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Desemprego se mantém em 5,6% e país alcança o menor índice da história, aponta IBGE

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Com mais trabalhadores formais e menos desempregados, o Brasil registra avanço no mercado de trabalho, mas ainda enfrenta desafios na informalidade e na qualidade dos empregos.

A taxa de desemprego no Brasil se manteve em 5,6% no trimestre encerrado em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número repete a mínima histórica desde o início da série da Pnad Contínua, em 2012.

O índice é o mesmo registrado nos dois trimestres anteriores, mostrando uma tendência de estabilidade. Em comparação com 2024, quando a taxa era de 6,4%, o país reduziu o desemprego em 0,8 ponto porcentual.

Atualmente, cerca de 6 milhões de brasileiros estão desempregados, o menor número já registrado pelo IBGE. Em um ano, houve queda de 11,8% no total de pessoas sem trabalho.

Mais gente com carteira assinada

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39,2 milhões, o maior patamar da história. Em comparação com o ano passado, o crescimento foi de 2,7%, com 1 milhão de novos trabalhadores formais.

O avanço da formalização reflete uma recuperação consistente do mercado de trabalho. O total de pessoas ocupadas atingiu 102,4 milhões, outro recorde histórico.

Entre os empregados sem carteira, o número ficou em 13,5 milhões, com leve queda em relação ao ano anterior. Já o setor público emprega atualmente 12,8 milhões de pessoas, alta de 2,4% em 12 meses.

Informalidade ainda preocupa

Apesar do crescimento do emprego formal, a informalidade segue alta, atingindo 37,8% da população ocupada, cerca de 38,7 milhões de trabalhadores. Isso significa que mais de um terço dos brasileiros com trabalho ainda atua sem garantias trabalhistas, como férias, 13º salário e aposentadoria.

O grupo de trabalhadores por conta própria também cresceu, chegando a 25,9 milhões, o que mostra a importância do empreendedorismo individual, mas também evidencia a precarização para muitos que recorrem a essa forma de sustento.

Avanço, mas com atenção ao futuro

Os números do IBGE apontam que o Brasil vive um dos melhores momentos no mercado de trabalho da última década, com estabilidade, aumento da formalização e redução do desemprego.

No entanto, especialistas alertam que o desafio agora é melhorar a qualidade dos empregos e reduzir a dependência da informalidade, garantindo que o crescimento econômico se traduza em mais direitos, renda e segurança para os trabalhadores brasileiros.

Por: Henrique Barbosa

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