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Reforma trabalhista completa 5 anos com piora de empregos e promessa de revisão

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Mudança na legislação estagnou renda do trabalhador, que foi empurrado para empregos informais

A Reforma Trabalhista completa nesta sexta-feira (11) cinco anos de vigência. Proposta e aprovada durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), a mudança na legislação sobre o trabalho no país reduziu direitos de empregados e contribuiu para a queda de seus rendimentos. Por isso, deve passar por uma revisão durante o próximo governo.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu em carta divulgada dias antes do segundo turno construir uma nova legislação trabalhista que “assegure direitos mínimos –tanto trabalhistas como previdenciários– e salários dignos”.

:: PT troca “revisão” por “revogação” da reforma trabalhista em proposta para campanha de Lula ::

Já a reforma de 2017 visou exatamente ao oposto disso. Retirou da lei garantias de trabalhadores para, com isso, reduzir o custo da contratação de empregados para os empresários e gerar até 6 milhões de postos de trabalho – o que nunca ocorreu.

Segundo o advogado Ricardo Mendonça, doutor em Ciências Jurídicas e Políticas na Universidade Pablo de Olavide, da Espanha, a reforma acabou precarizando as relações de trabalho e incentivando a terceirização.

Também dificultou o acesso do trabalhador à Justiça do Trabalho, reduzindo o acesso gratuito aos tribunais e até prevendo que trabalhadores tenham que ressarcir empregadores caso percam processos.

Por fim, reduziu o poder dos sindicatos em negociações e ainda comprometeu a sustentabilidade financeira das entidades tirando delas, por exemplo, o valor que era arrecadado por meio do imposto sindical.

:: Reforma reduz arrecadação de sindicatos e prejudica trabalhador ::

“Todas foram medidas para reduzir direitos dos trabalhadores e para ampliar a margem de lucro de empresários”, resumiu Mendonça. “O resultado foi desemprego, informalidade e concentração de renda.”

Números comprovam fracasso

Para Patrícia Pelatieiri, diretora adjunta do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprovam as consequências da reforma para o trabalhador.

Ela lembrou que, no segundo trimestre de 2017 – ou seja, antes da Reforma Trabalhista –, um trabalhador brasileiro recebia em média R$ 2.744 (valores corrigidos pela inflação). Cinco anos depois, no 2º trimestre de 2022, ele ganhava R$ 2.652.


Rendimento médio do trabalhador. Fonte: Pnad/IBGE. Elaboração : Dieese / Reprodução

Citou também que a taxa de desemprego até caiu de 2017 para cá, mas ainda está acima da registrada há dez anos. E essa queda não deve ser vista necessariamente como algo totalmente positivo para o trabalhador.

“Muitos trabalhadores foram empurrados para a informalidade, que bateu recorde neste ano, atingindo 39,3 milhões de pessoas”, afirmou.


Taxa de desocupação. Fonte: Pnad/IBGE. Elaboração: Dieese / Reprodução

Segundo o IBGE, cerca de 39% dos trabalhadores brasileiros são informais. Hoje, eles formam um contingente maior do que o de trabalhadores do setor privado com carteira assinada – 36,3 milhões, segundo dados oficiais.

:: Opinião. Por uma nova lei trabalhista e a situação da classe trabalhadora ::

“A reforma deu errado porque o que amplia o emprego é o crescimento econômico”, complementou o economista David Deccache, assessor do PSOL na Câmara dos Deputados e diretor do Instituto de Finanças Funcionais para o Desenvolvimento (IFFD). “E o que amplia o crescimento é o investimento público, que caiu nos últimos anos.”

Expectativa de reversão

Deccache defende uma revisão da reforma e diz que ela é, sim, possível durante o próximo mandato de Lula. Para ele, o ex-presidente foi novamente eleito prometendo rever a reforma. A mobilização de entidades sindicais deve pressionar por isso.

Pelatieiri também vê espaço para revisão e espera que ela seja proposta logo no início do novo governo, quando historicamente o novo presidente goza de maior prestígio político. Para ela, a revisão faria bem para que o país apontasse para o tipo de empregos ele quer gerar no futuro.

:: Reforma vira tema eleitoral após reduzir salários e empregos ::

“Não tem como gerar emprego sem crescimento”, afirmou. “Agora, nem todo crescimento gera emprego. É preciso uma intencionalidade para gerar trabalhos de qualidade.”

Para Pelatieri, o Brasil precisa rever principalmente a precarização dos contratos de trabalho criada pela reforma. Ela defendeu também que seja devolvida aos acordos coletivos a importância sobre a definição de salários e outros direitos.

:: Revisão de reforma trabalhista é apoiada por 58% dos brasileiros ::

Exemplo espanhol

Pelatieri, aliás, lembrou que a Espanha fez isso em 2021, revertendo reformas trabalhistas de 2008 e 2012. Lá, os resultados foram bons.

