A conferência é considerada um marco de reorganização de movimentos que lutam pela pauta do direito à cidade, após os impactos do golpe de 2016, da eleição de Bolsonaro e da pandemia.
Neste domingo (5), encerrou-se em São Paulo com uma plenária geral a 1ª. Conferência Popular pelo Direito à Cidade, divulgando uma carta com adesão de 626 entidades, após 232 eventos preparatórios. Um dos pontos defendidos pelos conferencistas foi a necessidade de derrotar Jair Bolsonaro na eleição, para que haja a retomada de políticas urbanas desmontadas por ele.
A conferência é considerada um marco importante de reorganização de movimentos, organizações, entidades e coletivos que lutam pela pauta da reestruturação do direito a cidade, após os impactos do golpe de 2016, da eleição de Bolsonaro e da pandemia.
A conferência teve caráter autogestionário, por ser uma iniciativa sem apoio público, realizada a partir do esforço das entidades para viabilizá-la com trabalho voluntário.
Segundo o presidente da Conam (Confederação Nacional das Associações de Moradores), Getulio Vargas Junior, o evento aconteceu em clima de unidade e construção coletiva, com a realização de uma marcha, debates e aprovação de relatórios de 16 grupos.
Além disso, foi aprovada uma carta política que “aponta a necessidade de derrotar Bolsonaro para a construção de uma nova agenda para as cidades brasileiras, reafirmando a participação popular, o controle social, incluindo todos que estão acumulando na construção do direito a cidade”, disse ele, ao portal Vermelho, ressaltando o balanço positivo do encontro.
Evaniza Rodrigues, militante da UNMP(União Nacional por Moradia Popular), enfatizou a resistência que se expressou em todo o país ao neofascismo que Bolsonaro tenta impulsionar. “Foi bonito de ver que, mesmo em situação tão difícil, o povo tem construído resistência e alternativas e está pronto para se colocar na reconstrução da nossas cidades”, disse ela.
Evaniza também salientou o clima “alto astral” que encerrou a conferência, que permite uma avaliação positiva, que trouxe motivo de esperança para os participantes. Houve debate de um conjunto de propostas que demonstra a diversidade e riqueza das ações que as várias organizações, movimentos e coletivos fazem no país.
Fernanda Costa, diretora geral do Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico (IBDU), também falou ao Portal Vermelho indicando a prioridade de reconstruir políticas urbanas.
“Desde o golpe de 2016, tem havido um desmonte das políticas urbanas com redirecionamento de recursos públicos implicando em menor atendimento à população de menor renda”, diz ela sobre o Casa Verde e Amarela, que substituiu o Minha Casa, Minha Vida, excluindo a população que ganha menos de R$ 1.500.
A eleição do atual governo, associado à pandemia, promoveram, na visão dela, um processo grande de desestruturação dos canais de participação. “Em que pese que na pandemia tenha havido muito engajamento e campanhas de solidariedade, não tivemos oportunidade para nos reencontrarmos e pautar estes temas. Assim, esta iniciativa foi inédita com outros grupos se incorporando, como populações de rua, tradicionais, indígenas e quilombolas. O movimento negro veio com força, as mulheres e LGBTQIA+, que trazem outros olhares que precisam ser incorporados”, observou Fernanda.
Ela ainda destacou alguns temas tratados como prioridade como a democratização do acesso à terra, com autogestão e propriedades coletivas; retomada de investimentos públicos em políticas sociais, incluindo populações de baixa renda; tratamento de áreas de risco e atendimento à população de rua. Para Fernanda, é preciso um olhar diferenciado para grupos sociais e regiões do país, que demandam tratamentos diferenciados pela renda e por questões ambientais, entre outras.
Série de atividades propõe ações de lazer, reflexão e autocuidado
O Dia Internacional da Mulher mobiliza uma série de atividades concebidas pela Fundação Marcopolo. Denominada Jornada da Mulher Moderna, a proposta será realizada domingo, dia 12 de março, das 14h às 19h, na sede recreativa da Fundação, em São Giácomo, nas proximidades do Distrito Industrial.
Na Jornada concebida para as mulheres, mas que acolhe os demais funcionários e suas famílias e que também é aberta à participação da comunidade, haverá muita diversão, informação e ações reflexivas, além de oficinas de informação, criação e bem-estar. Durante todo o dia, a sede da Fundação Marcopolo terá brinquedos infláveis, jogo de xadrez gigante, food trucks, feira criativa, além de contar com o Ônibus Brincalhão, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.
