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Da fama à lama, crimes da Lava Jato estão vindo à luz e procuradores são punidos por ministros do STJ e TCU

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Transformados em heróis nacionais pela propaganda míope da mídia burguesa (liderada pela Rede Globo) os mocinhos da Lava Jato, comandados pelo ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, caminharam da fama iluminada pelos monopólios da comunicação para a lama subjacente à realidade dos seus atos. Agora estão sendo acossados na Justiça e no TCU pelos muitos crimes e ilegalidades que cometeram em nome do combate à corrupção.

Dallagnol vive nesta semana o que pode ser caracterizado como um autêntico inferno austral. Na terça-feira (9) colecionou duas derrotas. A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou recursos a seu favor e manteve a decisão pela qual ele terá de indenizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, por dano moral.

O caso está relacionado ao controvertido e bizarro ‘PowerPoint’ que apresentou em entrevista coletiva, no qual mostrava Lula como chefe de organização criminosa. A indenização foi fixada em R$ 75 mil, acrescidos de juros e correção monetária. Segundo o ministro relator do caso, Luís Felipe Salomão, o valor total deve superar os R$ 100 mil.

A condenação torna-o inelegível e pode enterrar sua pretensão de se eleger candidato a deputado federal no Paraná. Mas ainda cabe recurso.

Mordomias bancadas com dinheiro público

Até hoje os farsantes da Lava Jato gostam de se apresentar à opinião público como paladinos da luta contra a corrupção, mas nos bastidores agiram como refinados corruptos, desviando dinheiro público para fins privados espúrios.

Este detalhe transparece na segunda derrota do procurador, consubstanciada na decisão dos ministros que compõem a Segunda Câmara do Tribunal de Contas da União (TCU), também consumada nesta terça-feira (9). Deltan Dallagnol, foi condenado, junto com o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e o procurador João Vicente Romão, a ressarcir aos cofres públicos R$ 2,8 milhões gastos pela força-tarefa da Lava Jato com diárias e passagens.

Para o ministro Bruno Dantas, relator do processo, e o subprocurador-geral do Ministério Público de Contas, Lucas Furtado, houve irregularidades nos pagamentos das diárias. O caso é apurado desde 2020 pelo tribunal, e o relatório de Dantas foi aprovado por 4 votos a zero. Os ministros concluíram que o modelo de força-tarefa adotado pela Lava Jato, sob a chefia de Dallagnol causou prejuízo aos cofres públicos ao permitir o pagamento “desproporcional” e “irrestrito” de diárias, passagens e gratificações a procuradores.

Houve, ainda de acordo com a decisão do TCU, ofensas ao princípio da impessoalidade, em razão da ausência de critérios técnicos que justificassem a escolha dos procuradores que integrariam a operação, além de o modelo ser benéfico e rentável aos participantes.

Relações perigosas com os EUA

As deliberações do STJ e do TCU contribuem para resgatar a verdade dos fatos sobre a operação levada a cabo pela chamada República de Curitiba. Mas é necessário ir bem além na apuração dos crimes praticados pelo grupo que o juiz do STF Gilmar Mendes já classificou de gângsters, crimes cometidos com a cumplicidade da mídia burguesa e certa conivência do Poder Judiciário.

A operação Lava Jato foi instruída diretamente pelos Estados Unidos para alcançar objetivos econômicos e geopolíticos. Ela resultou em prejuízos incalculáveis para a nação brasileira, destruiu em torno de 4 milhões de postos de trabalho, arruinou a engenharia nacional, além de abrir caminho para o golpe de 2016 e a eleição de Jair Bolsonaro em 2018, na sequência da prisão ilegal de Lula.

É preciso jogar luz sobre as relações perigosas entre os vigaristas da Lava Jato e Washington, a tentativa de apropriação indébita de R$ 2,5 bilhões provenientes da Petrobras, em um acordo espúrio e ainda obscuro fechado com Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA.