Em agosto, o Brasil de Fato publicou uma reportagem sobre a contrarreforma espanhola. Até ali, o número de trabalhadores desempregados havia caído de cerca de 3,1 milhões para 2,9 milhões só durante 2022, até julho.

:: Contrarreforma cria empregos na Espanha e pode ser exemplo ::

Em julho de 2021, os desempregados na Espanha eram cerca de 3,4 milhões.

Tanto Pelatieiri, do Dieese como o advogado Mendonça defendem que a Espanha seja vista como um exemplo para o Brasil nesse eventual processo de revisão. “É preciso construir novamente um ambiente de inclusão social por meio do trabalho”, disse Mendonça.

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Tá na hora do meu salário aumentar.Meu trabalho tem valor. Aumento Real Já!

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Lançada Campanha Salarial 2023 do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul

Foi dado o inicio para a campanha salarial 2023 da categoria metalúrgica. A atividade aconteceu no domingo, dia 21 de maio, no restaurante Gianella. O presidente Assis Melo, o vice-presidente Paulo Andrade, a Secretária de Formação e Cultura da CTB, Eremi Melo e o economista David Fialkow falaram para a diretoria na parte da manhã antes do almoço.

No dia 03 de junho acontece no Sindicato a assembleia para a aprovação da pauta. A partir da aprovação da pauta, serão marcadas as rodadas de negociação com o SIMECS. O material gráfico com a marca da Campanha Salarial 2023, chamando a categoria para a assembleia, já começa a ser distribuído nesta semana nas empresas.

O presidente Assis Melo lembrou que enquanto os altos juros e a inflação corroem o poder de compra do salário dos trabalhadores, o faturamento das empresas da categoria em Caxias e na região batem recordes ano após ano. “Queremos aumento real. Quanto mais, melhor. No decorrer da campanha o índice será definido,” afirmou o presidente.

Assis destacou também que os salário neste período não refletiram os recordes de lucros das empresas e que a reforma trabalhista trouxe ainda mais dificuldades e agravou a realidade dos salários defasados.

“É preciso reverter essa realidade. Somente com a mobilização e união de todos será possível encerrar o ciclo de arrochos salariais que temos enfrentado desde 2013. É hora de deixarmos as divergências políticas de lado, e unirmos trabalhadores e trabalhadoras na luta por aumento salarial real.”

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Feirão de Empregos terá oficinas preparatórias para quem está em busca de trabalho

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Aulas contarão com técnicas de como se portar em uma entrevista

Falta uma semana para o 1º Feirão de Empregos de Caxias do Sul. A iniciativa da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Inovação (SDEI), por meio do Conselho Municipal do Trabalho, Emprego e Renda (CMTER), em conjunto com a FGTAS/SINE, busca auxiliar no preenchimento de vagas abertas, em diversos setores do mercado, e a diminuição do desemprego no município.

Para auxiliar quem está em busca de emprego no processo, a SDEI, por meio do Capacita Caxias, realizará, na próxima semana, três oficinas preparatórias gratuitas com técnicas de postura, comportamento e comunicação em entrevistas. As aulas serão ministradas em parceria com a Opus Recursos Humanos, Concisa Gestão de Pessoas e ARH Serrana.

A primeira oficina será na próxima terça-feira (11/4), das 14h às 15h. Na sexta-feira (14/4), pela manhã, serão mais duas turmas. Uma das 9h às 10h e a outra das 11h às 12h. As aulas ocorrem na Sala de Treinamento 3, no segundo andar do Centro Administrativo Municipal.

Serão 25 vagas por turma. É necessário que os interessados façam a inscrição com antecedência, para garantir o seu lugar. Basta acessar o site da prefeitura (www.caxias.rs.gov.br) e clicar no ícone do Capacita Caxias, nos serviços mais procurados.

O Feirão de Empregos ocorre no dia 15 de abril, das 9h às 16h, no Centro Administrativo Municipal.

Serviço

1ª turma – 25 vagas

  • Data: 11/4 (terça-feira)
  • Horário: 14h às 15h

2ª turma – 25 vagas

  • Data: 14/4 (sexta-feira)
  • Horário: 9h às 10h

3ª turma – 25 vagas

  • Data: 14/4 (sexta-feira)
  • Horário: 11h às 12h

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PAINEL DE VAGAS DE EMPREGO PARA DIA 16/11/2022 (QUARTA-FEIRA)

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Para se candidatar serão entregues senhas às 08horas.
Respeitando as normas de higiene e distanciamento devido à Pandemia.
Vagas com limite de encaminhamentos(número máximo solicitado pela empresa)
NOVO ENDEREÇO: RUA BENTO GONÇALVES, 1901, Centro – Caxias do Sul (proximidade do colégio Presidente Vargas)

TOTAL DE VAGAS: 361

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