Também foi pensada uma série de atividades destinadas especialmente às mulheres. Assim, serão realizadas a Oficina de Artesanato Flor da Vida, com a artesã Luciana Machado; Oficina com Dicas Básicas de Maquiagem e Beleza, com o fotógrafo,diretor de arte e maquiador profissional Pepe Pessoa; e Oficina de Pequenos Jardins, com o jornalista e paisagista Gilberto Blume. Nesse segmento, as mulheres artistas terão seu espaço com a apresentação de Maria Eduarda Noronha da Silva, a Maria MC, e MC Valquíria, que vão mostrar seus versos e pensamentos na batida do Hip Hop.
Reflexões e informações destinadas ao público feminino formatam diversos bate-papos que integram a programação. Doutora em Administração, Cientista da Computação, Mestre em Educação e Docente e Mentorano MBA em liderança feminina na inovação, Márcia Capellari vai falar sobre “Cinco Competências da Mulher Moderna”. Já a Analista de Responsabilidade Social da Fundação Marcopolo, Deisi Noro, aborda o tema “Diversidades, Igualdade e Inclusão”. A Médica Dermatologista Marcia Zampieri Marcon falará sobre “Cuidados e Prevenção com a Pele” e a médica Ginecologista Lisiane Knob da Costa abordará o tema “Saúde e Sexualidade da Mulher”.
Depois de se divertir, arejar o pensamento e participar de atividades para despertar ideias criativas, serão oferecidas duas atividades de fechamento do dia: uma Aula de Dança, que será coordenado pela equipe da Biocenter Academia; e uma sessão de Meditação, Respiração e Relaxamento, que será conduzida pela jornalista, escritora e instrutora de Yoga Vera Damian.
Conforme a promotora de Esporte e Cultura da Fundação Marcopolo, Daiane dos Santos Luza, “comemorar o Dia Internacional da Mulher propondo um evento que promove reflexões e momentos de autocuidado é uma maneira de afirmar a importância da data e das mulheres para a sociedade tornando-as protagonistas dessas atividades, e ao mesmo tempo, merecedoras de homenagens e atenção especial por meio de atividades de arte e lazer.”
Jornada da Mulher Moderna
Programação de Atividades para Mulheres
14h30– Oficina de Artesanato – Flor da vida – Luciana Machado
14h30 – Oficina Dicas Básicas de Maquiagem e Beleza – Pepe Pessoa
14h30 – Oficina de Pequenos Jardins – Gilberto Blume
16h – Apresentação: MC Valquíria e Maria MC
16h15 – Bate-papos
Cinco Competências da Mulher Moderna – Dra. Márcia Capellari
Diversidades, Igualdade e Inclusão– Dra. Deisi Noro
Cuidados e prevenção com a pele – Márcia Zampieri Marcon – Médica Dermatologista
Saúde e Sexualidade da Mulher – Lisiane Knob da Costa – Médica Ginecologista
18h15 – Aula de Dança – Biocenter Academia
18h15– Meditação, Respiração e Relaxamento– Vera Damian
A Deputada Federal Denise Pessôa/PT ocupou a tribuna da Câmara Federal na noite desta terça-feira, 28. Durante o discurso, ela classificou como revoltante as falas e posicionamentos preconceituosos em relação aos trabalhadores resgatados na última semana em Bento Gonçalves em situação análoga à escravidão. “Esse não é o pensamento do povo gaúcho. O povo gaúcho respeita os trabalhadores. É revoltante essa tentativa de justificar o trabalho análogo à escravidão com falas preconceituosas. Não pode haver tolerância com essa situação”, afirmou. A parlamentar disse ainda, que os trabalhadores poderiam ter sido contratados em regime temporário, o que atenderia a demanda das empresas e traria mais cuidado com os direitos dos profissionais. “É preciso refletir sobre o impacto da terceirização no trabalho”, lembrou.
Denise reforçou ainda, que o caso investigado em Bento Gonçalves é uma exceção na cadeia produtiva vinícola da região. “A Serra Gaúcha tem uma história e uma grande contribuição na questão vinícola do nosso país e é um fator de desenvolvimento da região”, lembrou.
A Codeca recebe, por meio do Ecoponto, sofás, eletrodomésticos, camas, armários, colchões, eletrônicos, entre outros. Nos primeiros meses de 2023, 567 itens em condições de uso foram doados a pessoas em situação de vulnerabilidade social, previamente cadastradas no serviço.
No Ecoponto, o cidadão tem a oportunidade de descartar corretamente resíduos como sofás, armários, cadeiras, camas, colchões, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, equipamentos de informática, som e telefonia. Se esses materiais estiverem em condições de uso, são repassados a famílias carentes.
O Ecoponto fica na Codeca e funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h e aos sábados das 7h às 13h.