Eleições 2022

Eduardo Leite é o primeiro governador reeleito da história do Rio Grande do Sul

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Conheça a história de Eduardo Leite, governador eleito neste domingo (30)

Neste domingo (30) ocorreu às Eleições para escolha de presidente e governadores em todo o Brasil. O ex-governador e reeleito para estar a frente do Rio Grande do Sul no próximo ano, Eduardo Leite (PSDB), superou Onyx Lorenzoni (PL) nas urnas. Ele é o primeiro governador a ser reeleito na história do Estado.

História de vida

Eduardo Figueiredo Cavalheiro Leite nasceu em Pelotas no dia 10 de março de 1985. É bacharel em direito e filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Foi governador do Rio Grande do Sul entre 2019 e 2022, quando renúnciou para concorrer ao cargo novamente. Anteriormente, foi prefeito de Pelotas de 2013 a 2017, cidade onde também foi vereador.

Filho de Eliane Cavalheiro, professora de ciências políticas, e José Luiz Cavalheiro Leite, conhecido como Marasco, advogado que concorreu à Prefeitura de Pelotas em 1988, pelo PSDB, quando ficou na última colocação. O caçula de três irmãos, Leite era chamado de “Dudu” durante a infância.

Leite interessou-se pela política ainda durante a infância. Aos sete anos de idade, assistia ao horário eleitoral gratuito e, durante a eleição presidencial de 1994, costumava visitar o comitê da campanha de Fernando Henrique Cardoso. No Colégio São José, foi escolhido representante de turma e presidente do Grêmio Estudantil.

Em 2002, após concluir o ensino médio, ingressou no curso de direito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Em 2007, concluiu seu bacharelado em direito, tratando da improbidade administrativa no direito brasileiro em seu trabalho de conclusão de curso. Por não possuir registro no Conselho Federal da Ordem dos Advogados, conferido aos aprovados no exame da OAB, não pode exercer a advocacia. Posteriormente, estudou políticas públicas na Universidade Columbia, em Nova Iorque, e, quando de sua candidatura a governador, cursava mestrado em gestão pública na Fundação Getúlio Vargas.

Vida política

Em 2001, Leite filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Na eleição de 2004, concorreu a vereador de Pelotas, obtendo 2 937 votos, resultado que lhe classificou como primeiro suplente. Posteriormente, convidado pelo prefeito Bernardo de Souza, presidiu o Conselho de Assistência Social e trabalhou como assessor e secretário interino da Secretaria Municipal de Cidadania. Na década de 1980, seu pai foi secretário de Bernardo; Leite alegou que sua indicação não foi política, mas pelo “reconhecimento” de seu trabalho.

Em 2006, Bernardo afastou-se do governo e o novo prefeito Fetter Júnior nomeou Leite seu chefe de gabinete. Nesta posição, afirmou que “todos os problemas da cidade antes de chegar às mãos dele [o prefeito] passavam pelas minhas mãos. E a minha tarefa era fazer os problemas chegarem menores ou mesmo nem chegarem.”

Na eleição de 2008, Leite concorreu novamente ao cargo de vereador, sendo desta vez eleito com 4 095 votos. No Legislativo municipal, apresentou projetos de lei que versavam sobre transparência nos gastos públicos, como o Código de Ética da Câmara, e o da publicação e redução das diárias do legislativo. Integrante da base aliada de Fetter Jr., foi líder da bancada do PSDB e presidiu a Câmara Municipal de 2011 a 2013. Nas eleições estaduais de 2010, concorreu a uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Leite recebeu 21 372 votos, dos quais 18 526 eram provenientes de Pelotas, o que lhe rendeu a sexta suplência da coligação.

Na eleição municipal de 2012, Leite candidatou-se a prefeito de Pelotas pela coligação Pelotas de Cara Nova. Com o apoio do prefeito Fetter Jr., conseguiu formar uma ampla aliança de partidos (PSDB, PR, PDT, PP, PPS, PRB, PSD e PTB), tendo como candidata a vice-prefeita a professora universitária Paula Mascarenhas, do PPS.

Em 1º de janeiro de 2013, Leite assumiu o cargo em uma cerimônia realizada na Praça Coronel Pedro Osório, tornado-se o prefeito mais jovem da história de Pelotas. Como prefeito, era responsável por administrar um orçamento superior a R$ 760 milhões. Entre as ações de seu governo, conseguiu financiamentos de mais de R$ 110 milhões destinados a obras de infraestrutura e reestruturação do sistema de mobilidade urbana.

Em 2017, Leite morou cinco meses nos Estados Unidos para estudar gestão publica na Universidade de Colúmbia. De volta ao Brasil, foi um dos onze jovens escolhidos para um encontro com o ex-presidente norte-americano Barack Obama. Em novembro de 2017, foi eleito presidente do PSDB gaúcho em uma convenção realizada pelo partido. Neste mesmo evento, foi escolhido como o pré-candidato do partido ao governo do Rio Grande do Sul para a eleição de 2018.

Em 1º de janeiro de 2019, Leite foi empossado governador, pregando em seu discurso a convergência ao invés da “polarização inútil” e da “discórdia”. Alegando ser mais econômico, passou a morar na ala residencial do Palácio Piratini, se tornando o primeiro governante gaúcho a residir na sede do executivo desde Olívio Dutra.

No dia 28 de março de 2022, em entrevista coletiva concedida no Palácio Piratini, Leite anunciou que renunciaria ao cargo de governador para buscar concorrer à presidência da República. Além da saída do cargo, reafirmou sua permanência no PSDB e os diálogos para buscar uma “solução nacional”.

Eduardo Leite seguirá como governador por mais quatro (04) anos, reassumindo o cargo em janeiro de 2023.

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