condições precárias oferecidas pelo setor. Para a economista Marilane Teixeira, professora da Unicamp, o mercado aquecido e a queda do desemprego permitem que os trabalhadores recusem ofertas ruins:

“As pessoas não estão indisponíveis para o trabalho, mas não querem mais aceitar baixos salários e jornadas de seis dias por semana. Hoje existe possibilidade de escolha”, explica.

Ela acrescenta que a defesa do fim da escala 6×1 é uma das pautas que estarão presentes nos atos de 7 de setembro, em todo o país.

Juventude e empreendedorismo

Outro ponto destacado é o desencanto dos jovens com a rotina do comércio. Muitos preferem buscar alternativas autônomas, ainda que arriscadas:

“Entre ficar seis dias da semana preso em uma loja por até dez horas, recebendo pouco mais que o salário mínimo, e buscar alternativas que tragam mais liberdade, os jovens estão escolhendo a segunda opção”, analisa Marilane.

No entanto, ela alerta que o “encantamento com o empreendedorismo” pode ser ilusório: rendas imediatas nem sempre compensam a ausência de garantias como férias, 13º, FGTS e vales.

Programas sociais e o mito da preguiça

Parte do empresariado insiste em apontar o Bolsa Família e outros programas sociais como motivo da escassez de mão de obra. Marilane refuta essa visão.

“O problema não é o Bolsa Família. Em muitos casos, ele garante mais estabilidade que um emprego com salário insuficiente. O que afasta trabalhadores são as condições precárias do comércio e serviços”, afirma.

Menor desemprego da história

O Brasil fechou o 2º trimestre de 2025 com taxa de desemprego de 5,8%, a menor da série histórica iniciada em 2012. Com mais opções, os trabalhadores estão menos dispostos a aceitar subempregos.

Jornada menor, oportunidade maior

O debate sobre a redução da jornada de trabalho também gera resistência entre lojistas e supermercadistas, que alegam aumento de custos e risco de demissões. Marilane enxerga o contrário:

“Com jornadas menores, mais turnos seriam criados, obrigando novas contratações. Isso não penalizaria o setor, ao contrário, poderia ampliar o consumo e as vendas, inclusive dos próprios trabalhadores”, conclui.
Por: Henrique Barbosa

Continue lendo