Sigilo nos EUA

Em 2018, a Petrobras fechou com o DoJ um acordo de US$ 853 milhões (3,5 bilhões à época). Do total, R$ 2,5 bilhões voltaram ao Brasil e foram depositados em uma conta da 13ª Vara Federal de Curitiba. Dallagnol e outros procuradores queriam se apropriar da grana para fins pessoais e políticos, mas foram impedidos pelo ministro Alexandre Moraes, do STF.

Conforme observou a defesa do ex-presidente Lula, em ação contra Dallagnol, as negociações sobre os valores não poderiam ser feitas diretamente entre o MPF do Paraná e autoridades norte-americanas, pois o órgão central de cooperação internacional é o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado ao Ministério da Justiça.

“Não se pode deixar de repisar que a ‘lava jato’ fazia desde 2015 reuniões com o DoJ para negociar os percentuais sobre multas pecuniárias que seriam aplicadas contra brasileiros e empresas brasileiras, dentre outras coisas. O material foi classificado como sigiloso até para a lei de acesso a informação dos Estados Unidos”, argumentaram os advogados.

Afirmam ainda que o áudio confirma “que a ‘lava jato’ atuou em associação com agências dos Estados Unidos para drenar recursos da Petrobras, usando a legislação e o cenário jurídico norte-americano para essa finalidade, a partir de um acordo estabelecido, insista-se, desde 2015”.

O fato do material ter sido classificado com um grau extremo de sigilo nos EUA mostra que algo de muito podre esteve por trás das patifarias praticadas pela República de Curitiba. O segredo faz parte do modus operandi do império. Documentos que comprovam intervenção dos EUA no golpe de 1964 só foram desclassificados 50 anos depois.

Mas não será preciso esperar tanto para enxergar a verdade. As novas tecnologias da comunicação iluminaram a trama e todos os fatos sugerem que a operação de Curitiba foi coordenada de fora e municiada pela espionagem ordenada pela Casa Branca contra Dilma Rousseff, ministros e assessores do seu governo, a Petrobras, a Odebrecht e outras empresas transformadas em alvo e destruídas pela operação.

A espionagem foi descoberta e denunciada por Edward Snowden e o editor do WikiLeaks, Julian Assange. Snowden teve de fugir dos EUA e Assange está preso em Londres e é vítima de uma implacável perseguição imperialista por descobrirem e divulgarem os crimes do imperialismo pelo mundo. Registre-se que, cinicamente, líderes dos EUA ainda se apresentam ao mundo como paladinos da liberdade de imprensa.

Boa parte da vigarice dos senhores Moro e Dallagnol já veio à luz, mas será preciso investigar bem mais para desvendar as perigosas ligações da Lava Jato com o imperialismo estadunidense, o golpe de 2016, a prisão de Lula, a ruína da engenharia nacional e outras tragédias ocorridas no Brasil desde então. Apurar os fatos e punir de forma exemplar os crimes praticados pelos falsos heróis da Lava Jato é um dever elementar de Justiça.

Umberto Martins

Ilustraçao: Leo Villanova

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Randoncorp anuncia mudança em sua governança corporativa

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Alex Battistel

A Randoncorp comunicou ao mercado, nesta quinta-feira, 20 de março, que o atual CEO, Sérgio L. Carvalho, deixará de exercer esta função, e a de Presidente e CEO da Frasle Mobility, a partir de 1º de setembro de 2025. Neste novo contexto, Sérgio passará a atuar para a Randoncorp como senior executive advisor, na função de consultoria externa independente. O presidente da companhia, Daniel Randon, irá somar a posição de CEO.

Como senior executive advisor, Sérgio contribuirá no planejamento estratégico da empresa e seguirá membro dos conselhos deliberativos das joint-ventures Master Freios e JOST Brasil.

