O Programa é decisivo para garantir alimentação, saúde e dignidade às crianças.
Um estudo da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com a Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad/MDS), traçando o perfil de crianças de 0 a 6 anos em famílias de baixa renda, revelou que o Bolsa Família foi responsável por uma das maiores reduções da pobreza já registradas no país.
Sem o programa, 81,8% das crianças de 0 a 6 anos estariam em situação de pobreza em 2023. Com ele, esse número cai drasticamente para 1,1%. Os dados reforçam a importância da transferência de renda como política pública estratégica, sobretudo na primeira infância, fase crucial para o desenvolvimento humano.
O peso da pobreza na infância
O levantamento, mostra que, mesmo com avanços, a pobreza ainda se concentra entre famílias com crianças pequenas:
- Em 2013, crianças de 0 a 6 anos representavam 12% da população e 16% do CadÚnico.
- Dez anos depois, em 2023, a participação caiu para 9% da população total, mas se manteve em 16% entre os mais pobres.
Benefícios voltados às crianças
O Benefício Primeira Infância (BPI) garante R$150 a mais por criança de 0 a 6 anos. Em agosto de 2025, esse adicional chegou a 8,44 milhões de crianças, resultando em R$1,18 bilhões transferidos pelo governo federal. Outros apoios incluem:
- Benefício Variável Gestante: R$50 para 633,6 mil gestantes;
- Benefício Variável Nutriz: R$50 para 303 mil famílias com bebês de até seis meses;
- Benefício Variável Familiar: R$50 para cada integrante de 7 a 18 anos incompletos.
Para o ministro Wellington Dias, investir nessa fase é investir no futuro:
“Cada real destinado à primeira infância representa retorno imenso para toda a sociedade”, afirmou.
O Bolsa Família vai além do repasse financeiro. O programa estabelece condicionalidades que reforçam a proteção das crianças:
- Saúde: vacinação em dia, acompanhamento de peso e altura, pré-natal para gestantes.
- Educação: frequência escolar mínima de 60% para crianças de 4 a 6 anos e 75% para estudantes até os 18 anos.
Por: Henrique Barbosa