Sérgio assumiu como CEO da Randoncorp em 2022, focado na internacionalização da empresa, crescimento acelerado e fortalecimento do Comitê Executivo. Durante o período que Sérgio esteve na Companhia, os principais indicadores financeiros, como receita, EBITDA e lucro líquido, aumentaram de quatro a nove vezes. A aquisição de 23 novas empresas desde então posicionou a Randoncorp e a Frasle Mobility de maneira diferenciada no exterior, além de ampliar consideravelmente o portfólio de produtos e a exposição ao segmento de reposição das duas companhias. Sua gestão vem sendo marcada ainda pela ampliação de capacidade das empresas, do portfólio de produtos e pela inovação e tecnologias disruptivas, com foco em materiais inteligentes, eletrônica embarcada e eletromobilidade. Todos esses atributos partem de concepções avançadas mesmo para os países mais desenvolvidos do mundo. A Randoncorp atualmente está presente com seus produtos em mais de 125 países, possui 33 operações industriais e 20 centros de distribuição em dez países.

Frasle Mobility

A partir da nova estrutura, Daniel Randon assumirá a presidência da Frasle Mobility e Anderson Pontalti, atual COO, passará ao cargo de CEO da mesma empresa, respondendo por toda a operação tanto no Brasil quanto no Exterior. Pontalti também segue na posição de EVP (Executive Vice President) Internacional da Randoncorp, respondendo pelas unidades das verticais Autopeças e Montadora nas geografias internacionais, com exceção da América do Sul.

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Cantora italiana é atração da Festa das Colheitas no próximo sábado

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Divulgação

A Festa das Colheitas 2025 chega ao seu último final de semana com uma atração italiana. O próximo sábado (22) terá como destaque o show da cantora e compositora italiana Mafalda Minnozzi. Radicada no Brasil e apaixonada pelo país, ela sobe ao Palco Principal, no Centro de Eventos da Festa da Uva, às 20h.

Antes, na sexta, às 20h, o Grupo Sanfonaço sobe ao palco para um espetáculo que une as influências do Rio Grande do Sul e da Itália. O show promete fazer um resgate às canções que fazem parte da identidade cultural do Sul do Brasil.

No domingo, a diversão será com os icônicos personagens Radicci e Genoveva, obras do cartunista Carlos Henrique Iotti. O espetáculo do Grupo Ueba inicia às 14h, no Palco Principal, e celebra os 150 anos da imigração italiana no Brasil com uma abordagem cômica sobre o cotidiano dos imigrantes. Às 18h, ocorre o último show da programação, com Espedito Abrahão e Os Campeiros.

O Parque de Exposições Mário Bernardino Ramos abre das 14h às 22h, na sexta, e das 10h às 22h no sábado e no domingo. A entrada é gratuita, sendo sugerida a doação de 1 kg de alimento não perecível. O estacionamento custa R$ 20. 

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Ginásio Enxutão será reaberto à comunidade no final do mês

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Cristiano Nunes

O ginásio do Centro Municipal de Esporte e Lazer Professor Joel Bastos de Souza (Enxutão), que passou por melhorias na área interna, incluindo a troca de todo o telhado, reabre à comunidade no próximo dia 28 de março (sexta-feira), às 19h, com evento esportivo.

A reabertura será marcada por dois jogos amistosos de futsal. O primeiro será com times da categoria sub 13, Bella Futsal x Top Sport Futsal. O segundo jogo será com representantes do Poder Executivo e Poder Legislativo.

Com viés social, o evento organizado pela Secretaria Municipal do Esporte e Lazer (SMEL), terá ingresso solidário, pedindo a doação de 1 kg de alimento não perecível por espectador. Os donativos serão encaminhados ao Banco de Alimentos de Caxias do Sul.

A troca do telhado ocorreu com uma verba de repasse federal no valor de R$ 413 mil e uma contrapartida do Município no valor de R$ 85 mil, totalizando um investimento de aproximadamente R$ 500 mil somente na parte do telhado.

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